Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Espírito Santo, Rodrigo Otávio do
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-22052019-111721/
Resumo: Objetivos: descrever um novo método, baseado nas curvas de Bézier, de obtenção e análise quantitativa do contorno da pálpebra inferior de pacientes com orbitopatia de Graves. Casuística e Métodos: Foram estudados dois grupos de sujeitos, pareados por sexo e idade, sendo 41 pacientes portadores de orbitopatia de Graves e 43 sujeitos normais. Foi realizada exoftalmometria de Hertel em todos os integrantes do estudo e empregados cortes coronais de ressonância magnética orbitária para medir a área do músculo reto inferior de 17 pacientes e 16 controles. O programa ImageJ, com a ferramenta da curva de Bézier, foi usado para obtenção do contorno palpebral inferior de um dos olhos de todos os integrantes dos dois grupos da partir de fotografias digitais da fenda palpebral. O programa MatLab foi utilizado para se obterem, de ambos os grupos, o pico do contorno palpebral inferior, a distância margem reflexo 2 (MRD2), o índice de circularidade do contorno da pálpebra, o ângulo lacrimal, a área de exposição escleral delimitada pelo contorno palpebral bem como a razão entre as áreas temporal e medial dessa área. Resultados: A análise do contorno da porção ciliar da pálpebra inferior demonstrou que a retração palpebral está significativamente correlacionada ao grau de proptose do olho nos pacientes portadores de orbitopatia de Graves e ao deslocamento inferior do tubérculo lacrimal. Não houve correlação entre a magnitude da retração e o aumento da área do músculo reto inferior. O contorno da porção ciliar da palpebral inferior não apresentou deformações setoriais, achado este comprovado pela ausência de diferença significativa da posição do pico palpebral entre os dois grupos estudados, pela distribuição simétrica entre as áreas temporal e medial do contorno palpebral e pelo maior grau de circularidade detectado nas pálpebras dos portadores de orbitopatia de Graves. A retração deslocou significativamente o tubérculo lacrimal da pálpebra afetada. Conclusão: A curva de Bézier mostrou-se uma ferramenta útil para o estudo do contorno palpebral inferior. A análise do contorno evidenciou que não há flare temporal na retração palpebral inferior na orbitopatia de Graves. Os resultados possibilitaram melhor entendimento da retração palpebral, assim como planejamento cirúrgico mais preciso para correção dessa patologia palpebral.
id USP_0eaaaa05c32e96a54e28233a65fa63f6
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-22052019-111721
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebralGraves lower eyelid retraction: a qualitative eyelid contour analysisBézier curvesContorno palpebralCurva de BézierEyelid contourEyelid retractionGraves orbitopathyLower eyelidOrbitopatia de GravesPálpebra inferiorRetração palpebralObjetivos: descrever um novo método, baseado nas curvas de Bézier, de obtenção e análise quantitativa do contorno da pálpebra inferior de pacientes com orbitopatia de Graves. Casuística e Métodos: Foram estudados dois grupos de sujeitos, pareados por sexo e idade, sendo 41 pacientes portadores de orbitopatia de Graves e 43 sujeitos normais. Foi realizada exoftalmometria de Hertel em todos os integrantes do estudo e empregados cortes coronais de ressonância magnética orbitária para medir a área do músculo reto inferior de 17 pacientes e 16 controles. O programa ImageJ, com a ferramenta da curva de Bézier, foi usado para obtenção do contorno palpebral inferior de um dos olhos de todos os integrantes dos dois grupos da partir de fotografias digitais da fenda palpebral. O programa MatLab foi utilizado para se obterem, de ambos os grupos, o pico do contorno palpebral inferior, a distância margem reflexo 2 (MRD2), o índice de circularidade do contorno da pálpebra, o ângulo lacrimal, a área de exposição escleral delimitada pelo contorno palpebral bem como a razão entre as áreas temporal e medial dessa área. Resultados: A análise do contorno da porção ciliar da pálpebra inferior demonstrou que a retração palpebral está significativamente correlacionada ao grau de proptose do olho nos pacientes portadores de orbitopatia de Graves e ao deslocamento inferior do tubérculo lacrimal. Não houve correlação entre a magnitude da retração e o aumento da área do músculo reto inferior. O contorno da porção ciliar da palpebral inferior não apresentou deformações setoriais, achado este comprovado pela ausência de diferença significativa da posição do pico palpebral entre os dois grupos estudados, pela distribuição simétrica entre as áreas temporal e medial do contorno palpebral e pelo maior grau de circularidade detectado nas pálpebras dos portadores de orbitopatia de Graves. A retração deslocou significativamente o tubérculo lacrimal da pálpebra afetada. Conclusão: A curva de Bézier mostrou-se uma ferramenta útil para o estudo do contorno palpebral inferior. A análise do contorno evidenciou que não há flare temporal na retração palpebral inferior na orbitopatia de Graves. Os resultados possibilitaram melhor entendimento da retração palpebral, assim como planejamento cirúrgico mais preciso para correção dessa patologia palpebral.Purpose: To describe a new method, based on the Bézier curves, to obtain and analyze quantitively the lower eyelid contour of patients with Graves orbitopathy. Magnetic. Casuistic and Methods: Two groups of sex and age matched subjects were studied: patients with Graves orbitopathy (n = 41) and normal controls (n= 43). Hertel exophthalmometry was performed in all subjects. Coronal slices of Magnetic resonance imaging were employed to estimate the area of the inferior rectus muscle of 17 patients and 16 controls. The Image J NIH software, equipped with the Bézier plugin, was used to obtain the lower eyelid contour of one eye of all participants from digital images of the palpebral fissure. With the software Matlab it was measured in all contours the following variables: margin reflex distance 2, the contour peak, the circularity index, the lacrimal angle and the total area of the lid contour as well the medial and lateral portions of this area. Results: The contour analysis of the ciliated portion of the lower eyelid showed that the lid retraction is significantly correlated with the degree of proptosis and with the displacement of the lacrimal tubercle of the lid. There is no correlation between the magnitude of retraction and the inferior rectus area. The ciliated portion of the lower eyelid does not show segmental deformities as demonstrated by the absence of difference between the temporal and medial areas of the contour as well by the highest index of circularity of the retracted lids. Lower eyelid retraction displaces significantly the lacrimal tubercle of the affected lid. Conclusions: The Bézier curve proved to be a useful tool for the study of the lower eyelid contour. The contour analyis showed that there is no lateral flare on the lower eyelid retraction of the Graves orbitopathy. The results allow a better understanding of the lid retraction and a precise surgical planning of this lid pathology.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCruz, Antonio Augusto Velasco eEspírito Santo, Rodrigo Otávio do2018-10-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-22052019-111721/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-20T23:17:38Zoai:teses.usp.br:tde-22052019-111721Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-20T23:17:38Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
Graves lower eyelid retraction: a qualitative eyelid contour analysis
title Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
spellingShingle Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
Espírito Santo, Rodrigo Otávio do
Bézier curves
Contorno palpebral
Curva de Bézier
Eyelid contour
Eyelid retraction
Graves orbitopathy
Lower eyelid
Orbitopatia de Graves
Pálpebra inferior
Retração palpebral
title_short Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
title_full Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
title_fullStr Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
title_full_unstemmed Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
title_sort Retração da pálpebra inferior na orbitopatia de Graves: uma análise quantitativa do contorno palpebral
author Espírito Santo, Rodrigo Otávio do
author_facet Espírito Santo, Rodrigo Otávio do
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Cruz, Antonio Augusto Velasco e
dc.contributor.author.fl_str_mv Espírito Santo, Rodrigo Otávio do
dc.subject.por.fl_str_mv Bézier curves
Contorno palpebral
Curva de Bézier
Eyelid contour
Eyelid retraction
Graves orbitopathy
Lower eyelid
Orbitopatia de Graves
Pálpebra inferior
Retração palpebral
topic Bézier curves
Contorno palpebral
Curva de Bézier
Eyelid contour
Eyelid retraction
Graves orbitopathy
Lower eyelid
Orbitopatia de Graves
Pálpebra inferior
Retração palpebral
description Objetivos: descrever um novo método, baseado nas curvas de Bézier, de obtenção e análise quantitativa do contorno da pálpebra inferior de pacientes com orbitopatia de Graves. Casuística e Métodos: Foram estudados dois grupos de sujeitos, pareados por sexo e idade, sendo 41 pacientes portadores de orbitopatia de Graves e 43 sujeitos normais. Foi realizada exoftalmometria de Hertel em todos os integrantes do estudo e empregados cortes coronais de ressonância magnética orbitária para medir a área do músculo reto inferior de 17 pacientes e 16 controles. O programa ImageJ, com a ferramenta da curva de Bézier, foi usado para obtenção do contorno palpebral inferior de um dos olhos de todos os integrantes dos dois grupos da partir de fotografias digitais da fenda palpebral. O programa MatLab foi utilizado para se obterem, de ambos os grupos, o pico do contorno palpebral inferior, a distância margem reflexo 2 (MRD2), o índice de circularidade do contorno da pálpebra, o ângulo lacrimal, a área de exposição escleral delimitada pelo contorno palpebral bem como a razão entre as áreas temporal e medial dessa área. Resultados: A análise do contorno da porção ciliar da pálpebra inferior demonstrou que a retração palpebral está significativamente correlacionada ao grau de proptose do olho nos pacientes portadores de orbitopatia de Graves e ao deslocamento inferior do tubérculo lacrimal. Não houve correlação entre a magnitude da retração e o aumento da área do músculo reto inferior. O contorno da porção ciliar da palpebral inferior não apresentou deformações setoriais, achado este comprovado pela ausência de diferença significativa da posição do pico palpebral entre os dois grupos estudados, pela distribuição simétrica entre as áreas temporal e medial do contorno palpebral e pelo maior grau de circularidade detectado nas pálpebras dos portadores de orbitopatia de Graves. A retração deslocou significativamente o tubérculo lacrimal da pálpebra afetada. Conclusão: A curva de Bézier mostrou-se uma ferramenta útil para o estudo do contorno palpebral inferior. A análise do contorno evidenciou que não há flare temporal na retração palpebral inferior na orbitopatia de Graves. Os resultados possibilitaram melhor entendimento da retração palpebral, assim como planejamento cirúrgico mais preciso para correção dessa patologia palpebral.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018-10-08
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-22052019-111721/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-22052019-111721/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815257270084173824