Promoção - apoio ao aleitamento materno: binômio ou antítese? Uma caracterização das práticas do profissional de saúde na perspectiva da mulher no processo do aleitamento materno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Leandra Andreia de
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-07012008-110009/
Resumo: Os objetivos desta pesquisa constituíram-se em identificar, na perspectiva da mulher-nutriz, o que é apoio à amamentação e rituais da assistência em amamentação nos serviços de saúde, especificamente hospitais amigo da criança e equipes da saúde da família, que não são considerados apoio. Sob as lentes da integralidade, partimos dos pressupostos que uma prática se constitui em apoio à mulher que amamenta, a partir da identificação da necessidade expressa pela mulher; que práticas normativas, pré-estabelecidas podem não atender às necessidades da mulher na amamentação e que as formulações políticas acerca do aleitamento materno (AM) têm reforçado o paradigma hegemônico. Fizeram parte deste estudo todas as puérperas assistidas exclusivamente por equipes de saúde da família do Distrito Oeste no pré-natal e/ou puerpério e tiveram seus partos em instituições credenciadas como Hospital Amigo da Criança (HAC) do município de Ribeirão Preto. Para este estudo descritivo de abordagem qualitativa utilizamos o questionário e a entrevista semi-estruturada como estratégias de investigação. A partir do questionário obtivemos o seguinte perfil dos sujeitos investigados: Quanto aos dados pessoais, 10% eram menores de 18 anos, 10% estavam entre 18 e 21 anos, 10% entre 27 e 31 anos e 70% tinham entre 22 e 26 anos de idade. Quanto à escolaridade, 50% cursaram o ensino médio completo, 30% o ensino fundamental completo, 10% ensino médio incompleto e 10% ensino superior incompleto. Sobre o estado civil obtivemos, 40% casadas, 40% mantenedora de união estável, 10% solteiras e 10% divorciadas. Nos dados obstétricos, 50% eram primigestas, 40% secundigestas e 10% tercigestas, 70% tiveram parto normal e 30% parto cesária, 100% fizeram pré-natal, com média de 9,6 consultas. Sobre a internação, 80% das mães não tiveram contato pele a pele com seu bebê após o parto e 20% das mães tiveram o contato pele a pele, 100% dos bebês não mamaram na sala de parto. Quanto ao conhecimento das mulheres sobre a maternidade ser HAC, 60% sabiam e 40% desconheciam, 100% não souberam dizer o que é HAC, 80% das puérperas não procuraram o hospital após a alta hospitalar, 20% procuraram, por motivos relativos a dores nos pontos e choro/fome do recém nascido. Para os dados qualitativos utilizamos o método da Análise de Conteúdo, cuja organização dos dados permitiu eleger uma Unidade Temática - o Acesso, que foi sub dividida em outras duas sub unidades: Acesso a Estrutura Física e Acesso a Escuta. Por gerar ruídos, convergentes e divergentes, o Acesso a Escuta foi subdividido em: Escuta Ampliada, Escuta Formatada e Escuta Virtual. Ressaltamos o processo de transformação do modelo de atenção ao AM em movimento, no entanto o apoio à amamentação ainda é incipiente. Na perspectiva da integralidade no AM, a demanda complexa e singular da nutriz precisa ser escutada, valorizada, traduzida e atendida nos serviços de saúde, como fruto do trabalho solidário das equipes de saúde na sua produção de cuidado, o que remete a uma dimensão da integralidade a ser apreendida e incorporada.
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Sob as lentes da integralidade, partimos dos pressupostos que uma prática se constitui em apoio à mulher que amamenta, a partir da identificação da necessidade expressa pela mulher; que práticas normativas, pré-estabelecidas podem não atender às necessidades da mulher na amamentação e que as formulações políticas acerca do aleitamento materno (AM) têm reforçado o paradigma hegemônico. Fizeram parte deste estudo todas as puérperas assistidas exclusivamente por equipes de saúde da família do Distrito Oeste no pré-natal e/ou puerpério e tiveram seus partos em instituições credenciadas como Hospital Amigo da Criança (HAC) do município de Ribeirão Preto. Para este estudo descritivo de abordagem qualitativa utilizamos o questionário e a entrevista semi-estruturada como estratégias de investigação. A partir do questionário obtivemos o seguinte perfil dos sujeitos investigados: Quanto aos dados pessoais, 10% eram menores de 18 anos, 10% estavam entre 18 e 21 anos, 10% entre 27 e 31 anos e 70% tinham entre 22 e 26 anos de idade. Quanto à escolaridade, 50% cursaram o ensino médio completo, 30% o ensino fundamental completo, 10% ensino médio incompleto e 10% ensino superior incompleto. Sobre o estado civil obtivemos, 40% casadas, 40% mantenedora de união estável, 10% solteiras e 10% divorciadas. Nos dados obstétricos, 50% eram primigestas, 40% secundigestas e 10% tercigestas, 70% tiveram parto normal e 30% parto cesária, 100% fizeram pré-natal, com média de 9,6 consultas. Sobre a internação, 80% das mães não tiveram contato pele a pele com seu bebê após o parto e 20% das mães tiveram o contato pele a pele, 100% dos bebês não mamaram na sala de parto. Quanto ao conhecimento das mulheres sobre a maternidade ser HAC, 60% sabiam e 40% desconheciam, 100% não souberam dizer o que é HAC, 80% das puérperas não procuraram o hospital após a alta hospitalar, 20% procuraram, por motivos relativos a dores nos pontos e choro/fome do recém nascido. Para os dados qualitativos utilizamos o método da Análise de Conteúdo, cuja organização dos dados permitiu eleger uma Unidade Temática - o Acesso, que foi sub dividida em outras duas sub unidades: Acesso a Estrutura Física e Acesso a Escuta. Por gerar ruídos, convergentes e divergentes, o Acesso a Escuta foi subdividido em: Escuta Ampliada, Escuta Formatada e Escuta Virtual. Ressaltamos o processo de transformação do modelo de atenção ao AM em movimento, no entanto o apoio à amamentação ainda é incipiente. Na perspectiva da integralidade no AM, a demanda complexa e singular da nutriz precisa ser escutada, valorizada, traduzida e atendida nos serviços de saúde, como fruto do trabalho solidário das equipes de saúde na sua produção de cuidado, o que remete a uma dimensão da integralidade a ser apreendida e incorporada.The aims of the research are to identify, under the perspective of the nursing mother, what is to support breast feeding and the rituals of assisting the suckling in the health services system, especially in child friend hospitals and family health teams, which are not considered supporters. Under the perspective of integrality, it can be presupposed that the task is to aid the breast feeding mother, starting from the necessity expressed by the woman, and normative, pre-established activities may not attend the necessities of the woman on breast feeding and political principals about breast feeding (BF) back up the hegemonic paradigm. The research studied all post parturition women exclusively assisted by family health teams of West District on ante-natal check-up and/or post parturition and gave birth in credentialed institutions such as Child Friend Hospital (CFH) in the municipality of Ribeirão Preto. To this qualitative descriptive research it was used the questionnaire and the semi-structured interview as investigating strategies. From the questionnaire it was found out this profile: About personal data, 10% are younger than 18, 10% are between 18 and 21, 10% are between 27 and 31 and 70% are between 22 and 26 years old. About scholarly, 50% complete high school, 30% complete primary school, 10% have incomplete high school and 10% have incomplete superior education. About marital status, 40% are married, 40% have a stable relationship, 10% are single and 10% are divorced. About obstetric data, 50% are primigravida, 40% were secundigravida and 10% were tertigravida, 70% had normal delivery and 30% did caesarian, 100% did ante-natal check-up, with approximately 9,6 appointments. About admissions, 80% of the mothers did not have skin contact with their babies after birth and 20% of the mothers had skin contact with their babies, 100% of the babies did not suckle their mothers in the delivery room. About the women knowing the maternity hospital to be a CFH, 60% knew it and 40% did not know it, 100% could not tell what CFH means, 80% of the women who gave birth did not go to the hospital after it, 20% went to the hospital because of pain in the caesarian cut and crying/hunger of the baby. To the qualitative data it was used the method of Content Analysis, and the data organization permitted to choose a Thematic Unity - the Access, which was sub divided in two sub units: Physical Structure Access and Hearing Access. Because it can generate convergent and divergent lacks of communication, Hearing Access was subdivided in: Enlargement Hearing, Formatted Hearing and Virtual Hearing. It is important to highlight the process of model change on assisting the BF, however the support on breast feeding is just starting. Under the perspective of integrality in BF, the singular and complex demanding of the nursing mother needs to be heard, to be valued, to be understood and to be seen in the health service system as a result of the health team supportive work, referring to a dimension of integrality that needs to be understand and utilized.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPereira, Maria José BistafaSousa, Leandra Andreia de2006-12-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-07012008-110009/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-07012008-110009Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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