Sistemática e revisão taxonômica dos caranguejos de água doce do gênero Trichodactylus Latreille, 1828 (Decapoda: Trichodactylidae): uma abordagem molecular e morfológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Edvanda Andrade Souza de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-23042018-093000/
Resumo: Os caranguejos de água doce estão alocados em cinco famílias e apenas duas tem ocorrência para o Brasil: Pseudothelphusidae e Trichodactylidae. Trichodactylus , gênero-tipo da família Trichodactylidae e alocado em Trichodactylinae, foi descrito por Latreille, 1828 para acomodar uma única espécie, T. fluviatilis. Baseado na hipótese de que Trichodactylus não é um grupo monofilético foi realizada uma extensiva amostragem morfológica e molecular. A Inferência filogenética com dois genes mitocondriais (16S rRNA e COI) e um nuclear (Histona 3) mostrou claramente que Trichodactylus não é monofilético. Foram encontradas três grandes linhagens em ambas as análises (Inferência Bayesiana e Máxima Verossimilhança), sendo T. quinquedentatus mais proximamente relacionado com espécies de Avotrichodactylus. O tempo de divergência entre essas linhagens foi estimado em 38 a 53 Ma. Nesse estudo, dez novas espécies pertencentes ao complexo Trichodactylus foram descritas. Adicionalmente, uma espécie e um gênero revalidado. Nesse estudo, portanto, a subfamília Trichodactylinae é composta pelos seguintes gêneros: Avotrichodactylus , Mikrotrichodactylus , Rodriguezia e Trichodactylus . Além disso, a designação de neótipo para T. fluviatilis é de fundamental importância, uma vez que, a série tipo foi perdida. O uso em conjunto e comparativo de diferentes ferramentas, tais como a molecular e morfológica, permitiu reconhecer que a biodiversidade de caranguejos de água doce no Brasil ainda está subestimada
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