Avaliação dos fatores epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos associados à gemelaridade e o impacto dos mesmos sobre os resultados neonatais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-26042018-111228/ |
Resumo: | Introdução: as gestações gemelares estão associadas a elevadas taxas de morbimortalidade tanto maternas quanto perinatais. Algumas intervenções tem o potencial de reduzir essas cifras, tais como a administração de corticosteroides pré- natal, a idade gestacional (IG) de resolução e a via de parto. Porém, a magnitude com que isso ocorre ainda se mantém incerta. Objetivos: comparar os resultados neonatais das gestações gemelares (GG) com os de gestações únicas (GU), levando-se em consideração características demográficas maternas, aquelas relacionadas à gestação atual, bem como sua idade e forma de resolução. Métodos: trata-se de um estudo caso-controle retrospectivo que incluiu 864 gestantes e seus 1298 filhos (430 únicos e 868 gemelares). As pacientes foram pareadas segundo IG de resolução da gestação, de modo que para cada gestação gemelar foi selecionada uma paciente com gestação única, de mesma IG, no mesmo período. O desfecho primário considerado foi resultado adverso perinatal. Características demográficas maternas, antecedentes obstétricos, intercorrências gestacionais, administração de corticosteroides, via de parto e corionicidade foram avaliados como fatores de risco para índices de Apgar no 1º e 5º minutos, morbidade neonatal composta, óbito fetal, óbito neonatal, hipoglicemia e icterícia neonatal. Resultados: tanto nas gestações únicas como nas gemelares, prematuridade foi fator de risco para todos os resultados adversos neonatais, especialmente em IG< 32 semanas. Sofrimento fetal agudo (SFA) aumentou o risco de Apgar de 1º e 5º minuto<7 nas GU. A corticoindução reduziu o risco de índices de Apgar<7, tanto no 1º como no 5º minuto nas GG e apenas no 1º minuto nas GU. Por outro lado, parto vaginal (PV) reduziu o risco de Apgar<7 no 1º minuto nas GU, mas aumentou o risco para os dois resultados adversos na GG. Esse efeito relacionado ao PV não ocorreu sobre a morbidade composta, mas SFA e a monocorionicidade entre os gemelares aumentou o risco desse resultado. SFA também aumentou o risco de óbito neonatal no grupo de GG. Em ambas as populações de RN, o PV foi protetor contra hipoglicemia neonatal. A monocorionicidade, corticoindução e a prematuridade aumentaram o risco de icterícia nos RN de GG. A ausência de doenças maternas protegeu os RN dos resultados adversos considerados. Conclusões: estratégias que visam reduzir prematuridade, doenças maternas e situações de hipoxemia fetal aguda contribuirão para melhores resultados obstétricos, assim como o uso do corticóide pré-natal, tanto nas GU quanto nas GG. A via de parto adequada na gemelaridade permanece controversa. |
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Avaliação dos fatores epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos associados à gemelaridade e o impacto dos mesmos sobre os resultados neonataisEvaluation of the epidemiological, diagnostic and therapeutic factors associated with the twins and their impact on the neonatal outcomesAcute fetal distressAdverse neonatal outcomeCorticosteroid prenatalCorticosteroide pré-natalGestação gemelarMonochorionicityMonocorionicidadeParto vaginalResultado adverso neonatalSofrimento fetal agudoTwin pregnancyVaginal deliveryIntrodução: as gestações gemelares estão associadas a elevadas taxas de morbimortalidade tanto maternas quanto perinatais. Algumas intervenções tem o potencial de reduzir essas cifras, tais como a administração de corticosteroides pré- natal, a idade gestacional (IG) de resolução e a via de parto. Porém, a magnitude com que isso ocorre ainda se mantém incerta. Objetivos: comparar os resultados neonatais das gestações gemelares (GG) com os de gestações únicas (GU), levando-se em consideração características demográficas maternas, aquelas relacionadas à gestação atual, bem como sua idade e forma de resolução. Métodos: trata-se de um estudo caso-controle retrospectivo que incluiu 864 gestantes e seus 1298 filhos (430 únicos e 868 gemelares). As pacientes foram pareadas segundo IG de resolução da gestação, de modo que para cada gestação gemelar foi selecionada uma paciente com gestação única, de mesma IG, no mesmo período. O desfecho primário considerado foi resultado adverso perinatal. Características demográficas maternas, antecedentes obstétricos, intercorrências gestacionais, administração de corticosteroides, via de parto e corionicidade foram avaliados como fatores de risco para índices de Apgar no 1º e 5º minutos, morbidade neonatal composta, óbito fetal, óbito neonatal, hipoglicemia e icterícia neonatal. Resultados: tanto nas gestações únicas como nas gemelares, prematuridade foi fator de risco para todos os resultados adversos neonatais, especialmente em IG< 32 semanas. Sofrimento fetal agudo (SFA) aumentou o risco de Apgar de 1º e 5º minuto<7 nas GU. A corticoindução reduziu o risco de índices de Apgar<7, tanto no 1º como no 5º minuto nas GG e apenas no 1º minuto nas GU. Por outro lado, parto vaginal (PV) reduziu o risco de Apgar<7 no 1º minuto nas GU, mas aumentou o risco para os dois resultados adversos na GG. Esse efeito relacionado ao PV não ocorreu sobre a morbidade composta, mas SFA e a monocorionicidade entre os gemelares aumentou o risco desse resultado. SFA também aumentou o risco de óbito neonatal no grupo de GG. Em ambas as populações de RN, o PV foi protetor contra hipoglicemia neonatal. A monocorionicidade, corticoindução e a prematuridade aumentaram o risco de icterícia nos RN de GG. A ausência de doenças maternas protegeu os RN dos resultados adversos considerados. Conclusões: estratégias que visam reduzir prematuridade, doenças maternas e situações de hipoxemia fetal aguda contribuirão para melhores resultados obstétricos, assim como o uso do corticóide pré-natal, tanto nas GU quanto nas GG. A via de parto adequada na gemelaridade permanece controversa.Introduction: The twin pregnancies are associated with high rates of morbidity and mortality in both mothers and perinatal deaths. Some interventions have the potential to reduce these figures, such as the administration of corticosteroids prenatal care, gestational age (GA) of resolution and the delivery route. However, the magnitude with which this occurs still remains uncertain. Objectives: To compare the neonatal results of the pregnancies of twins (TP) with those of singleton gestations (SG), taking into account maternal demographic characteristics, those related to the current pregnancy, as well as their age and form of delivery. Methods: This was a retrospective case-control study that included 864 pregnant women and their 1298 children (430 single and 868 twins). The patients were paired according to GA for a resolution of the pregnancy, so that for each twin pregnancy, a patient was selected with single pregnancy, of the same GA, during the same period. The primary outcome was considered perinatal adverse result. Demographic characteristics of the mother, obstetric history, complications of pregnancy, administration of corticosteroids, delivery route and chorionicity were evaluated as risk factors for Apgar scores at 1 and 5 minutes, neonatal morbidity composed, fetal death, neonatal death, hypoglycemia and neonatal jaundice. Results: In both pregnancies, prematurity was a risk factor for all adverse results, especially in GA< 32 weeks. Acute fetal distress (AFD) increased the risk of an Apgar score of 1 and 5 minute<7 in SG. The corticoindution reduced the risk of higher Apgar scores<7, both on the 1st and 5th minute in TP and only in the 1st minute in SG. On the other hand, vaginal delivery (VD) reduced the risk of an Apgar score<7 in the 1st minute in SG, but increased the risk for the two adverse results in TP. This effect is related to the VD did not occur on morbidity composed, but AFD and monochorionicity between the twins increased the risk of that result. AFD also increased the risk of neonatal death in the group of TP. In both populations of newborn (NB), the VD was protective against neonatal hypoglycemia. The monochorionicity, corticoindution and prematurity increased the risk of jaundice in NB of TP. The absence of maternal diseases protected the NB of adverse results considered. Conclusions: Strategies that aim to reduce prematurity, maternal diseases and situations of acute fetal hypoxemia will contribute to better outcomes, as well as the use of corticosteroids antenatal care, both in SG and in TP. The delivery route in multiple births remains controversial.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMarcolin, Alessandra CristinaColtro, Rodrigo Soler2017-09-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-26042018-111228/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-26042018-111228Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: as gestações gemelares estão associadas a elevadas taxas de morbimortalidade tanto maternas quanto perinatais. Algumas intervenções tem o potencial de reduzir essas cifras, tais como a administração de corticosteroides pré- natal, a idade gestacional (IG) de resolução e a via de parto. Porém, a magnitude com que isso ocorre ainda se mantém incerta. Objetivos: comparar os resultados neonatais das gestações gemelares (GG) com os de gestações únicas (GU), levando-se em consideração características demográficas maternas, aquelas relacionadas à gestação atual, bem como sua idade e forma de resolução. Métodos: trata-se de um estudo caso-controle retrospectivo que incluiu 864 gestantes e seus 1298 filhos (430 únicos e 868 gemelares). As pacientes foram pareadas segundo IG de resolução da gestação, de modo que para cada gestação gemelar foi selecionada uma paciente com gestação única, de mesma IG, no mesmo período. O desfecho primário considerado foi resultado adverso perinatal. Características demográficas maternas, antecedentes obstétricos, intercorrências gestacionais, administração de corticosteroides, via de parto e corionicidade foram avaliados como fatores de risco para índices de Apgar no 1º e 5º minutos, morbidade neonatal composta, óbito fetal, óbito neonatal, hipoglicemia e icterícia neonatal. Resultados: tanto nas gestações únicas como nas gemelares, prematuridade foi fator de risco para todos os resultados adversos neonatais, especialmente em IG< 32 semanas. Sofrimento fetal agudo (SFA) aumentou o risco de Apgar de 1º e 5º minuto<7 nas GU. A corticoindução reduziu o risco de índices de Apgar<7, tanto no 1º como no 5º minuto nas GG e apenas no 1º minuto nas GU. Por outro lado, parto vaginal (PV) reduziu o risco de Apgar<7 no 1º minuto nas GU, mas aumentou o risco para os dois resultados adversos na GG. Esse efeito relacionado ao PV não ocorreu sobre a morbidade composta, mas SFA e a monocorionicidade entre os gemelares aumentou o risco desse resultado. SFA também aumentou o risco de óbito neonatal no grupo de GG. Em ambas as populações de RN, o PV foi protetor contra hipoglicemia neonatal. A monocorionicidade, corticoindução e a prematuridade aumentaram o risco de icterícia nos RN de GG. A ausência de doenças maternas protegeu os RN dos resultados adversos considerados. Conclusões: estratégias que visam reduzir prematuridade, doenças maternas e situações de hipoxemia fetal aguda contribuirão para melhores resultados obstétricos, assim como o uso do corticóide pré-natal, tanto nas GU quanto nas GG. A via de parto adequada na gemelaridade permanece controversa. |
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