Malebranche: percepção e metafísica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-04062020-210416/ |
Resumo: | Este trabalho analisa a noção de percepção na filosofia de Malebranche em vistas de compreender como ela permite que o oratoriano articule as grandes oposições da metafisica clássica (finito e infinito, necessidade e contingência, universal e singular, etc.) de modo a torna-las parte da experiência humana. Pretendemos com isso mostrar que, apesar de nunca abandonar o ideal de um conhecimento estritamente inteligível e racional, fundado nas verdades eternas e necessárias, toda percepção envolve necessariamente algum elemento de obscuridade, de contingência e de temporalidade. Consideramos ademais que, ao longo do desenvolvimento de sua filosofia e das múltiplas precisões e alterações feitas nas sucessivas edições de suas obras, Malebranche aprofunda e desenvolve as consequências dessa concepção de percepção a ponto de, na fase final de sua filosofia, os elementos metafísicos e os elementos relacionados à experiência se tornarem virtualmente indistinguíveis. A primeira parte dessa tese, constituída pelos dois primeiros capítulos, reconstitui o que são, para Malebranche, os elementos mais fundamentais da percepção, isto é, de um lado, o espírito e suas modificações e, de outro, as ideias que são vistas em Deus. Nele, examinamos os conceitos centrais de sentimento e de ideia, assim como mostramos as principais transformações que caracterizaram o desenvolvimento da tese da Visão das ideias em Deus. A segunda parte da tese, construída pelos três capítulos subsequentes, analisamos a noção de percepção em relação às grandes oposições que a constituem. |
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