Comparação dos efeitos da dopamina e noradrenalina no tratamento da hipotensão decorrente de sepse grave/choque séptico em cães por meio da avaliação da microcirculação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-18072014-130952/ |
Resumo: | A sepse é uma síndrome clínica que ocasiona alterações hemodinâmicas promovendo hipoperfusão, disfunção orgânica e hipotensão responsiva ou não à ressuscitação volêmica. Os pacientes hipotensos não responsivos a expansão volêmica usualmente são tratados com medicações vasoativas. O emprego desses fármacos tais como noradrenalina e dopamina, nessa situação tornam-se imprescindíveis, porém não obstante o fato de restaurarem a pressão arterial podem comprometer a microcirculação. Assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar comparativamente os efeitos da dopamina e noradrenalina para o tratamento da hipotensão decorrente de sepse em cães, por meio da imagem espectral obtida através da polarização ortogonal (OPS), correlacionando estes resultados com parâmetros hemodinâmicos metabólicos e convencionais de oxigenação. Para tanto, foram utilizados 14 cadelas em sepse grave decorrente de piometra apresentando no mínimo duas variáveis da resposta inflamatória sistêmica e no mínimo uma variável de disfunção orgânica na avaliação inicial e que foram submetidas a cirurgia de ovariosalpingohisterectomia. A microcirculação foi avaliada por meio da técnica de imagem obtida através da polarização ortogonal (OPS) da mucosa sublingual durante a cirurgia, e os animais cuja pressão arterial média (PAM) não atingisse valores superiores a 65 mmHg após administração de 15ml/kg em 15 minutos de solução de Ringer com lactato, foram randomizados em dois grupos distintos (Dopamina ou Noradrenalina) de acordo com o fármaco vasoativo a ser empregado para restabelecer a PAM para valores acima de 65 mmHg. Os agentes foram administrados em infusão contínua em dose crescente até a PAM alvo. Parâmetros hemodinâmicos, de ventilação e oxigenação bem como o índice de fluxo microvascular, densidade capilar e o escore DE BACKER, foram obtidos em diferentes tempos de avaliação. Não houve diferença estatística entre os grupos estudados nos parâmetros cardiovasculares, hemodinâmicos, ventilatórios, de oxigenação e da microcirculação encontrados com o OPS. Entretanto, no grupo Dopamina verificou-se incremento significativo dos parâmetros de densidade e fluxo capilar quando a PAM alvo foi alcançada. Por outro lado, todos os animais tratados com a noradrenalina alcançaram a PAM alvo sem outra intervenção terapêutica, enquanto que, dois animais do grupo Dopamina necessitaram de resgate de noradrenalina para o restabelecimento da PAM. Ademais a noradrenalina restabeleceu a pressão arterial mais rapidamente e com maior eficácia que a dopamina. Deste modo, conclui-se que tanto a dopamina quanto a noradrenalina quando empregadas para o tratamento de hipotensão decorrente da sepse grave/choque séptico, não prejudicam a microcirculação. |
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Comparação dos efeitos da dopamina e noradrenalina no tratamento da hipotensão decorrente de sepse grave/choque séptico em cães por meio da avaliação da microcirculaçãoComparison of the effects of dopamine and norepinephrine in the treatment of hypotension in severe sepsis/septic shock in dogs by means of microcirculation evaluationHipoperfusãoHypoperfusionMicrocirculaçãoMicrocirculationOPSSepse graveSever sepsisVasoactiveVasoativoA sepse é uma síndrome clínica que ocasiona alterações hemodinâmicas promovendo hipoperfusão, disfunção orgânica e hipotensão responsiva ou não à ressuscitação volêmica. Os pacientes hipotensos não responsivos a expansão volêmica usualmente são tratados com medicações vasoativas. O emprego desses fármacos tais como noradrenalina e dopamina, nessa situação tornam-se imprescindíveis, porém não obstante o fato de restaurarem a pressão arterial podem comprometer a microcirculação. Assim, o presente estudo teve por objetivo avaliar comparativamente os efeitos da dopamina e noradrenalina para o tratamento da hipotensão decorrente de sepse em cães, por meio da imagem espectral obtida através da polarização ortogonal (OPS), correlacionando estes resultados com parâmetros hemodinâmicos metabólicos e convencionais de oxigenação. Para tanto, foram utilizados 14 cadelas em sepse grave decorrente de piometra apresentando no mínimo duas variáveis da resposta inflamatória sistêmica e no mínimo uma variável de disfunção orgânica na avaliação inicial e que foram submetidas a cirurgia de ovariosalpingohisterectomia. A microcirculação foi avaliada por meio da técnica de imagem obtida através da polarização ortogonal (OPS) da mucosa sublingual durante a cirurgia, e os animais cuja pressão arterial média (PAM) não atingisse valores superiores a 65 mmHg após administração de 15ml/kg em 15 minutos de solução de Ringer com lactato, foram randomizados em dois grupos distintos (Dopamina ou Noradrenalina) de acordo com o fármaco vasoativo a ser empregado para restabelecer a PAM para valores acima de 65 mmHg. Os agentes foram administrados em infusão contínua em dose crescente até a PAM alvo. Parâmetros hemodinâmicos, de ventilação e oxigenação bem como o índice de fluxo microvascular, densidade capilar e o escore DE BACKER, foram obtidos em diferentes tempos de avaliação. Não houve diferença estatística entre os grupos estudados nos parâmetros cardiovasculares, hemodinâmicos, ventilatórios, de oxigenação e da microcirculação encontrados com o OPS. Entretanto, no grupo Dopamina verificou-se incremento significativo dos parâmetros de densidade e fluxo capilar quando a PAM alvo foi alcançada. Por outro lado, todos os animais tratados com a noradrenalina alcançaram a PAM alvo sem outra intervenção terapêutica, enquanto que, dois animais do grupo Dopamina necessitaram de resgate de noradrenalina para o restabelecimento da PAM. Ademais a noradrenalina restabeleceu a pressão arterial mais rapidamente e com maior eficácia que a dopamina. Deste modo, conclui-se que tanto a dopamina quanto a noradrenalina quando empregadas para o tratamento de hipotensão decorrente da sepse grave/choque séptico, não prejudicam a microcirculação.Sepsis is a clinical syndrome which promotes hemodinamics changes, resulting in hypoperfusion, organ dysfunction and hypotension, those being responsive or not to volemic resuscitation. Non-responsive patients must be treated with vasoactive drugs, such as dopamine and norepinephrine, in order to rescue the arterial pressure. However, the use of those drugs may also compromise the microvascular perfusion. The aim of this study was to evaluate the effects of dopamine and norepinephrine for the treatment of hypotension in septics dogs, using orthogonal polarization spectral imaging (OPS), correlating with metabolic, hemodynamic and oxygenation parameters. Fourteen animals with severe sepsis secondary to pyometra were included in the study. To assess the microcirculation perfusion we utilized the OPS technique in the sublingual mucosa during the surgery. The animals whose mean arterial pressure (MAP) were less than 65 mmHg after the fluid challenge Ringer lactate solution (15ml/kg in 15 minutes) were randomly allocated in two groups, according to the vasoactive drugs to be used (dopamine or norepinephrine). Those medications were administered through the infusion pump aiming to rescue the MAP to values greater than 65mmHg. Hemodynamic, ventilator and oxygenation parameters as well as the microvascular flow, capillary density and the DE BACKER score were obtained in different time points. No statistical difference between the groups regarding the following parameters was observed: cardiovascular, hemodynamic, ventilatory and microcirculation. In Dopamine group, there was a significant increase of capillary density and flow when the MAP goal was achieved. In the Norepinephrine group all animal reached the MAP goal without need of another intervention, while in the dopamine group two animals needed rescue medication with norepinephrine aiming to achieve the MAP goal. Norepinephrine recovered the pressure faster and more effectively when compared to dopamine. Finally, the use of dopamine and norepinephrine in hypotension treatment in severe sepsis/ septic shock do not impair the microcirculation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFantoni, Denise TabacchiRossetto, Thaís Colombo2014-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-18072014-130952/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:54Zoai:teses.usp.br:tde-18072014-130952Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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