Fatores de risco e de predição para infecções por arbovírus e hantavírus em famílias de áreas de reserva ecológica no Vale do Ribeira, SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lieber, Nicolina Silvana Romano
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13112014-124833/
Resumo: Realizou-se estudo analitico transversal relacionando caracteristicas individuais e familiares de 182 moradores pertencentes a 58 famílias de área de reserva ecológica à presença de infecções por arbovirus e hantavirus de interesse sanitário local. Pesquisou-se anticorpos para os antigenos dos virus Rocio, Ilhéus, da encefalite de st. Louis, das encefalites equinas do leste, oeste e venezuelana e Hantaan. Foram utilizados os testes de inibição de hemaglutinação, neutralização com redução de placas, imunofluorescência indireta e ensaio imunoenzimático com captura de anticorpos IgM (MAC-ELISA).· A associação estatistica foi pesquisada utilizando-se o teste de qui-quadrado e o grau de associação foi obtido calculando-se o odds ratio. Também foram pesquisadas a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo e negativo das caracteristicas investigadas para avaliar seu poder de discriminar infectados de não infectados e de predizer infecções por arbovirus e hantavirus. A prevalência observada de anticorpos para arbovirus nos individuos foi de 26,9% e nas familias foi de 62,1%. Observou-se uma prevalência de 1,6% de anticorpos para hantavirus nos individuos e 5,2% nas familias. Não foram encontrados anticorpos para o virus da encefalite equina do oeste e nem anticorpos da classe IgM para os antigenos testados. Entre as caracteristicas estudadas, a idade, a ocupação, a naturalidade e o hábito de entrar na mata mostraram-se fatores de risco para infecções por arbovirus. Foram considerados fatores preditivos de infecção por arbovirus a presença de galinheiro anexo à casa, o hábito de criar galinhas e a presença de ratos no domicilio. Não foram observados fatores de risco ou de predição para infecção por hantavirus entre as caracteristicas estudadas. Os resultados obtidos sugerem que as caracteristicas, que mostraram ser fator de risco ou predição, poderiam ser usadas no diagnostico presuntivo preliminar de infecções por arbovirus e hantavirus, permitindo priorizar medidas de intervenção. O uso de um questionário ofereceria aos serviços de saúde ferramenta de simples aplicação e baixo custo, especialmente em condições de campo em áreas que, como a estudada, dispõe de escassos recursos humanos e laboratoriais.
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Foram utilizados os testes de inibição de hemaglutinação, neutralização com redução de placas, imunofluorescência indireta e ensaio imunoenzimático com captura de anticorpos IgM (MAC-ELISA).· A associação estatistica foi pesquisada utilizando-se o teste de qui-quadrado e o grau de associação foi obtido calculando-se o odds ratio. Também foram pesquisadas a sensibilidade, a especificidade e os valores preditivos positivo e negativo das caracteristicas investigadas para avaliar seu poder de discriminar infectados de não infectados e de predizer infecções por arbovirus e hantavirus. A prevalência observada de anticorpos para arbovirus nos individuos foi de 26,9% e nas familias foi de 62,1%. Observou-se uma prevalência de 1,6% de anticorpos para hantavirus nos individuos e 5,2% nas familias. Não foram encontrados anticorpos para o virus da encefalite equina do oeste e nem anticorpos da classe IgM para os antigenos testados. Entre as caracteristicas estudadas, a idade, a ocupação, a naturalidade e o hábito de entrar na mata mostraram-se fatores de risco para infecções por arbovirus. Foram considerados fatores preditivos de infecção por arbovirus a presença de galinheiro anexo à casa, o hábito de criar galinhas e a presença de ratos no domicilio. Não foram observados fatores de risco ou de predição para infecção por hantavirus entre as caracteristicas estudadas. Os resultados obtidos sugerem que as caracteristicas, que mostraram ser fator de risco ou predição, poderiam ser usadas no diagnostico presuntivo preliminar de infecções por arbovirus e hantavirus, permitindo priorizar medidas de intervenção. O uso de um questionário ofereceria aos serviços de saúde ferramenta de simples aplicação e baixo custo, especialmente em condições de campo em áreas que, como a estudada, dispõe de escassos recursos humanos e laboratoriais.In order to identify risk factors and predictive factors to arbovirus and hantavirus infections among individual and family characteristics, a cross-sectional study was carried out among 182 persons belonging to 58 families living at ecological reserve. The characteristics were associated with the presence of antibodies to the following virus of local interest: Hantaan, Rocio, Ilheus, Eastern, Western and Venezuelan equine encephalitis virus and st. Louis encephalitis virus using inhibition hemagglutination test, plaque reduction neutralization test, indirect immunofluorescence test and immunoglobulin M antibody capture enzyme immunoassay (MAC-ELISA). The associations were calculated using chi-square statistics and the odds ratio. Sensitivity, especificity, positive and negative predictive values of the individual and familiar characteristics were also analyzed to evaluate their capacity to discriminate between infected and non-infected people and to predict arbovirus and hantavirus infections. The prevalence of antibodies to arbovirus was 26.9% and 62.1% of the families had at least one member infected by these agents. Hantavirus antibodies were found in 1.6% of the sera analysed and 5.2% of the families had members infected by these agents. Antibodies to western equine encephalitis virus were not found. IgM antibodies were not observed sugesting no recent infection for those agents in that population. Age, ocupation, nativity and the habit to enter the forest were shown to be risk factors to arbovirus infections. The presence of annexes to the house, to breed chickens and the presence of rodents inside the house were considered predictive factors to arbovirus infections. Risk or predictive factors to hantavirus infections were not observed. The results suggest the use of some of the individual or family characteristics as a tool on the surveillance of arbovirus infections, to discriminate people with major probability of infections, specially in fie1d conditions, where human and laboratorial resources are scarce.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPIversson, Lygia BuschLieber, Nicolina Silvana Romano1996-04-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13112014-124833/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-13112014-124833Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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