Estabilidade de Beauveria bassiana (BALS.) Vuillemin (Hyphomycetes) no solo e sua patogenicidade ao Chalcodermus aeneus Boheman (Coleoptera: Curculionidae), praga do caupi
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1986 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-100310/ |
Resumo: | Os objetivos do trabalho foram: determinar os efeitos da temperatura, saturação de água e microrganismos na estabilidade de Beauveria bassiana (Bals.) VUILLEMIN no solo, em condições de laboratório; avaliar a persistência deste fungo em condições de campo, quando aplicado na superfície do solo com e sem plantas de caupi ou misturado no solo desnudo, assim como, verificar a patogenicidade de 5 isolados de B. bassiana a larvas e adultos de Chalcodermus aeneus, Boheman, em laboratório. Os resultados mostraram que a sobrevivência dos conídios de B. bassiana em solo autoclavado e não autoclavado diminuiu conforme aumentou a temperatura e percentagem da saturação de água. O número de colônias produzido pelo fungo em solo autoclavado e não autoclavado aumentou com o tempo nas temperaturas de 17 ± - 1°C e 24 ± 1°C a 25% da saturação de água, indicando desenvolvimento saprofítico de B. bassiana no solo. O número de colônias de B. bassiana em solo autoclavado a 24 ± 1°C e 25% da saturação de agua foi inferior ao do solo não autoclavado, quando decorridos 38 dias da inoculação. O número de colônias de fungos e actinomicetos foi maior em solo autoclavado quando comparado ao solo não autoclavado. O número de colônias de bactérias e actinomicetos foi menor em solo inoculado com B. bassiana quando comparado ao solo não inoculado, indicando que este fungo tem efeito adverso sobre esses microrganismos. O solo com planta de caupi constitui ambiente mais favorável à manutenção de conídios de B. bassiana quando comparado ao solo sem cobertura, sendo importante a adoção de práticas culturais que propiciem maior cobertura do solo. O modo de aplicação de B. bassiana no solo, não afetou sua sobrevivência em condições de campo, sendo a temperatura do solo um dos principais fatores que afetou a permanência desse fungo em condições de campo. O número de colônias de microrganismos em solo com e sem plantas de caupi não foi significativamente diferente para bactérias, fungos e actinomicetos. Para os testes de patogenicidade, os isolados CP1, CP5 e CP7 de B. bassiana foram mais patogênicos larvas de C. aeneus, enquanto que o isolado RS 285 foi para mais eficiente no controle dos adultos, Entretanto, os isolados testados em larvas mostraram-se menos patogênicos aos adultos. |
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Estabilidade de Beauveria bassiana (BALS.) Vuillemin (Hyphomycetes) no solo e sua patogenicidade ao Chalcodermus aeneus Boheman (Coleoptera: Curculionidae), praga do caupiStability in soil of Beauveria bassiana (BALS,) Vuillemin (Hyphomycetes) and its pathogenicity to Chalcodermus aeneus Boheman (Coleoptera: Curculionidae), a pest of cowpeaCAUPIFUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOSINSETOS NOCIVOSMANHOSOPATOGENICIDADESOLOSOs objetivos do trabalho foram: determinar os efeitos da temperatura, saturação de água e microrganismos na estabilidade de Beauveria bassiana (Bals.) VUILLEMIN no solo, em condições de laboratório; avaliar a persistência deste fungo em condições de campo, quando aplicado na superfície do solo com e sem plantas de caupi ou misturado no solo desnudo, assim como, verificar a patogenicidade de 5 isolados de B. bassiana a larvas e adultos de Chalcodermus aeneus, Boheman, em laboratório. Os resultados mostraram que a sobrevivência dos conídios de B. bassiana em solo autoclavado e não autoclavado diminuiu conforme aumentou a temperatura e percentagem da saturação de água. O número de colônias produzido pelo fungo em solo autoclavado e não autoclavado aumentou com o tempo nas temperaturas de 17 ± - 1°C e 24 ± 1°C a 25% da saturação de água, indicando desenvolvimento saprofítico de B. bassiana no solo. O número de colônias de B. bassiana em solo autoclavado a 24 ± 1°C e 25% da saturação de agua foi inferior ao do solo não autoclavado, quando decorridos 38 dias da inoculação. O número de colônias de fungos e actinomicetos foi maior em solo autoclavado quando comparado ao solo não autoclavado. O número de colônias de bactérias e actinomicetos foi menor em solo inoculado com B. bassiana quando comparado ao solo não inoculado, indicando que este fungo tem efeito adverso sobre esses microrganismos. O solo com planta de caupi constitui ambiente mais favorável à manutenção de conídios de B. bassiana quando comparado ao solo sem cobertura, sendo importante a adoção de práticas culturais que propiciem maior cobertura do solo. O modo de aplicação de B. bassiana no solo, não afetou sua sobrevivência em condições de campo, sendo a temperatura do solo um dos principais fatores que afetou a permanência desse fungo em condições de campo. O número de colônias de microrganismos em solo com e sem plantas de caupi não foi significativamente diferente para bactérias, fungos e actinomicetos. Para os testes de patogenicidade, os isolados CP1, CP5 e CP7 de B. bassiana foram mais patogênicos larvas de C. aeneus, enquanto que o isolado RS 285 foi para mais eficiente no controle dos adultos, Entretanto, os isolados testados em larvas mostraram-se menos patogênicos aos adultos.The objectives of this study were to determine the effects of temperature, water saturations and microbes on the stability of Beauvenia bassiana (Bals.) VUILLEMIN in soil under laboratory conditions; to evaluate its persistence under field conditions when applied to the soil surface, with and without cowpea plant cover, or mixed into bare soil; and to compare the pathogenicity of 5 B. bassiana isolates to larval and adult Chalcodermus aeneus, Boheman, in the laboratory. The results show that survival of B. bassiana conidia in both autoclaved and unautoclaved soil is lowest at high temperature and wetness. The number of colonies produced by the fungus from both soil preparations increased over time at temperatures of 17 and 24°C and 25% saturation, indicating saprophytic growth in the soil. At 24°C and 25% saturation, the number of colony forming units was lower in autoclaved soil than in unaltered soil 38 days after inoculation. The number of fungus and actinomycetes colonies produced was greater in autoclaved than in unautoclaved soil. Soil inoculated with B. bassiana produced less colonies of bacteria and actinomycetes than uninoculated soil, indicating an inhibition of these organisms by the fungus. Soil under cowpea plants was more conducive to conidia survival than bare soil, indicating the importance of cultural practices that maximize soil cover. The soil application method did not influence the survival of C. bassiana spores in the field, temperature being the most important factor. The number of bacteria, fungi and actinomycetes in the soil did not differ between plots, with and without cowpea plants. In pathogenicity assays, isolates CP1, CP5 and CP7 were the most efficacious for larval C. aeneus while RS 285 was most pathogenic to adults. Pathogenicity to larvae was greater than that to adults for all isolates tested.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlves, Sergio BatistaQuintela, Eliane Dias1986-10-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-100310/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T14:21:04Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-100310Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T14:21:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Os objetivos do trabalho foram: determinar os efeitos da temperatura, saturação de água e microrganismos na estabilidade de Beauveria bassiana (Bals.) VUILLEMIN no solo, em condições de laboratório; avaliar a persistência deste fungo em condições de campo, quando aplicado na superfície do solo com e sem plantas de caupi ou misturado no solo desnudo, assim como, verificar a patogenicidade de 5 isolados de B. bassiana a larvas e adultos de Chalcodermus aeneus, Boheman, em laboratório. Os resultados mostraram que a sobrevivência dos conídios de B. bassiana em solo autoclavado e não autoclavado diminuiu conforme aumentou a temperatura e percentagem da saturação de água. O número de colônias produzido pelo fungo em solo autoclavado e não autoclavado aumentou com o tempo nas temperaturas de 17 ± - 1°C e 24 ± 1°C a 25% da saturação de água, indicando desenvolvimento saprofítico de B. bassiana no solo. O número de colônias de B. bassiana em solo autoclavado a 24 ± 1°C e 25% da saturação de agua foi inferior ao do solo não autoclavado, quando decorridos 38 dias da inoculação. O número de colônias de fungos e actinomicetos foi maior em solo autoclavado quando comparado ao solo não autoclavado. O número de colônias de bactérias e actinomicetos foi menor em solo inoculado com B. bassiana quando comparado ao solo não inoculado, indicando que este fungo tem efeito adverso sobre esses microrganismos. O solo com planta de caupi constitui ambiente mais favorável à manutenção de conídios de B. bassiana quando comparado ao solo sem cobertura, sendo importante a adoção de práticas culturais que propiciem maior cobertura do solo. O modo de aplicação de B. bassiana no solo, não afetou sua sobrevivência em condições de campo, sendo a temperatura do solo um dos principais fatores que afetou a permanência desse fungo em condições de campo. O número de colônias de microrganismos em solo com e sem plantas de caupi não foi significativamente diferente para bactérias, fungos e actinomicetos. Para os testes de patogenicidade, os isolados CP1, CP5 e CP7 de B. bassiana foram mais patogênicos larvas de C. aeneus, enquanto que o isolado RS 285 foi para mais eficiente no controle dos adultos, Entretanto, os isolados testados em larvas mostraram-se menos patogênicos aos adultos. |
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