À procura da revolução brasileira: itinerários do Movimento pela Emancipação do Proletariado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Vinicius Moraes da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-04092019-151657/
Resumo: Este presente trabalho tem o objetivo de reconstruir a história do Movimento pela Emancipação do Proletariado (MEP), organização política que compôs o segundo momento da chamada Nova Esquerda, em meados dos anos 1970. Fazendo parte do tronco que tem em sua raiz a POLOP (Política Operária), o MEP compartilhava da visão que defendia o caráter socialista da revolução brasileira, uma vez que o Brasil possuía uma economia plenamente capitalista, embora atrasada e dependente dos centros metropolitanos da economia-mundo. Do ponto de vista teórico, o MEP seguia as formulações da Teoria da Dependência e as contribuições de autores como Caio Prado Júnior, Moniz Bandeira, Florestan Fernandes e Chico de Oliveira, dentre outros, para encontrar uma teoria da Revolução Brasileira. A partir dessas referências, a organização desenvolveu atuação clandestina contra a ditadura militar. Organizava-se com moldes no marxismo-leninismo e enxergava na classe operária o principal sujeito da revolução. Por fazer oposição ao regime, a organização foi vítima da máquina repressiva, sofrendo com prisões e tortura. O MEP desenvolveu atuação militante entre estudantes, professores, no meio operário e em bairros da periferia de grandes cidades e editou o jornal Companheiro. Além disso, atuou desde o início na fundação do Partido dos Trabalhadores. Em 1985, ao lado da Ala Vermelha do PCdoB e da Organização Comunista Democracia Proletária (OCDP), fundou o Movimento Comunista Revolucionário (MCR).
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