Hannah Arendt: os limites do novo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abreu, Maria Aparecida Azevedo
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-14112022-144947/
Resumo: O objetivo deste trabalho é apontar alguns limites da teoria política formulada por Hannah Arendt. Para isto, a análise foi concentrada em sua teoria da ação e em características desta atividade na obra da autora. Foi destacada em sua teoria política a ausência de três temas políticos relevantes: o conflito, o interesse e a vontade. A condição humana da ação arendtiana é a pluralidade e, com essa opção, a autora pôde afastar da política o conflito. Caracterizando a ação como uma atividade sem fim externo a ela própria, foi possível à autora também afastar de sua teoria política o interesse. Por fim, sendo ação arendtiana imprevisível, Hannah Arendt pôde afastar do espaço político também a vontade. Com a ausência desses temas bastante relevantes para a política, a teoria política de Hannah Arendt ficou sem instrumentos necessários para tornar possível uma criatividade institucional. Embora as instituições tenham papel relevante na teoria da autora - são elas os pilares de sustentação do espaço político -, a sua criação parece ser viabilizada, nos estreitos limites de sua teoria, apenas nos raros momentos de fundação política. Hannah Arendt busca, em sua teoria da ação, uma alternativa aos horrores proporcionados pela experiência do totalitarismo e, ao mesmo tempo, uma garantia de que esses horrores não aconteçam novamente. Ao estabelecer essa garantia, tornou estreitos os limites da própria açã
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