Estresse e enfrentamento dos familiares de pacientes internados em unidades de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerrer, Francine Jomara Lopes
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-04112013-145806/
Resumo: A hospitalização de um membro da família pode ser percebida como um estressor, já que o estresse é uma reação particular entre a pessoa e o ambiente, podendo gerar desorganização no núcleo familiar, exigindo adaptação. Com o intuito de minimizar o estresse vivenciado, os indivíduos desenvolvem estratégias para enfrentar o estressor, no caso, a hospitalização de seu familiar. A proposta deste estudo foi levantar o nível de estresse e as estratégias de enfrentamento dos familiares de pacientes internados em unidades de terapia intensiva no primeiro dia, após a realização de cirurgia cardíaca. É um estudo descritivo, exploratório, transversal de campo e de análise quantitativa. A coleta de dados foi realizada em um hospital governamental, de grande porte da cidade de São Paulo, utilizando um instrumento de coleta de dados socioeconômico, a escala de estresse percebido (PSS) e o inventário de enfrentamento de Jalowiec. A amostra foi composta por 282 familiares que aceitaram participar da pesquisa, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Esclarecido. O perfil demográfico da população do estudo foi: 169 (59,9%) filhos dos pacientes; 191 (67,7%) gênero feminino; 86 (30,5%) com idade entre 31 e 40 anos; 189 (67%) casados; 99 (35,1%) com ensino médio completo; 129 (45,7%) com vínculo empregatício e 105 (38,2%) renda de 1 a 2 salários-mínimos. O nível de estresse de 99 (35,1%) familiares na escala PSS foi considerado baixo. Não houve diferença estatisticamente significante no estudo das variáveis sexo e estado de saúde do paciente visitado. Obteve-se significância estatística em relação à idade; familiares mais idosos utilizam mais estratégias de enfrentamento comparado aos mais jovens e os estilos mais utilizados foram: Confrontivo, Paliativo e Sustentativo; os familiares solteiros utilizam menos estratégias de enfrentamento comparado aos casados, e o estilo Sustentativo foi o mais utilizado. Observou-se também que os familiares casados apresentaram menores níveis de estresse. Os familiares com baixa renda salarial usaram mais estratégias de enfrentamento comparados aos de renda mais elevada. E o estilo mais empregado foi o Otimista. Comparando-se aos de renda mais elevada, os familiares de baixa renda utilizaram mais o estilo Fatalista. Concluiu-se que o nível de estresse do familiar depende de sua característica individual que da situação de saúde do familiar e das estratégias de enfrentamento por ele usadas. Recomenda-se que o enfermeiro tenha um papel importante e imprescindível na orientação e acompanhamento desse familiar, para o sucesso e segurança do tratamento do paciente sob seus cuidados.
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É um estudo descritivo, exploratório, transversal de campo e de análise quantitativa. A coleta de dados foi realizada em um hospital governamental, de grande porte da cidade de São Paulo, utilizando um instrumento de coleta de dados socioeconômico, a escala de estresse percebido (PSS) e o inventário de enfrentamento de Jalowiec. A amostra foi composta por 282 familiares que aceitaram participar da pesquisa, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Esclarecido. O perfil demográfico da população do estudo foi: 169 (59,9%) filhos dos pacientes; 191 (67,7%) gênero feminino; 86 (30,5%) com idade entre 31 e 40 anos; 189 (67%) casados; 99 (35,1%) com ensino médio completo; 129 (45,7%) com vínculo empregatício e 105 (38,2%) renda de 1 a 2 salários-mínimos. O nível de estresse de 99 (35,1%) familiares na escala PSS foi considerado baixo. Não houve diferença estatisticamente significante no estudo das variáveis sexo e estado de saúde do paciente visitado. Obteve-se significância estatística em relação à idade; familiares mais idosos utilizam mais estratégias de enfrentamento comparado aos mais jovens e os estilos mais utilizados foram: Confrontivo, Paliativo e Sustentativo; os familiares solteiros utilizam menos estratégias de enfrentamento comparado aos casados, e o estilo Sustentativo foi o mais utilizado. Observou-se também que os familiares casados apresentaram menores níveis de estresse. Os familiares com baixa renda salarial usaram mais estratégias de enfrentamento comparados aos de renda mais elevada. E o estilo mais empregado foi o Otimista. Comparando-se aos de renda mais elevada, os familiares de baixa renda utilizaram mais o estilo Fatalista. Concluiu-se que o nível de estresse do familiar depende de sua característica individual que da situação de saúde do familiar e das estratégias de enfrentamento por ele usadas. Recomenda-se que o enfermeiro tenha um papel importante e imprescindível na orientação e acompanhamento desse familiar, para o sucesso e segurança do tratamento do paciente sob seus cuidados.The hospitalization of a Family member can be perceived as a stressor, once stress is a particular reaction between the person and the environment, it may disorganize the Family nucleus somehow, demanding adaptation. In order to minimize the stress faced, the individuals develop strategies to cope the stressor, in this case, the hospitalization of their Family member. The purpose of this study was to identify the stress level and the strategies of these Family members to deal with their inpatients in intensive care units on the first day after the cardiac surgery. It is a descriptive, exploratory, cross-field and quantitative analysis study. The data collection was performed in a large-sized public hospital in the city of Sao Paulo, using a social-economic data collection tool, the perceived stress scale (PSS) and the Jalowiec coping inventory. The sample consisted of 282 family members who accepted to attend this research by signing the informed consent form. The populations demographic profile of this study was: 169 (59,9%) patients children; 191 (67,7%) female; 86 (30,5%) with age between 31 and 40 years old; 189 (67%) married; 99 (35,1%) with complete high school level; 129 (45,7%) with employment link; 105 (38,2%) with an income of 1 or 2 minimum wages. The stress level of 99 (35,1%) members in the PSS scale was considered low. There were no statistically significant differences in the study of the variables gender and health status of the visited patients. There was an statistical significance related to age, elderly relatives use more coping strategies than the younger ones and the most used styles were: confrontive, palliative and supportant uses; the single ones use less coping strategies compared to the married ones and the most used style was the supportant one. It was also observed that the married relatives presented lower stress levels. The relatives with low income use more coping strategies than the ones with higher income and the most used style is the Optimistic one. Comparing to the ones with higher income, the ones with lower income use more the Fatalistic one. Its concluded that the stress level of the Family member depends more on their individual characteristic than on the health status of the relative and their coping strategies. Its recommended that the nurse play an important and essential role in the orientation and follow-up of these Family members for the success and safety of the patients treatment in his/her care.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBianchi, Estela Regina FerrazGuerrer, Francine Jomara Lopes2012-09-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-04112013-145806/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:37Zoai:teses.usp.br:tde-04112013-145806Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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