Avaliação da posição anterior do globo ocular na face em tomografias com finalidade de reconstrução facial forense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Letícia Vilela
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23158/tde-19062023-125510/
Resumo: A reconstrução facial forense (RFF) busca reproduzir a imagem da face atribuída ao indivíduo, contribuindo para uma possível identificação quando outros métodos não podem ser aplicados. Para que a RFF se assemelhe às características do indivíduo, os anexos faciais como a orelha, olhos, nariz e boca, devem ser precisos em relação ao tamanho, posição e forma. Os olhos são essenciais na reconstrução de uma face passível de ser reconhecida porque que estão, expressivamente, posicionados no centro da face. No entanto, são poucos os estudos que estabelecem a posição do globo ocular e ainda não há parâmetros para essa característica em brasileiros. O objetivo deste trabalho foi estabelecer parâmetros da localização dos pontos pupilar (p), endocântio (en) e exocântio (ex) para posicionamento do globo ocular na população brasileira com finalidade de RFF. A pesquisa utilizou 69 tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC), analisadas por meio do software Horos®. Primeiramente, o crânio foi posicionado no plano de Frankfurt, depois foram localizados os pontos p, en, ex, supraorbital médio (mso), infraorbital médio (mio), orbital médial (mo) e o ectocântio (ec). Foram mensuradas as medidas entre os pontos mso-mio, mo-ec, mio-en, mo-p, en-ex e en-p. Depois, foi mensurado o ângulo formado entre o en e o ex e a linha paralela ao plano de Frankfurt, e por último foi utilizado o método da tangente para medir a projeção da órbita. Foram realizadas análises descritivas e análise estatística por meio do software Jamovi. Pode-se estabelecer que o p tem localização estatisticamente correlacionada à largura da órbita (mo-ec) e à altura da órbita (mso-mio), sendo 58% da largura, a partir do ponto mo, e 46% da altura, a partir do ponto mio. Quanto à projeção do p em relação às margens da órbita, estima-se uma média de 3,74 mm. Estabelecida a posição do p, pode-se estimar a distância entre os pontos en-ex com aproximadamente 74% da largura da órbita, sendo que a distância do en-p representa 56% dessa grandeza estimada. Por fim, os pontos en-ex apresentam inclinação de 89º em relação à uma linha paralela à linha sagital do crânio. Houve pouca diferença estatisticamente significativa entre os sexos e aos lados direito e esquerdo, sendo que a diferença entre médias não justificou a separação do método por esses parâmetros.
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No entanto, são poucos os estudos que estabelecem a posição do globo ocular e ainda não há parâmetros para essa característica em brasileiros. O objetivo deste trabalho foi estabelecer parâmetros da localização dos pontos pupilar (p), endocântio (en) e exocântio (ex) para posicionamento do globo ocular na população brasileira com finalidade de RFF. A pesquisa utilizou 69 tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC), analisadas por meio do software Horos®. Primeiramente, o crânio foi posicionado no plano de Frankfurt, depois foram localizados os pontos p, en, ex, supraorbital médio (mso), infraorbital médio (mio), orbital médial (mo) e o ectocântio (ec). Foram mensuradas as medidas entre os pontos mso-mio, mo-ec, mio-en, mo-p, en-ex e en-p. Depois, foi mensurado o ângulo formado entre o en e o ex e a linha paralela ao plano de Frankfurt, e por último foi utilizado o método da tangente para medir a projeção da órbita. Foram realizadas análises descritivas e análise estatística por meio do software Jamovi. Pode-se estabelecer que o p tem localização estatisticamente correlacionada à largura da órbita (mo-ec) e à altura da órbita (mso-mio), sendo 58% da largura, a partir do ponto mo, e 46% da altura, a partir do ponto mio. Quanto à projeção do p em relação às margens da órbita, estima-se uma média de 3,74 mm. Estabelecida a posição do p, pode-se estimar a distância entre os pontos en-ex com aproximadamente 74% da largura da órbita, sendo que a distância do en-p representa 56% dessa grandeza estimada. Por fim, os pontos en-ex apresentam inclinação de 89º em relação à uma linha paralela à linha sagital do crânio. Houve pouca diferença estatisticamente significativa entre os sexos e aos lados direito e esquerdo, sendo que a diferença entre médias não justificou a separação do método por esses parâmetros.Forensic facial reconstruction (FFR) reproduces a face image attributed to an individual, helping a possible identification when other methods are not available. Structures from the face such as the ears, eyes, nose, and mouth are essential to creating similarity to an individuals characteristics, therefore they must be precise in shape, position, and size. The eyes are an important face component in reconstructing a face passable of recognition once they are, expressively, in the center of the face. Few studies establish the eyeballs position and there are no parameters for these characteristics in Brazilians. This work aimed to establish parameters to locate the pupils point (p), endocanthion (en), and exocanthion (ex) to position the eyeball in the Brazilian population for FFR purposes. 69 cone beam tomographies (CBT) were used and analyzed through the Horos® software. First, the skull was positioned in Frankfurts plane and the points p, en, ex, medial orbit (mo), mid-infraorbital (mio), mid-supraorbital (mso), and ectoconchion (ec) were located. The distance between the points mso-mio, mo-ec, mio-en, mo-p, en-ex and en-p were measured. After the angle between en-ex and the parallel line to the sagittal line were measured and the tangent method was used to measure the orbit projection. The variables were described through descriptive analysis and the statistics were made through the Jamovi® software. The p points location is statistically correlated to the orbit width (mo-ec) and the orbit height (mso-mio), described as 58% of the width from the mo, and 46% of the height from the mio. The p projection is approximately 3,4 mm to the orbit margin. The distance between en-ex is estimated approximately as 74% of the orbit height, and the distance between en-p represents 56% of it. At last, the distance en-ex present an 89° inclination to the sagittal line. There were few statistical differences between the sexes and the right and left sides, and the mean difference did not justify the method separation through these parameters.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelani, Rodolfo Francisco HaltenhoffSantos, Letícia Vilela2023-02-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23158/tde-19062023-125510/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-23T11:55:02Zoai:teses.usp.br:tde-19062023-125510Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-23T11:55:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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