Produção embrionária, perfil endócrino, metabólico e molecular de vacas holandesas não-lactantes recebendo dieta à base de milho ou polpa cítrica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-28092016-185052/ |
Resumo: | A nutrição é um dos principais fatores que afetam a eficiência reprodutiva por influenciar o crescimento, maturação e capacidade ovulatória do folículo bem como o perfil e estado metabólico do animal, gerando cenários que prejudicam ou corroboram o desenvolvimento e estabelecimento da prenhez. Diferentes fontes energéticas utilizadas na nutrição são capazes de alterar os padrões de fermentação ruminal e causar respostas endócrinas distintas. A partir disso, os objetivos desse estudo foram avaliar de que forma duas fontes energéticas da dieta influenciam a produção embrionária, a expressão gênica de enzimas hepáticas que metabolizam progesterona (P4) e a insulinemia. Em um delineamento em crossover, 22 vacas holandesas não lactantes e não gestantes foram distribuídas em dois grupos: um recebendo milho e outro polpa cítrica como fonte de energia da dieta. A quantidade de alimento fornecida foi de 1,3% do peso corporal em matéria seca por dia. O estudo foi composto por dois períodos de 71 dias de duração e em cada um deles foram realizadas duas superovulações (aos 35 e aos 70 dias) e uma biópsia hepática (aos 71 dias). Amostras sanguíneas foram colhidas imediatamente antes do fornecimento do alimento e 4 horas após, em dias pré-determinados, para dosagem de glicose, insulina e P4. Ao final do estudo as vacas passaram por teste de tolerância à glicose (TTG). Foi quantificada a expressão gênica de enzimas que metabolizam a P4 por RT-qPCR. A análise estatística foi realizada por meio de regressão logística pelo Proc MIXED do SAS 9.3. Os dados de expressão gênica foram avaliados por meio de delta CT. Imediatamente antes do fornecimento do alimento, a insulina circulante foi maior para o grupo milho (P < 0,01) e a P4 circulante foi maior para o grupo polpa cítrica (P < 0,01). Quatro horas após a alimentação, a P4 foi igual entre os tratamentos. A relação da P4 circulante na hora 4 e 0 foi maior para o grupo milho (P < 0,01). Tanto a glicose basal como o Homa-IR (Homeostasis model assessment of insulin resistance) foram maiores para o grupo milho. No TTG, o grupo milho apresentou maior pico de glicose no momento 5 minutos, maior taxa de decaimento da glicose (P = 0,01) e menor tempo de meia vida da glicose (P = 0,05). Não houve efeito de tratamento na resposta superestimulatoria, superovulatória, produção de embriões e na expressão gênica das enzimas que metabolizam a P4, mas as superovulações realizadas aos 70 dias produziram embriões de qualidade inferior em relação às realizadas aos 35 dias, independente de tratamento. Conclui-se que, embora tenha sido possível alterar a insulina circulante através da dieta, a quantidade e qualidade de embriões produzidos não foram alteradas. O aumento pós-prandial da P4 circulante não foi relacionado a menor expressão gênica das enzimas hepáticas que metabolizam a P4. |
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Produção embrionária, perfil endócrino, metabólico e molecular de vacas holandesas não-lactantes recebendo dieta à base de milho ou polpa cítricaEmbryo production, endocrine, metabolic and molecular profiles of non-lactating Holstein cows fed diets based on corn or citrus pulpCatabolismo hepáticoEmbriãoEmbryoHepatic catabolismInsulinInsulinaProgesteronaProgesteroneA nutrição é um dos principais fatores que afetam a eficiência reprodutiva por influenciar o crescimento, maturação e capacidade ovulatória do folículo bem como o perfil e estado metabólico do animal, gerando cenários que prejudicam ou corroboram o desenvolvimento e estabelecimento da prenhez. Diferentes fontes energéticas utilizadas na nutrição são capazes de alterar os padrões de fermentação ruminal e causar respostas endócrinas distintas. A partir disso, os objetivos desse estudo foram avaliar de que forma duas fontes energéticas da dieta influenciam a produção embrionária, a expressão gênica de enzimas hepáticas que metabolizam progesterona (P4) e a insulinemia. Em um delineamento em crossover, 22 vacas holandesas não lactantes e não gestantes foram distribuídas em dois grupos: um recebendo milho e outro polpa cítrica como fonte de energia da dieta. A quantidade de alimento fornecida foi de 1,3% do peso corporal em matéria seca por dia. O estudo foi composto por dois períodos de 71 dias de duração e em cada um deles foram realizadas duas superovulações (aos 35 e aos 70 dias) e uma biópsia hepática (aos 71 dias). Amostras sanguíneas foram colhidas imediatamente antes do fornecimento do alimento e 4 horas após, em dias pré-determinados, para dosagem de glicose, insulina e P4. Ao final do estudo as vacas passaram por teste de tolerância à glicose (TTG). Foi quantificada a expressão gênica de enzimas que metabolizam a P4 por RT-qPCR. A análise estatística foi realizada por meio de regressão logística pelo Proc MIXED do SAS 9.3. Os dados de expressão gênica foram avaliados por meio de delta CT. Imediatamente antes do fornecimento do alimento, a insulina circulante foi maior para o grupo milho (P < 0,01) e a P4 circulante foi maior para o grupo polpa cítrica (P < 0,01). Quatro horas após a alimentação, a P4 foi igual entre os tratamentos. A relação da P4 circulante na hora 4 e 0 foi maior para o grupo milho (P < 0,01). Tanto a glicose basal como o Homa-IR (Homeostasis model assessment of insulin resistance) foram maiores para o grupo milho. No TTG, o grupo milho apresentou maior pico de glicose no momento 5 minutos, maior taxa de decaimento da glicose (P = 0,01) e menor tempo de meia vida da glicose (P = 0,05). Não houve efeito de tratamento na resposta superestimulatoria, superovulatória, produção de embriões e na expressão gênica das enzimas que metabolizam a P4, mas as superovulações realizadas aos 70 dias produziram embriões de qualidade inferior em relação às realizadas aos 35 dias, independente de tratamento. Conclui-se que, embora tenha sido possível alterar a insulina circulante através da dieta, a quantidade e qualidade de embriões produzidos não foram alteradas. O aumento pós-prandial da P4 circulante não foi relacionado a menor expressão gênica das enzimas hepáticas que metabolizam a P4.Nutrition is one of the main factors affecting reproductive efficiency by influencing the growth, maturation and ovulatory capacity of the follicle and metabolic status of the animal, leading to scenarios that impair or corroborate the development and establishment of pregnancy. Different energy sources in the composition of the diet can alter ruminal fermentation patterns and cause different endocrine responses. The objectives of this study were to evaluate how two different energy sources in the diet can influence embryo production, gene expression of liver enzymes that metabolize progesterone (P4) and circulating insulin. In a crossover design, 22 non-lactating and non-pregnant Holstein cows were allocated into two groups: one receiving corn and other receiving citrus pulp as the energy supply of the diet. The amount of feed provided was 1.3% of body weight of dry matter per day. The study consisted of two 71-days periods and cows were superovulated twice on each period (at 35 and 70 days). Liver biopsy was performed after 71 days from the beginning of each replicate. Blood was sampled immediately before feeding and 4 hours later, at predetermined days, for measurement of glucose, insulin and P4. At the end of the study cows underwent a glucose tolerance test (GTT). Gene expression of liver enzymes that metabolize P4 was quantified by RT-qPCR. Statistical analysis was performed using logistic regression of Proc Mixed of SAS 9.3. Gene expression data were evaluated using delta CT. Immediately before feeding, the circulating insulin was greater for the corn group (P < 0.01) and circulating P4 was greater for the citrus pulp group (P < 0.01). Four hours after feeding, circulating P4 was similar. The relationship of circulating P4 between hour 4 and 0 was greater for the corn group (P < 0.01). Both basal circulating glucose and HOMA-IR (Homeostasis model assessment of insulin resistance) were greater for the corn group. The corn group had also greater glucose peak at the time 5 minutes of the GTT, greater glucose rate of decay (P = 0.01) and a shorter half-life of glucose (P = 0.05). There was no treatment effect on superstimulatory and superovulatory response, on embryo production and on gene expression of liver enzymes that metabolize P4. However, superovulations performed at 70 days produced lower embryo quality compared to those performed at 35 days, regardless of treatment. In conclusion, although it was possible to change circulating insulin by feeding different diets, the quantity and quality of embryos produced were not affected by the diets. The postprandial increase in circulating P4 was not associated with altered gene expression of hepatic enzymes that metabolize P4.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSartori Filho, RobertoSpies, Camila2016-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-28092016-185052/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:03:48Zoai:teses.usp.br:tde-28092016-185052Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:03:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A nutrição é um dos principais fatores que afetam a eficiência reprodutiva por influenciar o crescimento, maturação e capacidade ovulatória do folículo bem como o perfil e estado metabólico do animal, gerando cenários que prejudicam ou corroboram o desenvolvimento e estabelecimento da prenhez. Diferentes fontes energéticas utilizadas na nutrição são capazes de alterar os padrões de fermentação ruminal e causar respostas endócrinas distintas. A partir disso, os objetivos desse estudo foram avaliar de que forma duas fontes energéticas da dieta influenciam a produção embrionária, a expressão gênica de enzimas hepáticas que metabolizam progesterona (P4) e a insulinemia. Em um delineamento em crossover, 22 vacas holandesas não lactantes e não gestantes foram distribuídas em dois grupos: um recebendo milho e outro polpa cítrica como fonte de energia da dieta. A quantidade de alimento fornecida foi de 1,3% do peso corporal em matéria seca por dia. O estudo foi composto por dois períodos de 71 dias de duração e em cada um deles foram realizadas duas superovulações (aos 35 e aos 70 dias) e uma biópsia hepática (aos 71 dias). Amostras sanguíneas foram colhidas imediatamente antes do fornecimento do alimento e 4 horas após, em dias pré-determinados, para dosagem de glicose, insulina e P4. Ao final do estudo as vacas passaram por teste de tolerância à glicose (TTG). Foi quantificada a expressão gênica de enzimas que metabolizam a P4 por RT-qPCR. A análise estatística foi realizada por meio de regressão logística pelo Proc MIXED do SAS 9.3. Os dados de expressão gênica foram avaliados por meio de delta CT. Imediatamente antes do fornecimento do alimento, a insulina circulante foi maior para o grupo milho (P < 0,01) e a P4 circulante foi maior para o grupo polpa cítrica (P < 0,01). Quatro horas após a alimentação, a P4 foi igual entre os tratamentos. A relação da P4 circulante na hora 4 e 0 foi maior para o grupo milho (P < 0,01). Tanto a glicose basal como o Homa-IR (Homeostasis model assessment of insulin resistance) foram maiores para o grupo milho. No TTG, o grupo milho apresentou maior pico de glicose no momento 5 minutos, maior taxa de decaimento da glicose (P = 0,01) e menor tempo de meia vida da glicose (P = 0,05). Não houve efeito de tratamento na resposta superestimulatoria, superovulatória, produção de embriões e na expressão gênica das enzimas que metabolizam a P4, mas as superovulações realizadas aos 70 dias produziram embriões de qualidade inferior em relação às realizadas aos 35 dias, independente de tratamento. Conclui-se que, embora tenha sido possível alterar a insulina circulante através da dieta, a quantidade e qualidade de embriões produzidos não foram alteradas. O aumento pós-prandial da P4 circulante não foi relacionado a menor expressão gênica das enzimas hepáticas que metabolizam a P4. |
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