O sofrimento na Genealogia da Moral
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26062024-190454/ |
Resumo: | A dissertação irá analisar a vontade de nada como um elemento central do niilismo passivo que deve ser substituído por um niilismo ativo para que uma religião do sim possa vir a tona. A vontade de nada se vincula ao problema do sofrimento, no qual a vida passa a ser condenada, já que o sofrimento é entendido como um elemento indesejado. Desta forma a vontade de nada somente seria superada através de uma reinterpretação do sofrimento, de modo que o mesmo deixe de ser associado com um elemento negativo. Esta reavaliação do sofrimento dependerá fundamentalmente da vontade de poder, que vincula indissociavelmente a vontade à dor, já que o prazer passará a ser entendido como uma superação de resistências. Neste sentido a vontade de nada deve ser substituída pela vontade de poder, em que o sujeito libera a sua força no mundo ao perder o medo da dor causada pelas resistências. Desta forma a vontade de poder reinterpreta o desejo, ao superar a tradicional associação schopenhaueriana entre desejo e carência, ao filiar o desejo à alegria (Birault, 1967). A vinculação entre desejo e alegria conduz à um amor ao destino, no qual o individuo se liberta da culpa que teria funcionado como único sentido para o sofrer até o momento. Como pontua Giacóia (2013), somente os indivíduos fortalecidos seriam capazes de amar as condições positivas e negativas da vida, já que não operaram sobre a tutela do ressentimento ao estarem sob a guarda da gratidão. Seria justamente por conta disso que somente os indivíduos fortalecidos teriam amor fati no qual se supera o nojo para com a vida. Tendo isso em mente a dissertação irá analisar os seguintes temas; i) a vontade como carência, ii) a interpretação do sofrimento com o intuito de evitar o niilismo suicida, iii) o ressentimento, iv) exaustão fisiológica e a falta de libido, v) o nada querer e por fim vi) a vontade de nada |
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O sofrimento na Genealogia da MoralThe problem of suffering in the Genealogy of MoralsAscetic idealGenealogia da MoralGenealogy of MoralsIdeal ascéticoNietzscheNietzscheSofrimentoSufferingA dissertação irá analisar a vontade de nada como um elemento central do niilismo passivo que deve ser substituído por um niilismo ativo para que uma religião do sim possa vir a tona. A vontade de nada se vincula ao problema do sofrimento, no qual a vida passa a ser condenada, já que o sofrimento é entendido como um elemento indesejado. Desta forma a vontade de nada somente seria superada através de uma reinterpretação do sofrimento, de modo que o mesmo deixe de ser associado com um elemento negativo. Esta reavaliação do sofrimento dependerá fundamentalmente da vontade de poder, que vincula indissociavelmente a vontade à dor, já que o prazer passará a ser entendido como uma superação de resistências. Neste sentido a vontade de nada deve ser substituída pela vontade de poder, em que o sujeito libera a sua força no mundo ao perder o medo da dor causada pelas resistências. Desta forma a vontade de poder reinterpreta o desejo, ao superar a tradicional associação schopenhaueriana entre desejo e carência, ao filiar o desejo à alegria (Birault, 1967). A vinculação entre desejo e alegria conduz à um amor ao destino, no qual o individuo se liberta da culpa que teria funcionado como único sentido para o sofrer até o momento. Como pontua Giacóia (2013), somente os indivíduos fortalecidos seriam capazes de amar as condições positivas e negativas da vida, já que não operaram sobre a tutela do ressentimento ao estarem sob a guarda da gratidão. Seria justamente por conta disso que somente os indivíduos fortalecidos teriam amor fati no qual se supera o nojo para com a vida. Tendo isso em mente a dissertação irá analisar os seguintes temas; i) a vontade como carência, ii) a interpretação do sofrimento com o intuito de evitar o niilismo suicida, iii) o ressentimento, iv) exaustão fisiológica e a falta de libido, v) o nada querer e por fim vi) a vontade de nadaThe dissertation will analyze the will to nothing as the central element of passive nihilism that must be substituted by the active nihilism for an affirmative religion to arise. The will to nothingness is associated with the problem of suffering, in which life is condemned because suffering is understood as undesirable. In this sense the will to nothing will be overcome by the reinterpretation of suffering so that it stops being associated with something negative. This revaluation of suffering depends on the will to power in which pain and suffering become indissociable, because pleasure depends on the resilience to resistance and suffering. In this sense the will to nothingness must be substituted by the will to power in which the subject releases his strength in the world, because the subject has lost his fear of resistances. In this sense the will to power reinterprets desire, overcoming the traditional Schopenhauerian association between desire and deprivation, when it affiliates desire with joy (Birault, 1967). The association of desire and happiness leads to a love of destiny, in which the individual is relived of guilt, which is the traditional ascetic interpretation of suffering. According to Giacóia (2013), the strong individuals would be the only human type that loves the positive and negative conditions of life, because they do not operate in the regime of resentment, because they have gratitude. Because of this, only the healthy and the strong individuals will be able to have amor fati that overcomes the disgust with life. Having this context in mind this dissertation will analyze the following concepts: i) desire as deprivation, ii) the interpretation of suffering to avoid suicidal nihilism, iii) resentment, iv) physiological extenuation or lack of libido, v) the lack of will and finally vi) the will to nothingnessBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrandão, EduardoCosta, Gabriela Ferraz2023-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-26062024-190454/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-16T20:00:02Zoai:teses.usp.br:tde-26062024-190454Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-16T20:00:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A dissertação irá analisar a vontade de nada como um elemento central do niilismo passivo que deve ser substituído por um niilismo ativo para que uma religião do sim possa vir a tona. A vontade de nada se vincula ao problema do sofrimento, no qual a vida passa a ser condenada, já que o sofrimento é entendido como um elemento indesejado. Desta forma a vontade de nada somente seria superada através de uma reinterpretação do sofrimento, de modo que o mesmo deixe de ser associado com um elemento negativo. Esta reavaliação do sofrimento dependerá fundamentalmente da vontade de poder, que vincula indissociavelmente a vontade à dor, já que o prazer passará a ser entendido como uma superação de resistências. Neste sentido a vontade de nada deve ser substituída pela vontade de poder, em que o sujeito libera a sua força no mundo ao perder o medo da dor causada pelas resistências. Desta forma a vontade de poder reinterpreta o desejo, ao superar a tradicional associação schopenhaueriana entre desejo e carência, ao filiar o desejo à alegria (Birault, 1967). A vinculação entre desejo e alegria conduz à um amor ao destino, no qual o individuo se liberta da culpa que teria funcionado como único sentido para o sofrer até o momento. Como pontua Giacóia (2013), somente os indivíduos fortalecidos seriam capazes de amar as condições positivas e negativas da vida, já que não operaram sobre a tutela do ressentimento ao estarem sob a guarda da gratidão. Seria justamente por conta disso que somente os indivíduos fortalecidos teriam amor fati no qual se supera o nojo para com a vida. Tendo isso em mente a dissertação irá analisar os seguintes temas; i) a vontade como carência, ii) a interpretação do sofrimento com o intuito de evitar o niilismo suicida, iii) o ressentimento, iv) exaustão fisiológica e a falta de libido, v) o nada querer e por fim vi) a vontade de nada |
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