O sofrimento na Genealogia da Moral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Gabriela Ferraz
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26062024-190454/
Resumo: A dissertação irá analisar a vontade de nada como um elemento central do niilismo passivo que deve ser substituído por um niilismo ativo para que uma religião do sim possa vir a tona. A vontade de nada se vincula ao problema do sofrimento, no qual a vida passa a ser condenada, já que o sofrimento é entendido como um elemento indesejado. Desta forma a vontade de nada somente seria superada através de uma reinterpretação do sofrimento, de modo que o mesmo deixe de ser associado com um elemento negativo. Esta reavaliação do sofrimento dependerá fundamentalmente da vontade de poder, que vincula indissociavelmente a vontade à dor, já que o prazer passará a ser entendido como uma superação de resistências. Neste sentido a vontade de nada deve ser substituída pela vontade de poder, em que o sujeito libera a sua força no mundo ao perder o medo da dor causada pelas resistências. Desta forma a vontade de poder reinterpreta o desejo, ao superar a tradicional associação schopenhaueriana entre desejo e carência, ao filiar o desejo à alegria (Birault, 1967). A vinculação entre desejo e alegria conduz à um amor ao destino, no qual o individuo se liberta da culpa que teria funcionado como único sentido para o sofrer até o momento. Como pontua Giacóia (2013), somente os indivíduos fortalecidos seriam capazes de amar as condições positivas e negativas da vida, já que não operaram sobre a tutela do ressentimento ao estarem sob a guarda da gratidão. Seria justamente por conta disso que somente os indivíduos fortalecidos teriam amor fati no qual se supera o nojo para com a vida. Tendo isso em mente a dissertação irá analisar os seguintes temas; i) a vontade como carência, ii) a interpretação do sofrimento com o intuito de evitar o niilismo suicida, iii) o ressentimento, iv) exaustão fisiológica e a falta de libido, v) o nada querer e por fim vi) a vontade de nada
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