Conservação da biodiversidade por empresas de capital aberto: uma análise através da metodologia LIFE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-03102016-174101/ |
Resumo: | A antropização dos ambientes naturais vem ocasionando efeitos adversos aos sistemas ecológicos, acelerando a perda da biodiversidade. Como resultado, as alterações climáticas tornaram-se mais frequentes e com maiores proporções de desastres. Por tanto, é imperativo que novas formas de exploração dos recursos naturais sejam incorporadas pelos diversos setores econômicos, diminuindo, minimizando e/ou mitigando os impactos negativos à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos. Este trabalho avaliou os relatórios socioambientais de todos os empreendimentos que permaneceram listados nos Índices de Sustentabilidade Empresarial da bolsa de valores de São Paulo entre 2005 e 2014, analisando se os empreendimentos reconhecidos como os detentores das melhores práticas sustentáveis contribuem, voluntariamente, para a conservação, recuperação e manutenção dos serviços ecossistêmicos nos biomas e regiões hidrográficas onde estão instalados. As coletas e as análises de dados foram realizadas através da metodologia da certificação LIFE (Lasting Initiative For Earth), que qualifica e quantifica os impactos ambientais negativos à biodiversidade ocasionados pelos processos produtivos de empreendimentos de qualquer porte ou setor. A metodologia LIFE também qualifica e quantifica as ações de conservação que os empreendimentos desenvolvem e, principalmente, indica quais são as ações conservacionistas que deverão ser desenvolvidas para minimizar e/ou mitigar, minimamente, os impactos ambientais ocasionados aos ecossistemas por meio dos processos produtivos. Das 11 empresas avaliadas, 10 não desenvolvem ações de conservação suficientes para mitigarem os impactos ambientais nos biomas e regiões hidrográficas a que pertencem, mesmo sendo sete delas diretamente dependentes dos serviços ecossistêmicos. Apenas a empresa E9, do setor florestal (Papel e Celulose), mitigou os impactos e reconheceu que as ações conservacionistas privilegiam e favorecem o desenvolvimento de suas atividades produtivas e na qualidade de seus produtos. Todas as demais empresas listadas no ISE, avaliadas neste estudo, demonstraram que não desenvolveram, voluntariamente, ações conservacionistas que minimizem e/ou mitiguem impactos ambientais à biodiversidade com o intuito de manterem e restaurarem os serviços ecológicos dos quais se beneficiam. Propõe-se, então, que a metodologia da certificação LIFE pode ser utilizada como um instrumento adicional de gestão ambiental, auxiliando empresas a fortalecerem seus posicionamentos de sustentabilidade frente à bolsa de valores paulista e aos demais stakeholders. |
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Conservação da biodiversidade por empresas de capital aberto: uma análise através da metodologia LIFEBiodiversity conservation by open capital companies: an analysis through the LIFE certification methodologyÁreas protegidaBM&FBOVESPABovespaCarteira ISECertificação LIFEEcosystem servicesISE portfolioLIFE CertificationProtected areasServiços ecossistêmicosA antropização dos ambientes naturais vem ocasionando efeitos adversos aos sistemas ecológicos, acelerando a perda da biodiversidade. Como resultado, as alterações climáticas tornaram-se mais frequentes e com maiores proporções de desastres. Por tanto, é imperativo que novas formas de exploração dos recursos naturais sejam incorporadas pelos diversos setores econômicos, diminuindo, minimizando e/ou mitigando os impactos negativos à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos. Este trabalho avaliou os relatórios socioambientais de todos os empreendimentos que permaneceram listados nos Índices de Sustentabilidade Empresarial da bolsa de valores de São Paulo entre 2005 e 2014, analisando se os empreendimentos reconhecidos como os detentores das melhores práticas sustentáveis contribuem, voluntariamente, para a conservação, recuperação e manutenção dos serviços ecossistêmicos nos biomas e regiões hidrográficas onde estão instalados. As coletas e as análises de dados foram realizadas através da metodologia da certificação LIFE (Lasting Initiative For Earth), que qualifica e quantifica os impactos ambientais negativos à biodiversidade ocasionados pelos processos produtivos de empreendimentos de qualquer porte ou setor. A metodologia LIFE também qualifica e quantifica as ações de conservação que os empreendimentos desenvolvem e, principalmente, indica quais são as ações conservacionistas que deverão ser desenvolvidas para minimizar e/ou mitigar, minimamente, os impactos ambientais ocasionados aos ecossistemas por meio dos processos produtivos. Das 11 empresas avaliadas, 10 não desenvolvem ações de conservação suficientes para mitigarem os impactos ambientais nos biomas e regiões hidrográficas a que pertencem, mesmo sendo sete delas diretamente dependentes dos serviços ecossistêmicos. Apenas a empresa E9, do setor florestal (Papel e Celulose), mitigou os impactos e reconheceu que as ações conservacionistas privilegiam e favorecem o desenvolvimento de suas atividades produtivas e na qualidade de seus produtos. Todas as demais empresas listadas no ISE, avaliadas neste estudo, demonstraram que não desenvolveram, voluntariamente, ações conservacionistas que minimizem e/ou mitiguem impactos ambientais à biodiversidade com o intuito de manterem e restaurarem os serviços ecológicos dos quais se beneficiam. Propõe-se, então, que a metodologia da certificação LIFE pode ser utilizada como um instrumento adicional de gestão ambiental, auxiliando empresas a fortalecerem seus posicionamentos de sustentabilidade frente à bolsa de valores paulista e aos demais stakeholders.Anthropization of natural environments has caused adverse effects to ecological systems, accelerating the loss of biodiversity. As a result, climate change has become more frequent with bigger disaster proportions. Therefore, it is imperative that new forms of exploitation of natural resources are incorporated into the various economic sectors, reducing, minimizing and/or mitigating the negative impacts on biodiversity and ecosystem services. This study evaluated the social environmental reports of all companies that remained listed in the Corporate Sustainability Index (ISE portfolio in Portuguese) of the São Paulo Stock Exchange between 2005 and 2014, analyzing whether the recognized enterprises as holders of the best sustainable practices contribute voluntarily to the conservation, recovery and maintenance of ecosystem services in the biomes and hydrographic regions where they are installed. The data collection and analysis were realized with LIFE Certification methodology (Lasting Initiative For Earth), which qualifies and quantifies the negative environmental impacts on biodiversity caused by the production processes of enterprises of any size or sector. The LIFE methodology also qualifies and quantifies conservation actions that enterprises develop and mainly indicates what the conservation actions that should be developed to minimize and/or mitigate, minimally, the environmental impacts caused to ecosystems by means of production processes. 11 companies from 10 analyzed do not develop sufficient conservation actions to mitigate the environmental impacts in the biomes and hydrographic regions to which they belong, even though seven of them directly dependent on ecosystem services. Just E9 company, forestry sector (Cellulose and Paper), mitigated the impacts and recognized that conservation actions emphasize and promote the development of productive activities and the quality of its products. All other companies listed on the ISE, evaluated in this study showed that no developed voluntarily conservation actions to minimize and/or mitigate environmental impacts to biodiversity in order to maintain and restore the ecological services that benefit. It is proposed therefore that the LIFE certification methodology can be used as an additional tool for environmental management, helping companies strengthen their positions facing the sustainability of the São Paulo stock exchange and other stakeholders.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMagro, Teresa CristinaReale, Ricardo2016-07-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-03102016-174101/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:48Zoai:teses.usp.br:tde-03102016-174101Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A antropização dos ambientes naturais vem ocasionando efeitos adversos aos sistemas ecológicos, acelerando a perda da biodiversidade. Como resultado, as alterações climáticas tornaram-se mais frequentes e com maiores proporções de desastres. Por tanto, é imperativo que novas formas de exploração dos recursos naturais sejam incorporadas pelos diversos setores econômicos, diminuindo, minimizando e/ou mitigando os impactos negativos à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos. Este trabalho avaliou os relatórios socioambientais de todos os empreendimentos que permaneceram listados nos Índices de Sustentabilidade Empresarial da bolsa de valores de São Paulo entre 2005 e 2014, analisando se os empreendimentos reconhecidos como os detentores das melhores práticas sustentáveis contribuem, voluntariamente, para a conservação, recuperação e manutenção dos serviços ecossistêmicos nos biomas e regiões hidrográficas onde estão instalados. As coletas e as análises de dados foram realizadas através da metodologia da certificação LIFE (Lasting Initiative For Earth), que qualifica e quantifica os impactos ambientais negativos à biodiversidade ocasionados pelos processos produtivos de empreendimentos de qualquer porte ou setor. A metodologia LIFE também qualifica e quantifica as ações de conservação que os empreendimentos desenvolvem e, principalmente, indica quais são as ações conservacionistas que deverão ser desenvolvidas para minimizar e/ou mitigar, minimamente, os impactos ambientais ocasionados aos ecossistemas por meio dos processos produtivos. Das 11 empresas avaliadas, 10 não desenvolvem ações de conservação suficientes para mitigarem os impactos ambientais nos biomas e regiões hidrográficas a que pertencem, mesmo sendo sete delas diretamente dependentes dos serviços ecossistêmicos. Apenas a empresa E9, do setor florestal (Papel e Celulose), mitigou os impactos e reconheceu que as ações conservacionistas privilegiam e favorecem o desenvolvimento de suas atividades produtivas e na qualidade de seus produtos. Todas as demais empresas listadas no ISE, avaliadas neste estudo, demonstraram que não desenvolveram, voluntariamente, ações conservacionistas que minimizem e/ou mitiguem impactos ambientais à biodiversidade com o intuito de manterem e restaurarem os serviços ecológicos dos quais se beneficiam. Propõe-se, então, que a metodologia da certificação LIFE pode ser utilizada como um instrumento adicional de gestão ambiental, auxiliando empresas a fortalecerem seus posicionamentos de sustentabilidade frente à bolsa de valores paulista e aos demais stakeholders. |
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