Estudo sobre a transmissibilidade do vírus da artrite encefalite caprina através do sêmen e da placenta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hasegawa, Marjorie Yumi
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-07012015-081945/
Resumo: Artrite Encefalite Caprina é uma enfermidade infecciosa, multissistêmica, causada pelo vírus da Artrite Encefalite Caprina, que pertence dentre os Lentivírus de Pequenos Ruminantes. Sobre o aspecto reprodutivo na transmissão, o objetivo do presente estudo consiste em avaliar experimentalmente a transmissibilidade do lentivírus caprino em cabras e suas crias pela placenta e sêmen. Para avaliar a influência da transmissão via placentária, foram utilizadas cinco fêmeas com CAEV inseminadas artificialmente com sêmen de bode livre de CAEV. Para avaliar a influência da transmissão pelo sêmen, foram utilizadas seis fêmeas livres de CAEV inseminadas artificialmente com sêmen de bode livre de CAEV. O CAEV-Cork foi adicionado ao sêmen fresco com a finalidade de se obter título infectante com carga viral em 105 TCID50/mL. Como grupo controle, duas cabras livres de CAEV foram inseminadas artificialmente com sêmen de mesmo bode sem o inóculo viral; e outras duas cabras com CAEV inseminadas com a carga viral. As fêmeas foram monitoradas durante a gestação até 15 dias pós-parto e as crias separadas das mães foram monitoradas até 12 meses de idade, empregando-se as técnicas de IDGA, cELISA e nested-PCR. As fêmeas com CAEV apresentaram resultados positivos em IDGA (87,10%), cELISA (88,71%) e nested-PCR (25,81%). As crias apresentaram resultados negativos em ambos os testes de IDGA e cELISA, embora na técnica de nested-PCR, 7,14% das amostras apresentaram banda positiva. Das seis fêmeas livres de CAEV, quatro (66,67%) apresentaram soroconversão com 18,46% das amostras positivas ao IDGA, 49,23% das amostras positivas ao cELISA e nenhuma para nested-PCR. Anticorpos anti-CAEV foram detectados 30 dias pós IA. Quanto às crias, 5,26% e 11,28% das amostras apresentaram resultado positivo para IDGA e nested-PCR, respectivamente. Nenhuma amostra apresentou positividade para cELISA. O grupo controle livre de CAEV tiveram resultados negativos para as três técnicas, incluindo suas crias; enquanto que as fêmeas com CAEV inseminadas com o inóculo viral apresentaram 61,90% das amostras positivas para IDGA, 100% para cELISA e nenhuma amostra para nested-PCR. Suas crias obtiveram no total somente um resultado positivo para IDGA e outro para nested- PCR. A positividade encontrada em nested-PCR nas crias pode ter um significado particular de identificar animais infectados porém soronegativos, como em situações de soroconversão tardia. Entretanto, não é possível assumir a transmissão do CAEV para crias de forma insofismável, embora não é descartada a possibilidade de infecção das crias pelo sêmen e placenta com soroconversão tardia. Contudo é possível a transmissão do CAEV por IA com sêmen infectado em fêmeas livres de CAEV. A carga viral utilizada no estudo foi capaz de infectar as fêmeas. Com relação aos testes utilizados, o cELISA detectou a soroconversão mais cedo que o IDGA. A técnica de nested-PCR falhou em detectar a infecção antes da soroconversão nas fêmeas. Este estudo proporcionou maiores informações sobre a transmissão do lentivírus caprino sob o aspecto reprodutivo, com a utilização de três diferentes métodos diagnósticos.
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Para avaliar a influência da transmissão pelo sêmen, foram utilizadas seis fêmeas livres de CAEV inseminadas artificialmente com sêmen de bode livre de CAEV. O CAEV-Cork foi adicionado ao sêmen fresco com a finalidade de se obter título infectante com carga viral em 105 TCID50/mL. Como grupo controle, duas cabras livres de CAEV foram inseminadas artificialmente com sêmen de mesmo bode sem o inóculo viral; e outras duas cabras com CAEV inseminadas com a carga viral. As fêmeas foram monitoradas durante a gestação até 15 dias pós-parto e as crias separadas das mães foram monitoradas até 12 meses de idade, empregando-se as técnicas de IDGA, cELISA e nested-PCR. As fêmeas com CAEV apresentaram resultados positivos em IDGA (87,10%), cELISA (88,71%) e nested-PCR (25,81%). As crias apresentaram resultados negativos em ambos os testes de IDGA e cELISA, embora na técnica de nested-PCR, 7,14% das amostras apresentaram banda positiva. Das seis fêmeas livres de CAEV, quatro (66,67%) apresentaram soroconversão com 18,46% das amostras positivas ao IDGA, 49,23% das amostras positivas ao cELISA e nenhuma para nested-PCR. Anticorpos anti-CAEV foram detectados 30 dias pós IA. Quanto às crias, 5,26% e 11,28% das amostras apresentaram resultado positivo para IDGA e nested-PCR, respectivamente. Nenhuma amostra apresentou positividade para cELISA. O grupo controle livre de CAEV tiveram resultados negativos para as três técnicas, incluindo suas crias; enquanto que as fêmeas com CAEV inseminadas com o inóculo viral apresentaram 61,90% das amostras positivas para IDGA, 100% para cELISA e nenhuma amostra para nested-PCR. Suas crias obtiveram no total somente um resultado positivo para IDGA e outro para nested- PCR. A positividade encontrada em nested-PCR nas crias pode ter um significado particular de identificar animais infectados porém soronegativos, como em situações de soroconversão tardia. Entretanto, não é possível assumir a transmissão do CAEV para crias de forma insofismável, embora não é descartada a possibilidade de infecção das crias pelo sêmen e placenta com soroconversão tardia. Contudo é possível a transmissão do CAEV por IA com sêmen infectado em fêmeas livres de CAEV. A carga viral utilizada no estudo foi capaz de infectar as fêmeas. Com relação aos testes utilizados, o cELISA detectou a soroconversão mais cedo que o IDGA. A técnica de nested-PCR falhou em detectar a infecção antes da soroconversão nas fêmeas. Este estudo proporcionou maiores informações sobre a transmissão do lentivírus caprino sob o aspecto reprodutivo, com a utilização de três diferentes métodos diagnósticos.Caprine Arthritis Encephalitis is an infectious, multisystemic disease caused by Caprine Arthritis Encephalitis virus, which belongs among the Small Ruminant Lentiviruses. Regarding the reproductive behavior in the transmission, the objective of the present study consists of experimentally evaluate the transmissibility of caprine lentivirus in goats and their offspring through the placenta and semen. To evaluate the influence of placentary transmission, five CAEV females were artificially inseminated with semen from CAEV-free buck. In order to evaluate the influence of transmission by semen, six CAEV-free females were artificially inseminated with semen from CAEV-free buck. The CAEV-Cork was added to fresh semen to obtain infecting titres for viral load of 105 TCID50/mL. As control group, two CAEV-free goats were artificially inseminated with semen from same buck without viral inoculum; and other two CAEV goats inseminated with the viral inoculum. The females were monitored during gestation until 15 days post-partum and the offspring, separated from their mothers, were monitored until 12 months old, using AGID, cELISA and nested-PCR techniques. The CAEV females presented positive results in AGID (87,10%), cELISA (88,71%) and nested-PCR (25,81%). The offspring presented negative results in both AGID and cELISA tests, however in nested-PCR technique, 7,14% of samples presented positive band. From the six CAEV-free females, four (66,67%) seroconverted with 18,46% positive samples at AGID, 49,23% at cELISA and none at nested-PCR. Anti-CAEV antibodies were detected 30 days after AI. Regarding to their offspring, 5,26% and 11,28% of samples presented positive results at AGID and nested-PCR, respectively. No sample was positive at cELISA. The CAEV-free females from control group had negative results at the three techniques, including their offspring; while the CAEV females inseminated with the viral inoculum have shown 61,90% of positive samples at AGID, 100% at cELISA and none at nested-PCR. Their offspring have only one sample positive at AGID and another at nested-PCR. The positivity found in offspring at nested-PCR may have a particular meaning in identify infected but seronegative animals, as in late seroconversion situations. However it is not possible to assume the CAEV transmission to offspring indisputably, though is not discarded the possibility of infection through semen and placenta in offspring with delayed seroconversion. Nevertheless it is possible the CAEV transmission by AI with infected semen in CAEV-free females. The viral load used in the present study was able to infect the females. Regarding the tests used, the cELISA detected seroconversion earlier than the AGID. The nested-PCR technique failed in detecting the infection before seroconversion in females. This study provided more information about the caprine lentivirus transmission concerning the reproductive aspect, using three different diagnostic methods.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGregory, LilianHasegawa, Marjorie Yumi2014-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-07012015-081945/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:56Zoai:teses.usp.br:tde-07012015-081945Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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