Poliqueixoso: metáfora ou realidade?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chammé, Sebastião Jorge
Data de Publicação: 1992
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-10012018-162248/
Resumo: Trata o presente trabalho de um estudo sociológico que tem por objeto a Saúde Pública abordada através de um de seus principais pontos de estrangulamento: o poliqueixoso. São levadas em consideração as condições de saúde/doenca desses doentes na situação de atores sociais culturalmente envolvidos pelas regras determinadas tanto pelas Políticas de saúde, quanto pela rotinização dos seus hábitos. A compreensão ampla desse processo visa evitar o reducionismo dos fatos, buscando compreender a relação existente entre os sujeitos adoecidos e a realidade sócio-histórica que os cerca, configurando seu cotidiano, imiginário e sistema de representação sociais. Na condição de usuários dos Serviços de saúde, os poliqueixosos aqui referidos são identificados a partir da especlalidade Cardiologla, ocasião em que apontam sintomas não clinicamente diagnosticados ou organicamente confirmados, o que, no entanto, não os afasta do continuado processo de busca pela saúde. Na medida em que rotinizam suas ações em nome do alcance de tratamentos eficazes e de cura, ritualizam seus corpos e as doenças que neles se instalam, edificando imaginários e identidades, enquanto constroem \"metáforas\" típicas ao seu estado adoecido, numa narrativa também adoecida, tomadas neste trabalho como fundamento do discurso sobre saúdc, doença, tratamento, cura, articuladas segundo as regras da contradição, da desesperança e da alienação. O poliqueixoso ora apontado como objeto de análise sociológica, à medida em que articula em metáforas uma riqueza linguisticamente enunciada, denuncia suas condições miseráveis enquanto espécie humana.
id USP_105fcd1b6948d11191a492d5aabb3b42
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-10012018-162248
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Poliqueixoso: metáfora ou realidade?\"Poliqueixoso\": metaphor or reality?Análise SociológicaPoliqueixosoSick PeopleSociological AnalysisTrata o presente trabalho de um estudo sociológico que tem por objeto a Saúde Pública abordada através de um de seus principais pontos de estrangulamento: o poliqueixoso. São levadas em consideração as condições de saúde/doenca desses doentes na situação de atores sociais culturalmente envolvidos pelas regras determinadas tanto pelas Políticas de saúde, quanto pela rotinização dos seus hábitos. A compreensão ampla desse processo visa evitar o reducionismo dos fatos, buscando compreender a relação existente entre os sujeitos adoecidos e a realidade sócio-histórica que os cerca, configurando seu cotidiano, imiginário e sistema de representação sociais. Na condição de usuários dos Serviços de saúde, os poliqueixosos aqui referidos são identificados a partir da especlalidade Cardiologla, ocasião em que apontam sintomas não clinicamente diagnosticados ou organicamente confirmados, o que, no entanto, não os afasta do continuado processo de busca pela saúde. Na medida em que rotinizam suas ações em nome do alcance de tratamentos eficazes e de cura, ritualizam seus corpos e as doenças que neles se instalam, edificando imaginários e identidades, enquanto constroem \"metáforas\" típicas ao seu estado adoecido, numa narrativa também adoecida, tomadas neste trabalho como fundamento do discurso sobre saúdc, doença, tratamento, cura, articuladas segundo as regras da contradição, da desesperança e da alienação. O poliqueixoso ora apontado como objeto de análise sociológica, à medida em que articula em metáforas uma riqueza linguisticamente enunciada, denuncia suas condições miseráveis enquanto espécie humana.This paperwork comprises a sociological study that has its object the Public Health brought up through one of its main blocking point: the \"poliqueixoso\". It has been taken into considerations the health-sick conditions of all sick people, as if they were social actors culturally involved by the sanitary rules imposed, not only by the health policy, but also by their daily routine habits. The ample comprehension of this process aims to avoid the minimization of the facts, seeking to understand the existing relation between sickened people (or individuais) and the social and historical sorrounding reality, confiauring their everyday and imaginary life and all systems of social presentations. As users of all healthy services the \"poliqueixoso\" here described are identified, beginning from heart specialists, when and where they point out the symptoms not clinically contihuous process of seeking for health. As they routinize their actions as an effort to reach efficient treatment and cure, they ritualize their bodies and sickness, building up imaginary facts and entities, while they create typical metaphors of their sickened state, in a sickened narrative too, taken in this paperwork, as the foundation of a speech about health, sickness, treatment and cure based on the rules of contradiction, hopeless and alienation. The \"poliqueixoso\" here pointed out as an object of socilogical analyses, as he enunciates himself in metaphors a richness linguistically uttered, he reveals his miserable conditions as a human being.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPUnglert, Carmen Vieira de SousaChammé, Sebastião Jorge1992-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-10012018-162248/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-10012018-162248Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
\"Poliqueixoso\": metaphor or reality?
title Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
spellingShingle Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
Chammé, Sebastião Jorge
Análise Sociológica
Poliqueixoso
Sick People
Sociological Analysis
title_short Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
title_full Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
title_fullStr Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
title_full_unstemmed Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
title_sort Poliqueixoso: metáfora ou realidade?
author Chammé, Sebastião Jorge
author_facet Chammé, Sebastião Jorge
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Unglert, Carmen Vieira de Sousa
dc.contributor.author.fl_str_mv Chammé, Sebastião Jorge
dc.subject.por.fl_str_mv Análise Sociológica
Poliqueixoso
Sick People
Sociological Analysis
topic Análise Sociológica
Poliqueixoso
Sick People
Sociological Analysis
description Trata o presente trabalho de um estudo sociológico que tem por objeto a Saúde Pública abordada através de um de seus principais pontos de estrangulamento: o poliqueixoso. São levadas em consideração as condições de saúde/doenca desses doentes na situação de atores sociais culturalmente envolvidos pelas regras determinadas tanto pelas Políticas de saúde, quanto pela rotinização dos seus hábitos. A compreensão ampla desse processo visa evitar o reducionismo dos fatos, buscando compreender a relação existente entre os sujeitos adoecidos e a realidade sócio-histórica que os cerca, configurando seu cotidiano, imiginário e sistema de representação sociais. Na condição de usuários dos Serviços de saúde, os poliqueixosos aqui referidos são identificados a partir da especlalidade Cardiologla, ocasião em que apontam sintomas não clinicamente diagnosticados ou organicamente confirmados, o que, no entanto, não os afasta do continuado processo de busca pela saúde. Na medida em que rotinizam suas ações em nome do alcance de tratamentos eficazes e de cura, ritualizam seus corpos e as doenças que neles se instalam, edificando imaginários e identidades, enquanto constroem \"metáforas\" típicas ao seu estado adoecido, numa narrativa também adoecida, tomadas neste trabalho como fundamento do discurso sobre saúdc, doença, tratamento, cura, articuladas segundo as regras da contradição, da desesperança e da alienação. O poliqueixoso ora apontado como objeto de análise sociológica, à medida em que articula em metáforas uma riqueza linguisticamente enunciada, denuncia suas condições miseráveis enquanto espécie humana.
publishDate 1992
dc.date.none.fl_str_mv 1992-06-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-10012018-162248/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-10012018-162248/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090567353663488