Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Hilário Antônio de
Data de Publicação: 1982
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-200522/
Resumo: Foi avaliada a incidência de uma podridão branca de cerne em árvores vivas de quatro espécies de Eucalyptus Lhéritier, com maior ênfase a E. grandis Hill ex Maiden e E. saligna Sm, em quatro locais da região de Guaíba, RS. As árvores amostradas por espécie e local, foram derrubadas e seccionadas para constatação ou não de apodrecimento. Evidenciou-se variação na incidência de apodrecimento nos diferentes locais e espécies. A incidência média foi de 49% nas árvores examinadas e E. grandis foi a espécie na qual houve maior incidência (61%). Em E. saligna a incidência foi de 40%. A maior incidência por local foi de 85%. Os microorganismos associados ao problema foram determinados através da constatação de basidiocarpos nas árvores vivas e por isolamento a partir de material coletado durante a avaliação da incidência. Os himenomicetos foram descritos com base em suas características culturais. Apenas em uma árvore de E. saligna constatou-se a presença de basidiocarpos de Inonotus rheades (Pers.) Pilat. Vinte prováveis himenomicetos, nove dos quais possuindo grampos de conexão, foram isolados da madeira coletada. Além destes apenas Deuteromicetos e Ascomicetos ocorreram no isolamento. Inóculo constituído de grãos de arroz em casca colonizados com os fungos foi introduzido até o centro do cerne de árvores sadias, tapando-se os buracos com algodão e vedando com fita adesiva. Após 115 dias da inoculação efetuou-se a avaliação do apodrecimento nas três espécies de Eucalyptus testadas, tendo um deles apresentado maior agressividade do que o outro. E. grandis apresentou menor resistência ao apodrecimento. Verificou-se que a principal via de penetração dos organismos causais da podridão dentro das árvores são os galhos mortos, ou seus restos aderidos às árvores.
id USP_0e21cd5c67644c34c3e782d2a169d30c
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-20220207-200522
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologiaHeart rot in living trees of Eucalyptus in the Guaíba region, RS: occurrence and etiologyEUCALIPTOFUNGOS FITOPATOGÊNICOSPODRIDÃO DO CERNEFoi avaliada a incidência de uma podridão branca de cerne em árvores vivas de quatro espécies de Eucalyptus Lhéritier, com maior ênfase a E. grandis Hill ex Maiden e E. saligna Sm, em quatro locais da região de Guaíba, RS. As árvores amostradas por espécie e local, foram derrubadas e seccionadas para constatação ou não de apodrecimento. Evidenciou-se variação na incidência de apodrecimento nos diferentes locais e espécies. A incidência média foi de 49% nas árvores examinadas e E. grandis foi a espécie na qual houve maior incidência (61%). Em E. saligna a incidência foi de 40%. A maior incidência por local foi de 85%. Os microorganismos associados ao problema foram determinados através da constatação de basidiocarpos nas árvores vivas e por isolamento a partir de material coletado durante a avaliação da incidência. Os himenomicetos foram descritos com base em suas características culturais. Apenas em uma árvore de E. saligna constatou-se a presença de basidiocarpos de Inonotus rheades (Pers.) Pilat. Vinte prováveis himenomicetos, nove dos quais possuindo grampos de conexão, foram isolados da madeira coletada. Além destes apenas Deuteromicetos e Ascomicetos ocorreram no isolamento. Inóculo constituído de grãos de arroz em casca colonizados com os fungos foi introduzido até o centro do cerne de árvores sadias, tapando-se os buracos com algodão e vedando com fita adesiva. Após 115 dias da inoculação efetuou-se a avaliação do apodrecimento nas três espécies de Eucalyptus testadas, tendo um deles apresentado maior agressividade do que o outro. E. grandis apresentou menor resistência ao apodrecimento. Verificou-se que a principal via de penetração dos organismos causais da podridão dentro das árvores são os galhos mortos, ou seus restos aderidos às árvores.The incidence of a white heart rot in living trees of four Eucalyptus L'héritier species was evaluated in four sites within the Guaíba region, RS. Emphasis was given to stands of E. grandis Hill ex Maiden and E. saligna Sm. Trees were fallen and seccioned for internal decay evaluation. The incidence of decay among individual trees varied according to the site and the eucalyptus species. Forty nine percent of the trees examined showed heart rot, E. grandis being the species with the greatest incidence (61%). E. saligna showed an incidence of 40%. The greatest incidence per site was 85%. Microorganisms associated with the problem were determined by the examination of basidiocarps formed in the living trees and by isolation from material collected during the incidence evaluation. Himenomycetes were described according to their cultural characteristics. The presence of basidiocarps was detected only in one tree of E. saligna. These fruiting bodies pertained to the species Inonotus rheades (Pers.) Pilat. Twenty supposed Himenomycetes were isolated from the decayed wood, 9 of them having clamp connections. Several Deuteromycetes and Ascomycetes were also isolated. Three Hymenomycetes isolated were artificially inoculated into living trees of E. saligna, E. grandis and E. urophylla. Inoculum consisted of rice grains colonized by the fungi in glass jars. Inoculation was performed by introducing the inoculum into cillindrical holes done in the trunk of healthy trees, closing the opening of the holes with cotton and adhesive tape. Evaluation was performed 115 days after inoculation. Two of the Hymenomycetes tested caused decay in the those Eucalyptus species tested, one of them being more aggressive than the other. E. grandis was the most susceptible species. The principal mode of penetration of the causal organisms into the heartwood of the trees was observed to be through the branch stubs or dead branches.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKrugner, Tasso LeoCastro, Hilário Antônio de1982-11-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-200522/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-02-08T19:51:32Zoai:teses.usp.br:tde-20220207-200522Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-02-08T19:51:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
Heart rot in living trees of Eucalyptus in the Guaíba region, RS: occurrence and etiology
title Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
spellingShingle Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
Castro, Hilário Antônio de
EUCALIPTO
FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
PODRIDÃO DO CERNE
title_short Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
title_full Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
title_fullStr Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
title_full_unstemmed Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
title_sort Podridão de cerne de árvores vivas de Eucalyptus na região de Guaíba, RS: ocorrência e etiologia
author Castro, Hilário Antônio de
author_facet Castro, Hilário Antônio de
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Krugner, Tasso Leo
dc.contributor.author.fl_str_mv Castro, Hilário Antônio de
dc.subject.por.fl_str_mv EUCALIPTO
FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
PODRIDÃO DO CERNE
topic EUCALIPTO
FUNGOS FITOPATOGÊNICOS
PODRIDÃO DO CERNE
description Foi avaliada a incidência de uma podridão branca de cerne em árvores vivas de quatro espécies de Eucalyptus Lhéritier, com maior ênfase a E. grandis Hill ex Maiden e E. saligna Sm, em quatro locais da região de Guaíba, RS. As árvores amostradas por espécie e local, foram derrubadas e seccionadas para constatação ou não de apodrecimento. Evidenciou-se variação na incidência de apodrecimento nos diferentes locais e espécies. A incidência média foi de 49% nas árvores examinadas e E. grandis foi a espécie na qual houve maior incidência (61%). Em E. saligna a incidência foi de 40%. A maior incidência por local foi de 85%. Os microorganismos associados ao problema foram determinados através da constatação de basidiocarpos nas árvores vivas e por isolamento a partir de material coletado durante a avaliação da incidência. Os himenomicetos foram descritos com base em suas características culturais. Apenas em uma árvore de E. saligna constatou-se a presença de basidiocarpos de Inonotus rheades (Pers.) Pilat. Vinte prováveis himenomicetos, nove dos quais possuindo grampos de conexão, foram isolados da madeira coletada. Além destes apenas Deuteromicetos e Ascomicetos ocorreram no isolamento. Inóculo constituído de grãos de arroz em casca colonizados com os fungos foi introduzido até o centro do cerne de árvores sadias, tapando-se os buracos com algodão e vedando com fita adesiva. Após 115 dias da inoculação efetuou-se a avaliação do apodrecimento nas três espécies de Eucalyptus testadas, tendo um deles apresentado maior agressividade do que o outro. E. grandis apresentou menor resistência ao apodrecimento. Verificou-se que a principal via de penetração dos organismos causais da podridão dentro das árvores são os galhos mortos, ou seus restos aderidos às árvores.
publishDate 1982
dc.date.none.fl_str_mv 1982-11-08
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-200522/
url https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-200522/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090931102580736