Transplante de epífitas entre Florestas Estacionais Semideciduais para enriquecimento de florestas em processo de restauração
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-07052013-095558/ |
Resumo: | O enriquecimento com diferentes formas de vida, como com epífitas, é fundamental para o desenvolvimento de florestas em restauração, em paisagens fragmentadas, onde a dispersão natural é limitada. Epífitas são plantas que crescem sobre outras (forófitos). Têm papel ecológico importante, realizando ciclagem de nutrientes e oferecendo microambientes e alimentos a outras formas de vida. Características de forófitos, clima e microclima influenciam populações locais de epífitas. Para aumentar o sucesso do enriquecimento em florestas em restauração, é importante determinar quais filtros podem atuar no processo. Fizemos o censo de áreas que receberam autorização para supressão vegetal e obtivemos que, a cada ano, cerca de 500 ha de Florestas Estacional Semidecidual e Ombrófila Densa, em diferentes estágios de regeneração, são desmatados, apenas no estado de São Paulo. Elas podem fornecer material que pode ser recuperado e empregado na restauração de outras florestas. Neste trabalho, damos enfoque às epífitas que podem ser disponibilizadas a partir desse desmatamento. Transferimos 360 indivíduos de seis espécies delas, entre Bromeliaceae (Aechmea bromeliifolia e Tillandsia pohliana), Orchidaceae (Catasetum fimbriatum e Rodriguezia decora) e Cactaceae (Lepismium cruciforme e Rhipsalis floccosa) para duas Florestas Estacionais Semideciduais em processo de restauração, uma com 13 anos e outra com 23. As médias anuais de cobertura de dossel, entre os forófitos escolhidos, variaram entre 62,2 e 85,0% na floresta de 13 anos e entre 79,3 e 92,9% na floresta de 23 anos. Taxas de sobrevivência das diferentes espécies de epífitas foram superiores em floresta mais jovem, variando de 63.33 a 100%, enquanto em floresta mais madura variaram entre 55,17 e 89,66%. Transplantes usando fibra de palmeiras, capaz de reter água, e realizados no início de estação chuvosa podem ter explicado o maior sucesso em floresta mais nova. Taxas de sobrevivência, fixação, ramificação, floração e frutificação não estiveram relacionadas à espécie de forófito, à rugosidade de casca ou à posição de transplante. Por outro lado, elas estiveram relacionadas às espécies das próprias epífitas. Apenas em algumas situações e para determinadas espécies, taxas de fixação, ramificação e reprodução sexuada estiveram relacionadas aos valores de cobertura de dossel. Animais podem ter importantes papéis como polinizadores e dispersores de epífitas, o que mostra que sua presença na floresta é fundamental para a permanência dessas plantas em longo prazo. Ao final, separamos as principais conclusões tiradas deste trabalho e fizemos um guia de procedimentos práticos a serem adotados no enriquecimento de florestas em restauração usando epífitas provenientes de florestas a serem suprimidas. |
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Transplante de epífitas entre Florestas Estacionais Semideciduais para enriquecimento de florestas em processo de restauraçãoEnrichment of forests in process of restoration through epiphytes transplantation, in Semideciduous Seasonal ForestAtlantic Forest - ConservationEpiphytesFlorestas Estacionais SemideciduaisMata Atlântica - ConservaçãoMoist Seasonal Semideciduous forestsPlantas epífitasRestauração ecológicaRestoration EcologyO enriquecimento com diferentes formas de vida, como com epífitas, é fundamental para o desenvolvimento de florestas em restauração, em paisagens fragmentadas, onde a dispersão natural é limitada. Epífitas são plantas que crescem sobre outras (forófitos). Têm papel ecológico importante, realizando ciclagem de nutrientes e oferecendo microambientes e alimentos a outras formas de vida. Características de forófitos, clima e microclima influenciam populações locais de epífitas. Para aumentar o sucesso do enriquecimento em florestas em restauração, é importante determinar quais filtros podem atuar no processo. Fizemos o censo de áreas que receberam autorização para supressão vegetal e obtivemos que, a cada ano, cerca de 500 ha de Florestas Estacional Semidecidual e Ombrófila Densa, em diferentes estágios de regeneração, são desmatados, apenas no estado de São Paulo. Elas podem fornecer material que pode ser recuperado e empregado na restauração de outras florestas. Neste trabalho, damos enfoque às epífitas que podem ser disponibilizadas a partir desse desmatamento. Transferimos 360 indivíduos de seis espécies delas, entre Bromeliaceae (Aechmea bromeliifolia e Tillandsia pohliana), Orchidaceae (Catasetum fimbriatum e Rodriguezia decora) e Cactaceae (Lepismium cruciforme e Rhipsalis floccosa) para duas Florestas Estacionais Semideciduais em processo de restauração, uma com 13 anos e outra com 23. As médias anuais de cobertura de dossel, entre os forófitos escolhidos, variaram entre 62,2 e 85,0% na floresta de 13 anos e entre 79,3 e 92,9% na floresta de 23 anos. Taxas de sobrevivência das diferentes espécies de epífitas foram superiores em floresta mais jovem, variando de 63.33 a 100%, enquanto em floresta mais madura variaram entre 55,17 e 89,66%. Transplantes usando fibra de palmeiras, capaz de reter água, e realizados no início de estação chuvosa podem ter explicado o maior sucesso em floresta mais nova. Taxas de sobrevivência, fixação, ramificação, floração e frutificação não estiveram relacionadas à espécie de forófito, à rugosidade de casca ou à posição de transplante. Por outro lado, elas estiveram relacionadas às espécies das próprias epífitas. Apenas em algumas situações e para determinadas espécies, taxas de fixação, ramificação e reprodução sexuada estiveram relacionadas aos valores de cobertura de dossel. Animais podem ter importantes papéis como polinizadores e dispersores de epífitas, o que mostra que sua presença na floresta é fundamental para a permanência dessas plantas em longo prazo. Ao final, separamos as principais conclusões tiradas deste trabalho e fizemos um guia de procedimentos práticos a serem adotados no enriquecimento de florestas em restauração usando epífitas provenientes de florestas a serem suprimidas.Enrichment using non-arboreal life forms, such as epiphytes, is critical to the development of forests under restoration, in fragmented landscapes, where natural dispersal is scarce. Epiphytes are plants that grow on top of other plants (phorophytes). They play very important ecological role, performing nutrient cycling and providing microenvironments and food to other life forms. Features of phorophytes, climate, and microclimate influence local diversity of epiphytes. In order to improve success of enrichment in areas under restoration, it is important to determine what filters may play a role in this process. We censused areas that received authorization for vegetation removal and found out that, every year, about 500 ha of Semideciduous Seasonal Forests and Rainforests, in different regeneration stages, are legally cut down, only in the state of Sao Paulo. They can provide material that can be recovered and used to restore other forests. In this work, we focused on the epiphytes that may become available from deforestation. We transferred 360 individuals of six species of this life form among Bromeliaceae (Aechmea bromeliifolia and Tillandsia pohliana), Orchidaceae (Catasetum fimbriatum and Rodriguezia decora) and Cactaceae (Lepismium cruciforme and Rhipsalis floccosa) to two different Semidecidual Seasonal Forests in process of restoration, one of them was 13 years old and the other, 23 years old. Annual canopy cover averages provided by diffferent phorophytes ranged from 62.2 to 85.0% in 13-year old forest and from 79.3 to 92.9% in 23-year-old forest. Survival rates of epiphytes species were higher in the younger forest, from 63.33 to 100%, compared to the ones obtained in the more mature forest, from 55.17 to 89.66%. Transplants performance using palm tree fiber, which enables higher water retention, and at the beginning of rainy season may have been responsible for higher survival rates in the young forest. Survival, rooting, sprouting, flowering and fruiting rates were not related to phorophyte species, to their bark roughness nor to the position of transplantation. On the other hand, they were always relatated to epiphyte species. Only in some cases and for determined species, rooting, sprouting, flowering and fruiting were related to canopy cover. Animals can play important roles as pollinators and dispersers of epiphytes, which shows that their presence in forests is fundamental for the long-term persistance of these plants. In the end, we gathered the main results taken from this work and organized a guide of practical procedures to be adopted in enrichment of areas using epiphytes from forests about to be suppressed.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGandolfi, SergiusDuarte, Marina Melo2013-03-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-07052013-095558/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-07052013-095558Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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