Diversidade e endemismos na mata Atlântica de planárias terrestres (Platyhelminthes, Tricladida)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barcia, Domingo Lago
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-04052022-191513/
Resumo: Na presente tesis de doutorado analizamos a taxonomia, filogenia e áreas de endemismo (AoE) de planárias terrestres (Platyhelminthes, Tricladida, Geoplaninae) que habitam o Sul da Mata Atlântica, desde o Estado de Espírito Santo, até o Estado de Rio Grande do Sul, chegando até a Argentina em direção Oeste. Describimos seis espécies novas pertencentes aos gêneros Cratera e Choeradoplana, e revisamos outras seis espécies mais pertencentes aos gêneros Cratera, Choeradoplana, Geoplana e Pseudogeoplana. Também emendamos a diagnose de dois gêneros (Cratera e Choeradoplana). Analisamos as relações evolutivas dos membros da subfamilia usando seis marcadores moleculares combinados com dados morfológicos em uma análise de Total Evidence. Esta nova abordagem gerou uma filogenia melhor resolvida dos Geoplaninae, apesar de se encontrar longe de estar completamente resolvida. Mesmo assim, alguns clados supragenericos podem ser diagnosticados por sinapomorfias morfológicas. Comfirmamos que alguns caracteres morfológicos tradicionalmente usados nas diagnoses de gêneros são simplesiomorficos ou sofreram de homoplasia através dos Geoplaninae. Também identificamos várias AoE analizando a distribuição de 371 espécies descritas e não descritas. As planárias terrestres são um táxon especioso. A maioria das espécies apresenta distribuições geográficas pequenas devido a sua baixa vagilidade. Em troca, apresentam altos níveis de endemicidade na área de estudo. Um total de 18 AoE foram identificadas. Devido a alta sensibilidade às modificações ambientais destes animais, são um importante táxon para analisar o estado de conservação das florestas e sua estabilidade no tempo. Os nossos resultados contribuem para um melhor entendimento da riqueza morfológica e taxonômica das planárias terrestres, as relações evolutivas entre os representantes do grupo e para identificar as suas distribuições endêmicas.
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