Encefalopatias não-infecciosas em cães: análise anatomopatológica e imunohistoquímica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Panigassi, Luiz Fernando Nascimento
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-08102012-155353/
Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar o comportamento anatomopatológico e expressão imunohistoquímica das proteínas GFAP, Vimentina, COX-2 e Amilóide β em 14 casos de encefalopatias não infecciosas em cães, mais especificamente Meningoencefalite Granulomatosa (MEG), Meningoencefalite Necrotizante (MEN) e Angiopatia Amilóide Cerebral (CAA). Foram coletadas informações clínicas (gênero, raça, idade) e morfológicas (necrose, presença de proteína amilóide, infiltrado inflamatório) dos animais. Para a expressão das proteínas por imunohistoquímica foram confeccionadas lâminas próprias para tal com amostras dos tecidos, juntamente com controles positivos das reações. A avaliação da expressão das proteínas foi de como positivo ou negativo para a marcação para GFAP, Vimentina e COX-2, e para o Aβ seguiu-se a classificação proposta por Olichney (1995), com quatro graduações. Animais SRD (4/14, 28%), de raça Maltês (2/14, 14%), Labrador (2/14, 14%), Poodle (3/14, 21%), Fox Terrier (1/14, 7%), Pug (1/14, 7%) e Bichon Frisè (1/14, 7%) fizeram parte deste estudo, na maioria machos (9/14, 63%). As lesões em todos os casos foram características, sendo que em MEG foi observado manguitos perivasculares abundantes com infiltrado inflamatório disperso pelo parênquima encefálico, caracterizando os quatro casos como de MEG disseminada. Em MEN foi observado o infiltrado inflamatório acompanhado de áreas de necrose, sinais característicos da doença. Nos casos de CAA foi observado agregados proteicos junto aos vasos sanguíneos do encéfalo, confirmados como sendo material amilóide por meio da coloração Vermelho Congo. Quanto a expressão dos antígenos por imunohistoquímica, houve a marcação de todos anticorpos em todos os casos, e, para os casos de CAA, houve uma maioria de casos com classificação 1 (5/6, 83%). Em conclusão: 1. os dados clínicos obtidos reproduzem o comportamento biológico destas doenças em cães; 2. a análise imunohistoquímica das lesões de MEG, MEN e CAA apresentou resultados dentro dos quadros descritos na literatura; 3. a marcação positiva para COX-2 indica um aumento na atividade macrofágica no encéfalo; 4. as marcações de GFAP e Vimentina indicam uma reação das células da glia frente a lesão apresentada; 5. a utilização da imunohistoquímica como ferramenta de diagnóstico para estas doenças é válida.
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Para a expressão das proteínas por imunohistoquímica foram confeccionadas lâminas próprias para tal com amostras dos tecidos, juntamente com controles positivos das reações. A avaliação da expressão das proteínas foi de como positivo ou negativo para a marcação para GFAP, Vimentina e COX-2, e para o Aβ seguiu-se a classificação proposta por Olichney (1995), com quatro graduações. Animais SRD (4/14, 28%), de raça Maltês (2/14, 14%), Labrador (2/14, 14%), Poodle (3/14, 21%), Fox Terrier (1/14, 7%), Pug (1/14, 7%) e Bichon Frisè (1/14, 7%) fizeram parte deste estudo, na maioria machos (9/14, 63%). As lesões em todos os casos foram características, sendo que em MEG foi observado manguitos perivasculares abundantes com infiltrado inflamatório disperso pelo parênquima encefálico, caracterizando os quatro casos como de MEG disseminada. Em MEN foi observado o infiltrado inflamatório acompanhado de áreas de necrose, sinais característicos da doença. Nos casos de CAA foi observado agregados proteicos junto aos vasos sanguíneos do encéfalo, confirmados como sendo material amilóide por meio da coloração Vermelho Congo. Quanto a expressão dos antígenos por imunohistoquímica, houve a marcação de todos anticorpos em todos os casos, e, para os casos de CAA, houve uma maioria de casos com classificação 1 (5/6, 83%). Em conclusão: 1. os dados clínicos obtidos reproduzem o comportamento biológico destas doenças em cães; 2. a análise imunohistoquímica das lesões de MEG, MEN e CAA apresentou resultados dentro dos quadros descritos na literatura; 3. a marcação positiva para COX-2 indica um aumento na atividade macrofágica no encéfalo; 4. as marcações de GFAP e Vimentina indicam uma reação das células da glia frente a lesão apresentada; 5. a utilização da imunohistoquímica como ferramenta de diagnóstico para estas doenças é válida.The goal of this study was to analyze the anatomopathological and immunohistochemical profile for GFAP, Vimentin, COX-2 and β-amyloid in 14 cases of noninfectious encephalopathies in dogs, more specifically Granulomatous Meningoencephalitis (GME), Necrotizing Meningoencephalitis (NME) and Cerebral Amyloid Angiopathy (CAA). Clinical (gender, breed, age) and morphological (necrosis, presence of amyloid protein, inflammatory infiltrate) informations were collected regarding such animals. Microscopy slides with paraffin-embedded sections of tissue were elaborated for the immunohistochemical analysis, as well as positive controls for the reactions. The expressions of the proteins were graded as positive or negative for GFAP, Vimentin and COX-2, and the grading system described by Olichney was used for the β-amyloid. Animals of mixed breed (4/14, 28%), malteses (2/14, 14%), Labrador (2/14, 14%), Poodle (3/14, 21%), Fox Terrier (1/14, 7%), Pug (1/14, 7%) and Bichon Frisè (1/14, 7%) featured in this study, and most of them were males (9/14, 63%). All of the lesions observed were characteristic of such diseases, as perivascular cuffing with an abundant inflammatory infiltrate was observed in GME cases, being all 4 cases considered as disseminated GME. Necrosis, as well as the inflammatory infiltrate, was observed in all NME cases, which is the hallmark of this disease. The deposition of amyloid protein was observed in cases of CAA, which were confirmed by the Congo Red special staining. As for the immunohistochemical expression, all antibodies performed positive staining, and for the β-amyloid there was a predominance of grade 1 cases (5/6, 83%). In conclusion: 1. the clinical data reproduce the biological behavior of such diseases in dogs; 2. the immunohistochemical analysis of the lesions from GME, NME and CAA presented results coherent with those found in the literature; 3. positive staining for COX-2 presented an increased macrophage activity in the brain of those animals; 4. GFAP and Vimentin positive staining indicate a reaction by the glial cells against the presented lesion; 5. immunohistochemistry is a valid diagnostics tool for such diseases.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMaiorka, Paulo CésarPanigassi, Luiz Fernando Nascimento2012-01-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-08102012-155353/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-08102012-155353Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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