Encontros com Sapopemba: coletivos em movimento produzindo vida e saúde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-23122022-145843/ |
Resumo: | A minha trajetória de vida como docente me inquietou e me inquieta por perceber inúmeras lacunas no processo de ensino na comunidade. E é tentando desvelar esses elementos que me propus durante o doutorado estudar os encontros possíveis dentro do território que possibilitam entender as práticas de produção de saúde para além do serviço de saúde e da visita domiciliar. As perguntas centrais desta pesquisa são: há encontros produtores de saúde nos territórios? Como encontrá-los? Quem produz esses encontros? Como esses encontros são produzidos? O que se produz nesses encontros? Quais os efeitos produzidos por esses encontros? A produção de saúde é considerada uma transversal da vida e codetermina a ação: produzir saúde é produzir vida e subjetividades, que instituem novas maneiras de vida e se dá de modo coletivo e cooperativo, entre sujeitos, e se faz numa rede de relações que exigem interação e diálogo permanentes. Por isso pretendemos, com essa tese, encontrar espaços coletivos de luta e resistência no território de Sapopemba, identificar as estratégias utilizadas pelos coletivos que mobilizam a comunidade, entender as relações que são produzidas e compartilhadas e os efeitos e afetos produzidos. E com isso apontar a capacidade da mobilização comunitária e do encontro para se aumentar a potência de vida das pessoas, produzindo lugares saudáveis em contextos de experiências coletivas e comunitárias. De acordo como o delineamento, caracteriza-se como documental e de campo. A técnica utilizada para o levantamento de dados foi o diário de campo e as narrativas dos sujeitos entrevistados. As narrativas foram transcritas literalmente e analisadas. O cenário foi o Distrito de Sapopemba e as organizações populares (coletivos e associações) que mobilizam a comunidade a partir de suas pautas reivindicatórias. Os sujeitos da pesquisa foram as lideranças comunitárias e outros sujeitos sociais que participam ou participaram das atividades dos coletivos. Para me aproximar dos coletivos, fiz contato por e-mail, ligação telefônica, whatsapp, direct, messenger, lives e presencialmente. Utilizamos a técnica de entrevistas narrativas semiestruturadas, técnica que se apoia na memória dos indivíduos e leva em consideração a intensidade e as características de suas vivências em função do contexto sociocultural, dos indícios. Identificamos a produção de saúde em vários espaços no território, nos coletivos e associações. As pessoas que conseguem acessar esses espaços vivem uma experiência de existir coletivamente, de pensar sobre outras formas de existência mais cooperativa e menos egocêntricos. Partindo da ideia que pode se ampliar a potência de vida a partir dos encontros conseguimos identificar no território várias espaço onde as pessoas se encontram, estabelecem momentos de falas e de escuta e se organizam para resolução de problemas de forma coletiva. Esses encontros fazem com que as pessoas aumentem a sua potência de agir e de viver, porque a partir das falas se percebe que afetos de alegria são produzidos. |
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A produção de saúde é considerada uma transversal da vida e codetermina a ação: produzir saúde é produzir vida e subjetividades, que instituem novas maneiras de vida e se dá de modo coletivo e cooperativo, entre sujeitos, e se faz numa rede de relações que exigem interação e diálogo permanentes. Por isso pretendemos, com essa tese, encontrar espaços coletivos de luta e resistência no território de Sapopemba, identificar as estratégias utilizadas pelos coletivos que mobilizam a comunidade, entender as relações que são produzidas e compartilhadas e os efeitos e afetos produzidos. E com isso apontar a capacidade da mobilização comunitária e do encontro para se aumentar a potência de vida das pessoas, produzindo lugares saudáveis em contextos de experiências coletivas e comunitárias. De acordo como o delineamento, caracteriza-se como documental e de campo. A técnica utilizada para o levantamento de dados foi o diário de campo e as narrativas dos sujeitos entrevistados. As narrativas foram transcritas literalmente e analisadas. O cenário foi o Distrito de Sapopemba e as organizações populares (coletivos e associações) que mobilizam a comunidade a partir de suas pautas reivindicatórias. Os sujeitos da pesquisa foram as lideranças comunitárias e outros sujeitos sociais que participam ou participaram das atividades dos coletivos. Para me aproximar dos coletivos, fiz contato por e-mail, ligação telefônica, whatsapp, direct, messenger, lives e presencialmente. Utilizamos a técnica de entrevistas narrativas semiestruturadas, técnica que se apoia na memória dos indivíduos e leva em consideração a intensidade e as características de suas vivências em função do contexto sociocultural, dos indícios. Identificamos a produção de saúde em vários espaços no território, nos coletivos e associações. As pessoas que conseguem acessar esses espaços vivem uma experiência de existir coletivamente, de pensar sobre outras formas de existência mais cooperativa e menos egocêntricos. Partindo da ideia que pode se ampliar a potência de vida a partir dos encontros conseguimos identificar no território várias espaço onde as pessoas se encontram, estabelecem momentos de falas e de escuta e se organizam para resolução de problemas de forma coletiva. Esses encontros fazem com que as pessoas aumentem a sua potência de agir e de viver, porque a partir das falas se percebe que afetos de alegria são produzidos.My life trajectory as a teacher worried me and I am worried about perceiving countless gaps in the teaching process in the community. And it is trying to reveal these elements that I proposed during my doctorate to study the possible encounters within the territory that make it possible to understand health production practices beyond the health service and home visits. The central questions of this research are: are there meetings that produce health in the territories? How to find them? Who produces these meetings? How are these encounters produced? What happens in these meetings? What effects did these encounters produce? The production of health is considered a cross section of life and co-determines the action: to produce health is to produce life and subjectivities, which establish new ways of life and takes place collectively and cooperatively, between subjects, and is done in a network of relationships that require permanent interaction and dialogue. That is why we intend, with this thesis, to find collective spaces of struggle and resistance in the territory of Sapopemba, to identify the strategies used by the collectives that mobilize the community, to understand the relationships that are produced and shared and the effects and affections produced. And with that, pointing out the ability of community mobilization and meetings to increase people\'s life potential, producing healthy places in contexts of collective and community experiences. According to the design, it is characterized as documental and field. The technique used for data collection was the field diary and the narratives of the interviewed subjects. The narratives were transcribed literally and analyzed. The scenario was the District of Sapopemba and the popular organizations (collectives and associations) that mobilize the community based on their demands. The research subjects were community leaders and other social subjects who participate or participated in the activities of the collectives. To get closer to the collectives, I made contact via email, phone call, whatsapp, direct, messenger, lives and in person. We used the technique of semi-structured narrative interviews, a technique that is based on the memory of individuals and takes into account the intensity and characteristics of their experiences in terms of the sociocultural context, of the evidence. We identified health production in various spaces in the territory, in collectives and associations. People who manage to access these spaces live an experience of existing collectively, of thinking about other forms of existence that are more cooperative and less egocentric. Starting from the idea that the power of life can be expanded from the encounters, we were able to identify in the territory several spaces where people meet, establish moments of speech and listening and organize themselves to solve problems collectively. These encounters make people increase their power to act and live, because from the speeches it is perceived that feelings of joy are produced.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAkerman, MarcoPacheco, Rosiane Dantas2022-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-23122022-145843/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-12-23T17:00:44Zoai:teses.usp.br:tde-23122022-145843Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-12-23T17:00:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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