Fatores de risco sociodemográficos e reprodutivos associados à obesidade e à síndrome metabólica em uma população de mulheres brasileiras da cidade de Ribeirão Preto: estudo de coorte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Damaso, Ênio Luís
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-21062022-144811/
Resumo: Introdução: Obesidade é uma doença crônica de alta prevalência. Está associada ao desenvolvimento de outras morbidades metabólicas, como a síndrome metabólica. Tem etiologia complexa e múltiplos fatores de risco. Nas mulheres, encontra, provavelmente no antecedente obstétrico alguns fatores desencadeadores. Objetivos: Identificar os fatores de risco sociodemográficos e reprodutivos associados à obesidade e à síndrome metabólica nas mulheres na quarta década de vida. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, conduzido de 1978 a 1979 em Ribeirão Preto, Brasil. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, obstétricos, antropométricos e de composição corporal através de entrevista e avaliação clínica. Modelos de regressão log binomial univariado e multivariado foram construídos para identificar os preditores de obesidade e síndrome metabólica em mulheres, estimando-se o risco relativo ajustado. Resultados: A coorte incluiu 916 mulheres: 309 (33,7%) eram obesas e 286 (31,2%) apresentavam síndrome metabólica. Obesidade estava associada a baixa escolaridade (RR 1,77, IC95% 1,33-2,35) e primeira gravidez na adolescência (RR 1,46, IC95% 1,10-1,93). Síndrome metabólica estava associada a não possuir trabalho remunerado (RR 1,49, IC95% 1,14-1,95), não possuir companheiro (RR 1,33, IC95% 1,03-1,72), baixa escolaridade (RR 1,72, IC95% 1,23-2,41) e primeira gravidez na adolescência (RR 2,00, IC95% 1,45-2,77). Conclusão: Obesidade e síndrome metabólica são doenças crônicas associadas a fatores sociodemográficos que contribuem para condições de vida desfavoráveis. Não houve associação dessas comorbidades com fatores reprodutivos.
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