Diminuição da massa muscular e os eventos adversos da quimioterapia em mulheres com câncer de ovário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-19072024-083308/ |
Resumo: | O câncer de ovário representa um dos tipos mais letais entre os cânceres ginecológicos, uma vez que seus sintomas são silenciosos, seu diagnóstico é, muitas vezes, tardio, o que faz com que a doença seja diagnosticada em um estágio mais avançado e até mesmo com disseminação do câncer em outras estruturas. Observa-se que, em vários tipos de câncer, a depleção da massa muscular esquelética (sarcopenia) está associada com diminuição da sobrevida e aumento do risco de complicações após cirurgias e tratamentos sistêmicos, entretanto há lacunas quanto a correlação de composição corporal e câncer de ovário. Objetivo: identificar se existe associação entre a diminuição da massa muscular e os eventos adversos ocasionados pelo tratamento de mulheres com câncer de ovário submetidas à quimioterapia. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de mulheres com câncer de ovário, com idade acima de 18 anos, em tratamento quimioterápico entre os anos de 2014 e 2019. Os dados coletados foram: sociodemográficos; dados do câncer de ovário; sobre o tratamento quimioterápico, de desempenho (escala de Karnofsky), índice de massa corporal, porcentagem de massa muscular por meio de tomografia computadorizada e os eventos adversos, coletados dos prontuários. Os dados coletados na ficha previamente definida e padronizada foram registrados Microsoft Excel®. A amostra foi caracterizada através de tabelas de frequências para as variáveis categóricas e medidas de tendência central e de dispersão para as quantitativas. A fim de relacionar % massa muscular com os eventos adversos utilizou-se os Testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher; adotando o nível de significância de 5% (0,05). Resultados: Foram incluídas 111 mulheres, na faixa etária de 21 a 88 anos (média de 58 ± 14 anos), 71,2% eram caucasianas, 46,8% eram casadas, 73% eram procedentes de outras cidades, além de Ribeirão Preto. Os tratamentos mais frequentes (92,8%) foram a cirurgia citorredutora seguida de quimioterapia. Em relação ao tratamento quimioterápico, 42,3% mudaram o esquema, 27% tiveram a dose ajustada e 40,5% precisaram suspender os tratamentos, sendo o motivo mais frequente (18%) a neutropenia febril. Os eventos adversos mais frequentes foram náuseas e vômito, seguido de fadiga muscular. De acordo com o índice de massa corporal, a composição corporal antes da quimioterapia, de 55,9% das participantes era eutrofico, e a massa magra de 72,1% estavam na faixa de 21 a 30% de massa muscular. Observou-se resultados estatisticamente significante a fadiga muscular e a composição corporal após o primeiro ciclo de quimioterapia. Conclusão: Não se observou relação entre a diminuição da massa muscular com os eventos adversos ocasionados pelo tratamento quimioterápico. |
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Diminuição da massa muscular e os eventos adversos da quimioterapia em mulheres com câncer de ovárioDecreased muscle mass and adverse events from chemotherapy in women with ovarian cancerBody compositionCâncer de ovárioChemotherapyComposição corporalOvary cancerQuimioterapiaToxicidadeToxicityO câncer de ovário representa um dos tipos mais letais entre os cânceres ginecológicos, uma vez que seus sintomas são silenciosos, seu diagnóstico é, muitas vezes, tardio, o que faz com que a doença seja diagnosticada em um estágio mais avançado e até mesmo com disseminação do câncer em outras estruturas. Observa-se que, em vários tipos de câncer, a depleção da massa muscular esquelética (sarcopenia) está associada com diminuição da sobrevida e aumento do risco de complicações após cirurgias e tratamentos sistêmicos, entretanto há lacunas quanto a correlação de composição corporal e câncer de ovário. Objetivo: identificar se existe associação entre a diminuição da massa muscular e os eventos adversos ocasionados pelo tratamento de mulheres com câncer de ovário submetidas à quimioterapia. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de mulheres com câncer de ovário, com idade acima de 18 anos, em tratamento quimioterápico entre os anos de 2014 e 2019. Os dados coletados foram: sociodemográficos; dados do câncer de ovário; sobre o tratamento quimioterápico, de desempenho (escala de Karnofsky), índice de massa corporal, porcentagem de massa muscular por meio de tomografia computadorizada e os eventos adversos, coletados dos prontuários. Os dados coletados na ficha previamente definida e padronizada foram registrados Microsoft Excel®. A amostra foi caracterizada através de tabelas de frequências para as variáveis categóricas e medidas de tendência central e de dispersão para as quantitativas. A fim de relacionar % massa muscular com os eventos adversos utilizou-se os Testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher; adotando o nível de significância de 5% (0,05). Resultados: Foram incluídas 111 mulheres, na faixa etária de 21 a 88 anos (média de 58 ± 14 anos), 71,2% eram caucasianas, 46,8% eram casadas, 73% eram procedentes de outras cidades, além de Ribeirão Preto. Os tratamentos mais frequentes (92,8%) foram a cirurgia citorredutora seguida de quimioterapia. Em relação ao tratamento quimioterápico, 42,3% mudaram o esquema, 27% tiveram a dose ajustada e 40,5% precisaram suspender os tratamentos, sendo o motivo mais frequente (18%) a neutropenia febril. Os eventos adversos mais frequentes foram náuseas e vômito, seguido de fadiga muscular. De acordo com o índice de massa corporal, a composição corporal antes da quimioterapia, de 55,9% das participantes era eutrofico, e a massa magra de 72,1% estavam na faixa de 21 a 30% de massa muscular. Observou-se resultados estatisticamente significante a fadiga muscular e a composição corporal após o primeiro ciclo de quimioterapia. Conclusão: Não se observou relação entre a diminuição da massa muscular com os eventos adversos ocasionados pelo tratamento quimioterápico.Ovarian cancer represents one of the most lethal types among gynecological cancers, since its symptoms are silent, its diagnosis is often late, which means that the disease is diagnosed at a more advanced stage and even with spread of cancer to other structures. It is observed that, in several types of cancer, depletion of skeletal muscle mass (sarcopenia) is associated with decreased survival and increased risk of complications after surgery and systemic treatments, however there are gaps regarding the correlation between body composition and breast cancer. ovary. Objective: to identify whether there is an association between decreased muscle mass and adverse events caused by the treatment of women with ovarian cancer undergoing chemotherapy. Materials and Methods: Retrospective cohort study of women with ovarian cancer, aged over 18 years, undergoing chemotherapy treatment between 2014 and 2019. The data collected were: sociodemographic; ovarian cancer data; on chemotherapy treatment, performance (Karnofsky scale), body mass index, percentage of muscle mass using computed tomography and adverse events, collected from medical records. The data collected in the previously defined and standardized form were recorded in Microsoft Excel®. The sample was characterized using frequency tables for categorical variables and measures of central tendency and dispersion for quantitative variables. In order to relate % muscle mass with adverse events, the Chi-square or Fisher\'s Exact Test was used; adopting a significance level of 5% (0.05). Results: 111 women were included, aged 21 to 88 years (average of 58 ± 14 years), 71.2% were Caucasian, 46.8% were married, 73% were from other cities, in addition to Ribeirão Preto. The most frequent treatments (92.8%) were cytoreductive surgery followed by chemotherapy. Regarding chemotherapy treatment, 42.3% changed the regimen, 27% had the dose adjusted and 40.5% needed to suspend treatments, the most frequent reason (18%) being febrile neutropenia. The most frequent adverse events were nausea and vomiting, followed by muscle fatigue. According to the body mass index, the body composition before chemotherapy of 55.9% of the participants was eutrophic, and the lean mass of 72.1% was in the range of 21 to 30% of muscle mass. Statistically significant results were observed in muscle fatigue and body composition after the first cycle of chemotherapy. Conclusion: There was no relationship between the decrease in muscle mass and adverse events caused by chemotherapy treatment.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGozzo, Thais de OliveiraSantos, Laleska Andres Costa2024-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-19072024-083308/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-19T18:17:02Zoai:teses.usp.br:tde-19072024-083308Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-19T18:17:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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