Consórcio modular e condomínio industrial: elementos para análise de novas configurações produtivas na indústria automobilística.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Ana Valéria Carneiro
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-26082008-152248/
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar dos novos arranjos produtivos encontrados na indústria automobilística brasileira - o consórcio modular e o condomínio industrial. Essas novas configurações envolvem novas formas de relacionamento entre montadoras e fornecedores: no condomínio industrial, fornecedores de primeiro nível constroem instalações próximas às plantas da montadora, em alguns casos no mesmo terreno, de onde partem entregas de componentes ou subconjuntos em esquema just in time ou just in time seqüenciado. No consórcio modular, os fornecedores de primeiro nível e a montadora operam sob um mesmo edifício, e toda a montagem do veículo é realizada pelos fornecedores - ou \"parceiros\". A montadora não possui mão-de-obra direta e os investimentos são compartilhados. Discutimos, neste trabalho, os \"comos e porquês\" de tais arranjos: que lógicas levam ao surgimento dos consórcios e condomínios; que produtos e empresas fornecedoras são escolhidos como participantes; que vantagens e desvantagens podem ser obtidas para montadoras e fornecedores. Como pano de fundo, mostramos as políticas globais de escolha de fornecedores adotadas pelas montadoras nos anos 90 - o global e o follow sourcing. Como conclusão geral, temos que tais arranjos são frutos de uma lógica de redução de custos via melhoria da cadeia de suprimentos; que, em geral, como os condomínios e consórcios as montadoras podem obter muitas vantagens de curto prazo, enquanto as maiores vantagens para os fornecedores serão alcançadas em prazos mais longos; que a questão do poder das montadoras na cadeia produtiva é central, porque elas coordenam toda a formação dos arranjos, definindo quem e como participa; e que, devido às características intrínsecas a tais configurações, cada vez mais os fornecimentos diretos são restritos a empresas multinacionais, deslocando as empresas nacionais a posições mais afastadas do topo da cadeia produtiva.
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