Estudo dos pigmentos flavonóides e sua contribuição à filogenia do gênero Coffea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1972 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144048/ |
Resumo: | 7.1. O presente trabalho teve o objetivo de analisar algumas espécies do gênero Coffea, do ponto de vista da bioquímica sistemática, com a finalidade de testar sua utilidade nesse grupo de plantas e procurar conseguir novos informes sobre as afinidades existentes entre essas espécies. 7.2. Foram analisadas as plantas da coleção de Campinas, por incluírem o maior número de cultivares e espécies diferentes e para uniformidade de condições ambientais. 7.3. Foram estudadas dez espécies do gênero Coffea, além de alguns cultivares de três dessas espécies, sendo catorze de C. arabica, quatro de C. canephora e três de C. dewevrei. 7.4. O estudo de cultivares teve por finalidade identificar variações interespecíficas, possibilitando melhor conhecimento dos limites de variações nos componentes analisados. 7.5. As análises bioquímicas foram realizadas pelo emprego da cromatografia de papel bidimensional ascendente. 7.6. Detectaram-se 75 manchas diferentes entre as espécies, 47 entre os cultivares de C. arabica, 31 entre os cultivares de C. canephora e 36 entre os cultivares de C. dewevrei, num total de 81 manchas diferentes. 7.7. Poucas manchas foram comuns a todas as espécies, porém muitas foram comuns a todos os cultivares de uma mesma espécie. 7.8. Para facilitar as comparações e objetivar melhor os resultados, foram calculados valores de P.A. para espécies e cultivares e construídos gráficos poligonais para espécies e para os cultivares de C. arabica. 7.9. A análise dos cultivares de C. arabica demonstrou a grande variabilidade de formas existentes nessa espécie, apresentando larga faixa de variação em seus graus de afinidade. 7.10. Os poucos cultivares estudados de C canephora e de C. dewevrei são bastante uniformes. 7.11. A determinação das afinidades entre as espécies, edificadas pela análise cromatográfica, de modo geral, não confirmou os agrupamentos em subseções feitos por Chevalier em sua classificação sistemática de 1947. 7.12. As altas afinidades entre espécies de subseções diferentes mostraram que cores e características dos frutos, além da distribuição geográfica, itens usados por Chevalier para separação em subseções, não são os mais indicados ou suficientes. 7.13. A comparação entre os resultados das análises cromatográficas e os resultados das hibridações interespecíficas revela que certa discrepância é encontrada. Os resultados contraditórios dizem respeito principalmente afinidade de C. eugenioides com as demais espécies, maior pelos dados das hibridações interespecíficas e também quanto às relações entre C. arabica e as espécies C. dewevrei e C. liberica, onde os resultados das análises de flavonóides indicaram mais alta afinidade. Nos demais casos houve, em geral, concordância entre os resultados das hibridações e das análises de flavonóides. 7.14. As observações do pareamento cromossômico em determinados híbridos interespecíficos deram algumas informações concordes com os dados da análise de flavonóides. 7.15. Os resultados obtidos, referentes à afinidade de C. stenophylla com as demais espécies, não permitem decidir se deve ou não ser transferida da subseção Melano-coffea para a subseção Pachycoffea. 7.16. A espécie C. arabica apresenta maior afinidade por C. liberica e depois por C. canephora. 7.17 Verificou-se existir alta afinidade entre C. liberica e C. dewevrei, confirmando as observações realizadas do ponto de vista genético e citogenético. 7.18. A boa afinidade de C. kapakata pelas demais espécies parece indicar que esta espécie está bem colocada dentro do gênero Coffea, justificando a proposta para considerá-la Coffea kapakata e não Psilanthopsis kapakata. 7.19. As espécies melhor relacionadas a todas as demais são C. liberica e C. dewevrei. 7.20. Os dados mostraram claramente que C. salvatrix tem muito pouca afinidade pelas demais espécies estudadas, apresentando melhor relação apenas com C. eugenioides. 7.21. A afinidade entre C. salvatrix e C. eugenioides é determinada, principalmente, por um grupo de compostos muito característicos, comuns quase que exclusivamente a essas espécies. 7.22. A afinidade maior de C. eugenioides por C. arabica e a presença de algumas manchas típicas de C. eugenioides ocorrendo em C. arabica parecem indicar que C. eugenioides tenham realmente participado da formação de C. arabica. 7.23. Os dados bioquímicos não permitem decidir se C. eugenioides está melhor colocada junto à subseção Mozambicoffea, pois esta espécie tem boa afinidade com C. arabica, pertencente à primeira subseção mencionada, e também com C. salvatrix, pertencente à segunda C. eugenioides parece ocupar uma posição intermediária entre os dois grupos de espécies. 7.24. Os resultados deste trabalho permitem sugerir que as espécies C. eugenioides e C. liberica ou C. canephora apresentam maiores possibilidades de ter participado da formação de C. arabica. 7.25. A análise de compostos flavonóides provou ser um método de valor para estudos filogenéticos e para ajudar a resolver problemas taxonômicos em café. 7.26. Os resultados abrem grandes possibilidades de novas pesquisas no sentido de ampliar os trabalhos, introduzindo-se novas variáveis, tais como estudo de maior número de espécies, análise de antocianinas e, principalmente, identificação das manchas para um entendimento mais preciso das relações entre as espécies. |
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Estudo dos pigmentos flavonóides e sua contribuição à filogenia do gênero CoffeaCAFÉFILOGENIAFLAVONOIDES7.1. O presente trabalho teve o objetivo de analisar algumas espécies do gênero Coffea, do ponto de vista da bioquímica sistemática, com a finalidade de testar sua utilidade nesse grupo de plantas e procurar conseguir novos informes sobre as afinidades existentes entre essas espécies. 7.2. Foram analisadas as plantas da coleção de Campinas, por incluírem o maior número de cultivares e espécies diferentes e para uniformidade de condições ambientais. 7.3. Foram estudadas dez espécies do gênero Coffea, além de alguns cultivares de três dessas espécies, sendo catorze de C. arabica, quatro de C. canephora e três de C. dewevrei. 7.4. O estudo de cultivares teve por finalidade identificar variações interespecíficas, possibilitando melhor conhecimento dos limites de variações nos componentes analisados. 7.5. As análises bioquímicas foram realizadas pelo emprego da cromatografia de papel bidimensional ascendente. 7.6. Detectaram-se 75 manchas diferentes entre as espécies, 47 entre os cultivares de C. arabica, 31 entre os cultivares de C. canephora e 36 entre os cultivares de C. dewevrei, num total de 81 manchas diferentes. 7.7. Poucas manchas foram comuns a todas as espécies, porém muitas foram comuns a todos os cultivares de uma mesma espécie. 7.8. Para facilitar as comparações e objetivar melhor os resultados, foram calculados valores de P.A. para espécies e cultivares e construídos gráficos poligonais para espécies e para os cultivares de C. arabica. 7.9. A análise dos cultivares de C. arabica demonstrou a grande variabilidade de formas existentes nessa espécie, apresentando larga faixa de variação em seus graus de afinidade. 7.10. Os poucos cultivares estudados de C canephora e de C. dewevrei são bastante uniformes. 7.11. A determinação das afinidades entre as espécies, edificadas pela análise cromatográfica, de modo geral, não confirmou os agrupamentos em subseções feitos por Chevalier em sua classificação sistemática de 1947. 7.12. As altas afinidades entre espécies de subseções diferentes mostraram que cores e características dos frutos, além da distribuição geográfica, itens usados por Chevalier para separação em subseções, não são os mais indicados ou suficientes. 7.13. A comparação entre os resultados das análises cromatográficas e os resultados das hibridações interespecíficas revela que certa discrepância é encontrada. Os resultados contraditórios dizem respeito principalmente afinidade de C. eugenioides com as demais espécies, maior pelos dados das hibridações interespecíficas e também quanto às relações entre C. arabica e as espécies C. dewevrei e C. liberica, onde os resultados das análises de flavonóides indicaram mais alta afinidade. Nos demais casos houve, em geral, concordância entre os resultados das hibridações e das análises de flavonóides. 7.14. As observações do pareamento cromossômico em determinados híbridos interespecíficos deram algumas informações concordes com os dados da análise de flavonóides. 7.15. Os resultados obtidos, referentes à afinidade de C. stenophylla com as demais espécies, não permitem decidir se deve ou não ser transferida da subseção Melano-coffea para a subseção Pachycoffea. 7.16. A espécie C. arabica apresenta maior afinidade por C. liberica e depois por C. canephora. 7.17 Verificou-se existir alta afinidade entre C. liberica e C. dewevrei, confirmando as observações realizadas do ponto de vista genético e citogenético. 7.18. A boa afinidade de C. kapakata pelas demais espécies parece indicar que esta espécie está bem colocada dentro do gênero Coffea, justificando a proposta para considerá-la Coffea kapakata e não Psilanthopsis kapakata. 7.19. As espécies melhor relacionadas a todas as demais são C. liberica e C. dewevrei. 7.20. Os dados mostraram claramente que C. salvatrix tem muito pouca afinidade pelas demais espécies estudadas, apresentando melhor relação apenas com C. eugenioides. 7.21. A afinidade entre C. salvatrix e C. eugenioides é determinada, principalmente, por um grupo de compostos muito característicos, comuns quase que exclusivamente a essas espécies. 7.22. A afinidade maior de C. eugenioides por C. arabica e a presença de algumas manchas típicas de C. eugenioides ocorrendo em C. arabica parecem indicar que C. eugenioides tenham realmente participado da formação de C. arabica. 7.23. Os dados bioquímicos não permitem decidir se C. eugenioides está melhor colocada junto à subseção Mozambicoffea, pois esta espécie tem boa afinidade com C. arabica, pertencente à primeira subseção mencionada, e também com C. salvatrix, pertencente à segunda C. eugenioides parece ocupar uma posição intermediária entre os dois grupos de espécies. 7.24. Os resultados deste trabalho permitem sugerir que as espécies C. eugenioides e C. liberica ou C. canephora apresentam maiores possibilidades de ter participado da formação de C. arabica. 7.25. A análise de compostos flavonóides provou ser um método de valor para estudos filogenéticos e para ajudar a resolver problemas taxonômicos em café. 7.26. Os resultados abrem grandes possibilidades de novas pesquisas no sentido de ampliar os trabalhos, introduzindo-se novas variáveis, tais como estudo de maior número de espécies, análise de antocianinas e, principalmente, identificação das manchas para um entendimento mais preciso das relações entre as espécies.8.1. This work was made to test, systematic biochemistry as an useful tool in the analysis of species of Coffea in order to have new data on the affinities of these species. 8.2. Plants from Campinas collection were analysed, for they belong to many different cultivars and species and for they are under uniform environmental conditions. 8.3. Plants from ten species of the genus Coffea were studied, besides some cultivars from three of them: fourteen from C. arabica, four from C. canephora and three from C. dewevrei. 8.4. Cultivars were studied to identify interspecific variations and to have better knowledge of the limits of variation of the analysed components. 8.5. Biochemical analysis were made through bidimensional ascendent paper chromatography. 8.6. A total of 81 different spots were detected, 75 being in the species, 47 in C. arabica cultivars and 36 in C. dewevrei cultivars and 31 in C. canephora cultivars. 8.7. Few spots were common to all the species but many were common to all the cultivars of the sarne specie. 8.8. P.A. values were evaluated and polygraphs were made for all plants studied to facilitate the comparisons and the understanding of the results. 8.9, The analysis of C. arabica cultivars showed a great variability of forms in the specie, having a broad variation stripe in its affinity grades. 8.10. Only few cultivars of C. canephora and C. dewevrei were studied and they are rather uniform. 8.11. The affinities among the species showed by the chromatographic analysis did not confirm, generally speaking, the way Chevalier in 1947 grouped the species in subsections. 8.12. High affinities among species of diferente subsections showed that geographic distribution and fruit characteristics, used by Chevalier to separate the subsections, are not the best or even sufficient elements to such a work. 8.13. Certain discrepancy is found when the results of the chromatographic analysis are compared to the hybridizations. When the affinity of C. eugenioides to the other species is considered we find it stronger through hybridization data; when the affinity of C. arabica to C. dewevrei and C. liberica is considered the data from flavonoid analysis show it higher. In all the other cases aggreement is present. 8.14. Observations on chromosome pairing in certain interspecific hybrids gave some information which agree with the data from flavonoid analysis. 8.15. From the data obtained on the affinity between C. stenophylla and the other species we cannot be sure about placing this species in Pachycoffea subsection. 8.16. C. arabica shows greater affinity to C. liberica and in second place, to C. canephora. 8.17. A high affinity between C. liberica and C. dewevrei was verified; this confirms the cytological and cytogenetics observations. 8.18. The good affinity of C. kapakata for the others species shows that its right place seems to be in the genus Coffea; it must be Coffea kapakata instead of Psilanthopsis kapakata. 8.19. C. liberica and C. dewevrei have the best relations to all other species. 8.20. The data showed clearly that C. salvatrix is weakly related to all other studied species excluding C. eugenioides. 8.21. The affinity between C. salvatrix and C. eugenioides is chiefly determined by a group of characteristic compounds common almost exclusively to both. 8.22. The greater affinity between C. eugenioides and C. arabica and the presence of some typical eugenioides spots in C. arabica seem to indicate that C. eugenioides have really entered in the formation of C. arabica. 8.23. Biochemical data are not sufficient to show wheter C. eugenioides is better placed in the Erythrocoffea or the Mozambicoffea subsections, for it has good affinity to C. arabica which belongs to the first and to C. salvatris also, which belongs to the second C. eugenioides must have an intermediate position between the two groups of species. 8.24. The results obtained in our research suggest that C. eugenioidea and C. liberica or C. canephora have better possibilities to take part in C. arabica formation. 8.25. Flavonoids compounds analysis showed to be a good method to help in the solution of taxonomic and phylogenetic problems in ooffee. 8.26. Our results show large possibilities on new researches in order to amplify them, introducing new variants, such as the study of larger number of species, anthocyanins analysis and, chiefly, identification of the spots to have better understanding about the inter-relation of the species.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBlumenschein, AlmiroLongo, Catalina Romero Lopes1972-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144048/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-11T19:07:30Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-144048Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-11T19:07:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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7.1. O presente trabalho teve o objetivo de analisar algumas espécies do gênero Coffea, do ponto de vista da bioquímica sistemática, com a finalidade de testar sua utilidade nesse grupo de plantas e procurar conseguir novos informes sobre as afinidades existentes entre essas espécies. 7.2. Foram analisadas as plantas da coleção de Campinas, por incluírem o maior número de cultivares e espécies diferentes e para uniformidade de condições ambientais. 7.3. Foram estudadas dez espécies do gênero Coffea, além de alguns cultivares de três dessas espécies, sendo catorze de C. arabica, quatro de C. canephora e três de C. dewevrei. 7.4. O estudo de cultivares teve por finalidade identificar variações interespecíficas, possibilitando melhor conhecimento dos limites de variações nos componentes analisados. 7.5. As análises bioquímicas foram realizadas pelo emprego da cromatografia de papel bidimensional ascendente. 7.6. Detectaram-se 75 manchas diferentes entre as espécies, 47 entre os cultivares de C. arabica, 31 entre os cultivares de C. canephora e 36 entre os cultivares de C. dewevrei, num total de 81 manchas diferentes. 7.7. Poucas manchas foram comuns a todas as espécies, porém muitas foram comuns a todos os cultivares de uma mesma espécie. 7.8. Para facilitar as comparações e objetivar melhor os resultados, foram calculados valores de P.A. para espécies e cultivares e construídos gráficos poligonais para espécies e para os cultivares de C. arabica. 7.9. A análise dos cultivares de C. arabica demonstrou a grande variabilidade de formas existentes nessa espécie, apresentando larga faixa de variação em seus graus de afinidade. 7.10. Os poucos cultivares estudados de C canephora e de C. dewevrei são bastante uniformes. 7.11. A determinação das afinidades entre as espécies, edificadas pela análise cromatográfica, de modo geral, não confirmou os agrupamentos em subseções feitos por Chevalier em sua classificação sistemática de 1947. 7.12. As altas afinidades entre espécies de subseções diferentes mostraram que cores e características dos frutos, além da distribuição geográfica, itens usados por Chevalier para separação em subseções, não são os mais indicados ou suficientes. 7.13. A comparação entre os resultados das análises cromatográficas e os resultados das hibridações interespecíficas revela que certa discrepância é encontrada. Os resultados contraditórios dizem respeito principalmente afinidade de C. eugenioides com as demais espécies, maior pelos dados das hibridações interespecíficas e também quanto às relações entre C. arabica e as espécies C. dewevrei e C. liberica, onde os resultados das análises de flavonóides indicaram mais alta afinidade. Nos demais casos houve, em geral, concordância entre os resultados das hibridações e das análises de flavonóides. 7.14. As observações do pareamento cromossômico em determinados híbridos interespecíficos deram algumas informações concordes com os dados da análise de flavonóides. 7.15. Os resultados obtidos, referentes à afinidade de C. stenophylla com as demais espécies, não permitem decidir se deve ou não ser transferida da subseção Melano-coffea para a subseção Pachycoffea. 7.16. A espécie C. arabica apresenta maior afinidade por C. liberica e depois por C. canephora. 7.17 Verificou-se existir alta afinidade entre C. liberica e C. dewevrei, confirmando as observações realizadas do ponto de vista genético e citogenético. 7.18. A boa afinidade de C. kapakata pelas demais espécies parece indicar que esta espécie está bem colocada dentro do gênero Coffea, justificando a proposta para considerá-la Coffea kapakata e não Psilanthopsis kapakata. 7.19. As espécies melhor relacionadas a todas as demais são C. liberica e C. dewevrei. 7.20. Os dados mostraram claramente que C. salvatrix tem muito pouca afinidade pelas demais espécies estudadas, apresentando melhor relação apenas com C. eugenioides. 7.21. A afinidade entre C. salvatrix e C. eugenioides é determinada, principalmente, por um grupo de compostos muito característicos, comuns quase que exclusivamente a essas espécies. 7.22. A afinidade maior de C. eugenioides por C. arabica e a presença de algumas manchas típicas de C. eugenioides ocorrendo em C. arabica parecem indicar que C. eugenioides tenham realmente participado da formação de C. arabica. 7.23. Os dados bioquímicos não permitem decidir se C. eugenioides está melhor colocada junto à subseção Mozambicoffea, pois esta espécie tem boa afinidade com C. arabica, pertencente à primeira subseção mencionada, e também com C. salvatrix, pertencente à segunda C. eugenioides parece ocupar uma posição intermediária entre os dois grupos de espécies. 7.24. Os resultados deste trabalho permitem sugerir que as espécies C. eugenioides e C. liberica ou C. canephora apresentam maiores possibilidades de ter participado da formação de C. arabica. 7.25. A análise de compostos flavonóides provou ser um método de valor para estudos filogenéticos e para ajudar a resolver problemas taxonômicos em café. 7.26. 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