Estudo dos fatores interferentes na adaptação marginal de próteses confeccionadas em titânio comercialmente puro e ligas alternativas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-04052011-133642/ |
Resumo: | O desajuste de copings obtidos por fundição por cera perdida está sujeita à vários fatores tais como: contração de fundição do metal, expansão do revestimento, uso de espaçadores, entre outros. O objetivo do estudo foi avaliar o desajuste marginal pré e pós cimentação de copings obtidos com três ligas de metais básicos - Ni-Cr-Be (VB), Ni-Cr (V2) e Co-Cr (KE) fundidos a partir de dois revestimentos - Termocast (TE) e Microfine (MI) e Titânio comercialmente puro (TR) fundido com dois revestimentos - Rematitan Plus (RP) e Rematitan Ultra (RU), nas condições E0, sem espaçador, E1, com uma camada de espaçador e E2, com duas camadas de espaçador. A partir de uma matriz metálica, foram obtidos 240 copings, sendo 10 para cada combinação metal-revestimento-espaçador. Foi utilizado Microscópio Óptico para determinação do desajuste nas condições pré e pós cimentação, efetuada com cimento de fosfato de zinco. Foi realizado teste de tração pós cimentação para determinação da carga de remoção dos copings da combinação KE-MI. Foram realizados ensaios dilatométricos para a definição dos coeficientes de expansão térmico linear dos metais e dos revestimentos, determinação da expansão de presa dos revestimentos, além de ensaio para determinação da variação dimensional das fundições e análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados de desajuste marginal foram analisados estatisticamente pelos testes Anova e Student-Newman-Keulsa que revelaram significância estatística (0,05) para os fatores isolados. Para os metais, os valores de desajuste (μm) foram V2 (85) = VB (89) < KE (119) < TR (171) e para os revestimentos, MI (68) < TE (128) < RP (153) < RU (188). Para o espaçador os desajustes foram E2 (76) < E1 (125) < E0 (147). Os menores valores de desajuste pós cimentação foram obtidos pelas combinações: VB-MI-E2 (44), V2-MI-E2 (47), VB-MI-E1 (52), VB-MI-E0 (55), TR-RU-E2 (67), V2-MI-E1(70), V2-TE-E2 (77), V2-MI-E0 (86), VB-TE-E2 (103), todas as demais combinações tiveram valores acima de 120 μm, adotado como referência clinicamente aceitável. Houve diferença significante para as cargas de remoção entre as condições E2 (49 Kgf) < E1 (74 Kgf) < E0 (102 Kgf). Os valores de expansão de presa foram: TE (1,05%), MI (0,88%), RP (0,19%) e RU (0,02%). Para o ensaio dilatométrico, os valores de contração dos metais foram: KE (0,270%), V2 (0,262%), VB (0,256%) e TR (0,160%). Para os revestimentos, houve diferença significante, entre MI (0,74%) e RU (-1,63%). A análise da variação dimensional revelou diferença significante para os metais: V2 (0,08%) ≥ VB (-0,12%) ≥ KE (-0,21%) ≥ R (-0,85%) e para os revestimentos: MI (0,09%) > TE (-0,26%) = RP (-0,50%) > RU (-1,19%). Os revestimentos MI e RU apresentaram micro estrutura mais refinada, contendo cristais mais homogêneos e menos porosidade que os revestimentos RP e TE. Com base nos dados analisados, é válido afirmar que, embora a utilização de revestimentos com boas propriedades dilatométricas facilite a confecção de copings com ajuste marginal adequado, a utilização de espaçadores pode ser indispensável para obtenção de resultados clínicos satisfatórios. |
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Estudo dos fatores interferentes na adaptação marginal de próteses confeccionadas em titânio comercialmente puro e ligas alternativasStudy of determining factors for the marginal fit of prosthesis made of commercially pure titanium and alternative alloysAdaptação marginalalternative alloyscast crowncommercially pure titaniumdie spacerespaçadoresexpansão de presaexpansão térmico linearfundiçãoligas alternativasmarginal fitsetting expansionthermic linear expansiontitânio comercialmente puroO desajuste de copings obtidos por fundição por cera perdida está sujeita à vários fatores tais como: contração de fundição do metal, expansão do revestimento, uso de espaçadores, entre outros. O objetivo do estudo foi avaliar o desajuste marginal pré e pós cimentação de copings obtidos com três ligas de metais básicos - Ni-Cr-Be (VB), Ni-Cr (V2) e Co-Cr (KE) fundidos a partir de dois revestimentos - Termocast (TE) e Microfine (MI) e Titânio comercialmente puro (TR) fundido com dois revestimentos - Rematitan Plus (RP) e Rematitan Ultra (RU), nas condições E0, sem espaçador, E1, com uma camada de espaçador e E2, com duas camadas de espaçador. A partir de uma matriz metálica, foram obtidos 240 copings, sendo 10 para cada combinação metal-revestimento-espaçador. Foi utilizado Microscópio Óptico para determinação do desajuste nas condições pré e pós cimentação, efetuada com cimento de fosfato de zinco. Foi realizado teste de tração pós cimentação para determinação da carga de remoção dos copings da combinação KE-MI. Foram realizados ensaios dilatométricos para a definição dos coeficientes de expansão térmico linear dos metais e dos revestimentos, determinação da expansão de presa dos revestimentos, além de ensaio para determinação da variação dimensional das fundições e análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados de desajuste marginal foram analisados estatisticamente pelos testes Anova e Student-Newman-Keulsa que revelaram significância estatística (0,05) para os fatores isolados. Para os metais, os valores de desajuste (μm) foram V2 (85) = VB (89) < KE (119) < TR (171) e para os revestimentos, MI (68) < TE (128) < RP (153) < RU (188). Para o espaçador os desajustes foram E2 (76) < E1 (125) < E0 (147). Os menores valores de desajuste pós cimentação foram obtidos pelas combinações: VB-MI-E2 (44), V2-MI-E2 (47), VB-MI-E1 (52), VB-MI-E0 (55), TR-RU-E2 (67), V2-MI-E1(70), V2-TE-E2 (77), V2-MI-E0 (86), VB-TE-E2 (103), todas as demais combinações tiveram valores acima de 120 μm, adotado como referência clinicamente aceitável. Houve diferença significante para as cargas de remoção entre as condições E2 (49 Kgf) < E1 (74 Kgf) < E0 (102 Kgf). Os valores de expansão de presa foram: TE (1,05%), MI (0,88%), RP (0,19%) e RU (0,02%). Para o ensaio dilatométrico, os valores de contração dos metais foram: KE (0,270%), V2 (0,262%), VB (0,256%) e TR (0,160%). Para os revestimentos, houve diferença significante, entre MI (0,74%) e RU (-1,63%). A análise da variação dimensional revelou diferença significante para os metais: V2 (0,08%) ≥ VB (-0,12%) ≥ KE (-0,21%) ≥ R (-0,85%) e para os revestimentos: MI (0,09%) > TE (-0,26%) = RP (-0,50%) > RU (-1,19%). Os revestimentos MI e RU apresentaram micro estrutura mais refinada, contendo cristais mais homogêneos e menos porosidade que os revestimentos RP e TE. Com base nos dados analisados, é válido afirmar que, embora a utilização de revestimentos com boas propriedades dilatométricas facilite a confecção de copings com ajuste marginal adequado, a utilização de espaçadores pode ser indispensável para obtenção de resultados clínicos satisfatórios.The marginal fit of copings made by lost-wax casting are subject to different variation factors, such as contraction of molten metal, investment thermal expansion, die spacer use and others. This study aimed to evaluate the marginal adaptation of copings before and after cementation, obtained with three basic alloys - Ni-Cr-Be (VB), Ni-Cr (V2) and Co-Cr (KE), melted with two investments - Termocast (TE) and Microfine (MI) - and commercially pure titanium (TR) melted with Rematitan Plus (RP) and Rematitan Ultra (RU), in the conditions: E0 (without die spacer), E1 (one die spacer layer) and E2 (two die spacer layers). From a metal matrix, 240 copings were obtained, 10 for each combination metal-investment-spacer. An optical microscope was used to determine the misfit before and after the cementation with zinc phosphate cement. A tensile strength test was carried out after the cementation in order to determine the remotion load. Dilatometric tests were used to calculate the linear thermal expansion coefficients of metals and investments, to determine the setting expansion of the investments and to determine the dimensional variation as well. After the tests, the data were analyzed statistically. The analysis of variance for the marginal adaptation showed statistical significance (0.05) for all variation factors. For the metals, the misfit, in μm, was: V2 (85) = VB (89) < KE (119) < TR (171); and for investments, MI (68) < TE (128) < RP (153) < RU (188). The misfit for factor die spacer was: E2 (76) < E1 (125) < E0 (147). Having accepted the value of 120 μm as a reference limit of clinically acceptable results, the lowest misfit values for different combinations after cementation were: VB-MI-E2 (44), V2-MI-E2 (47), VB-MI-E1 (52), VB-MI-E0 (55), RU-TR-E2 (67 μm), V2-MI-E1 (70), E2-V2-TE (77), V2-MI-E0 (86), VB-TE-E2 (103). All the other combinations had values above 120 μm. There was a significant difference for tensile strength under the conditions E2 (49 Kgf), E1 (74 Kgf) and E0 (102 kgf). The setting expansion values were: TE (1.05%), MI (0.88%), RP (0.19%) and RU (0.02%). According to the dilatometer test, the values of contraction for the metals were: KE (0.27%), V2 (0.262%), VB (0.256%) and TR (0.16%), and for the investments: MI (0.74%) and RU (-1.63%). The analysis of variance revealed significant differences for metals dimensional variation: V2 (0.08%) ≥ VB (-0.12%) ≥ KE (-0.21%) ≥ TR (-0.85%) and investments: MI (0.09%) > TE (-0.26%) = RP (-0.50%) > RU (-1.19%). In conclusion, the use of investments with good dilatometric properties improves the marginal fit of the copings, but the die spacer use may be essential for obtaining satisfactory clinical results.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBezzon, Osvaldo LuizSoriani, Natércia Carreira2011-04-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-04052011-133642/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-04052011-133642Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O desajuste de copings obtidos por fundição por cera perdida está sujeita à vários fatores tais como: contração de fundição do metal, expansão do revestimento, uso de espaçadores, entre outros. O objetivo do estudo foi avaliar o desajuste marginal pré e pós cimentação de copings obtidos com três ligas de metais básicos - Ni-Cr-Be (VB), Ni-Cr (V2) e Co-Cr (KE) fundidos a partir de dois revestimentos - Termocast (TE) e Microfine (MI) e Titânio comercialmente puro (TR) fundido com dois revestimentos - Rematitan Plus (RP) e Rematitan Ultra (RU), nas condições E0, sem espaçador, E1, com uma camada de espaçador e E2, com duas camadas de espaçador. A partir de uma matriz metálica, foram obtidos 240 copings, sendo 10 para cada combinação metal-revestimento-espaçador. Foi utilizado Microscópio Óptico para determinação do desajuste nas condições pré e pós cimentação, efetuada com cimento de fosfato de zinco. Foi realizado teste de tração pós cimentação para determinação da carga de remoção dos copings da combinação KE-MI. Foram realizados ensaios dilatométricos para a definição dos coeficientes de expansão térmico linear dos metais e dos revestimentos, determinação da expansão de presa dos revestimentos, além de ensaio para determinação da variação dimensional das fundições e análises de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os dados de desajuste marginal foram analisados estatisticamente pelos testes Anova e Student-Newman-Keulsa que revelaram significância estatística (0,05) para os fatores isolados. Para os metais, os valores de desajuste (μm) foram V2 (85) = VB (89) < KE (119) < TR (171) e para os revestimentos, MI (68) < TE (128) < RP (153) < RU (188). Para o espaçador os desajustes foram E2 (76) < E1 (125) < E0 (147). Os menores valores de desajuste pós cimentação foram obtidos pelas combinações: VB-MI-E2 (44), V2-MI-E2 (47), VB-MI-E1 (52), VB-MI-E0 (55), TR-RU-E2 (67), V2-MI-E1(70), V2-TE-E2 (77), V2-MI-E0 (86), VB-TE-E2 (103), todas as demais combinações tiveram valores acima de 120 μm, adotado como referência clinicamente aceitável. Houve diferença significante para as cargas de remoção entre as condições E2 (49 Kgf) < E1 (74 Kgf) < E0 (102 Kgf). Os valores de expansão de presa foram: TE (1,05%), MI (0,88%), RP (0,19%) e RU (0,02%). Para o ensaio dilatométrico, os valores de contração dos metais foram: KE (0,270%), V2 (0,262%), VB (0,256%) e TR (0,160%). Para os revestimentos, houve diferença significante, entre MI (0,74%) e RU (-1,63%). A análise da variação dimensional revelou diferença significante para os metais: V2 (0,08%) ≥ VB (-0,12%) ≥ KE (-0,21%) ≥ R (-0,85%) e para os revestimentos: MI (0,09%) > TE (-0,26%) = RP (-0,50%) > RU (-1,19%). Os revestimentos MI e RU apresentaram micro estrutura mais refinada, contendo cristais mais homogêneos e menos porosidade que os revestimentos RP e TE. Com base nos dados analisados, é válido afirmar que, embora a utilização de revestimentos com boas propriedades dilatométricas facilite a confecção de copings com ajuste marginal adequado, a utilização de espaçadores pode ser indispensável para obtenção de resultados clínicos satisfatórios. |
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