Biossistemática e biologia de espécies de Euseius (Acari: Phytoseiidae) associadas à mandioca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Imeuda Peixoto Furtado
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.11.2018.tde-20181127-155831
Resumo: Euseius citrifolius Denmark & Muma e Euseius concordis (Chant) são ácaros predadores da família Phytoseiidae, comumente encontrados em agrossistemas da mandioca nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. A viabilidade do uso destes organismos como agentes de controle biológico em mandioca, para o controle do ácaro verde (Mononychellus tanajoa (Bondar)), requer um estudo básico de certificação das espécies, biologia e entendimento das relações destes predadores com o ácaro praga. A biologia de E. citrifolius coletado em campos de mandioca no município de Jaguariúna, São Paulo, foi estudada em laboratório. O período de desenvolvimento e a viabilidade das fases imaturas foram avaliados, quando este ácaro foi criado em 7 dietas diferentes (pólen de Typha angustifolia; pólen de Ricimus communis; uma combinação entre pólen de R. communis + ovos e larvas de M. tanajoa + exsudato de plantas de mandioca; ovos e larvas de M. tanajoa; ovos e larvas de Tetranychus urticae Koch; primeiros instares de Scirtothips manithoti (Bondar)), todos os estágios de Phyllocoptruta oleivora (Ashmead) e um tratamento testemunha, correspondente a ácaros predadores mantidos sem alimentação. Pólen de taboa, pólen de mamona, combinação, M. tanajoa e T. urticae produziram adultos viáveis. Pólen de taboa mostrou-se o melhor alimento para E. citrifolius, resultando em uma razão intrínseca de crescimento (rm) de 0,200. Embora E. concordis seja comum em diferentes regiões do país, tem-se observado uma considerável diferença em relação às plantas hospedeiras em que este é predominante. No Nordeste, este ácaro é raramente encontrado em plantas de mandioca, porém no Sudeste e Centro-Oeste, é uma das espécies predominantes nesta cultura. Acasalamento e inseminação foram observados em cruzamento heterogâmico entre fêmeas P x machos J, mas não oviposição. No cruzamento recíproco (fêmea J x machos P), ocorreram acasalamento, inseminação e oviposição, porém a progênie foi constituída somente por machos (machos JP). Sendo os machos de Fitoseídeos haplodiploides, concluiu-se que existe um isolamento reprodutivo entre estas populações. Os resultados destes estudos de cruzamento sugerem que as pequenas diferenças morfológicas entre indivíduos destas populações podem atualmente corresponder à existência de 2 espécies idênticas mas distintas do ponto de vista biológico
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