Análise faunística de coleopteros coletados em plantas de Eucalyptus urophylla S. T. Blake e Eucalyptus saligna Sm

• Autor(a) principal: Carvalho, Alfredo Otavio Rodrigues de
• Data de Publicação: 1984
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-183814/
• topic: ANÁLISE FAUNÍSTICA; COLEÓPTEROS; EUCALIPTO

O presente trabalho foi conduzido numa área de produção de sementes de Eucalyptus urophyllaS. T. Blake e num pomar de sementes de Eucalyptus saligna Sm., localizados na Fazenda Santa Maria, município de Salto, SP. Através de coletas semanais durante o período de 1979/80, utilizando-se uma armadilha luminosa modelo Luiz de Queiroz, modificada, tendo como atraente álcool etílico, efetuou-se análise faunística das espécies de coleôpteros capturadas. Foram analisadas as flutuações populacionais e a influência dos fatores meteorológicos sobre as populações das espécies dominantes e associadas à cultura do eucalipto. Foram capturados um total de 6.283 coleópteros, pertencentes a 87 espécies, das quais 63 são coleobrocas associadas a essências florestais ou a árvores frutíferas. Muitas espécies das famílias Cerambycidae, Bostrichidae, Platypodidae, Curculio nidae, Elateridae, Nitidulidae e Scolytidae foram fortemente atraídas pelo álcool etílico, principalmente os escolitídeos, que representaram 69 ,93% do total de insetos capturados. A análise faunística revelou 7 espécies constantes no pomar de E. saligna e apenas 4 no de E. urophylla; 28 dominantes em E. saligna e 27 em E. urophylla; 6 muito abundantes em E. saligna e 7 em E. urophylla. Para os índices de similaridade obteve-se 9,17 e 8,79 respectivamente em E. saligna e E. urophylla, enquanto que a similaridade entre os dois pomares foi boa. O teste de correlação entre as espécies selecionadas e os fatores meteoro lógicos mostrou que algumas coleobrocas apresentaram correlações diferentes em função da espécie de eucalipto. Devido as extensas áreas de eucalipto, caracterizando uma monocultura, as coleobrocas citadas como associadas às essências florestais nativas ou às árvores frutíferas poderão se tornar pragas primárias desta cultura.