Efeitos do treinamento resistido sobre a regulação autonômica e a função cardiovascular em indivíduos com doença de parkinson
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-25082016-083239/ |
Resumo: | A doença de Parkinson (DP) caracteriza-se por alterações deletérias no controle motor e, comumente, também produz prejuízos na regulação autonômica e função cardiovascular. O treinamento resistido traz benefícios motores para estes indivíduos, mas seus efeitos autonômicos e cardiovasculares ainda são desconhecidos. Assim, esta tese avaliou os efeitos do treinamento resistido sobre a regulação autonômica e a função cardiovascular de indivíduos com DP, comparando-os a indivíduos sem DP. Para tanto, 17 indivíduos sem DP (SDP, 67±10 anos) e 27 com DP (65±8 anos, estágios II-III da escala de Hoehn e Yahr modificado, estado \"on\" da medicação) foram estudados. Os indivíduos sem DP foram avaliados uma única vez e os com DP foram divididos aleatoriamente em dois grupos, grupo controle (DPCO: n=12) e treinamento resistido (DPTR: n=15 - 2 sessões/semana, 5 exercícios, 2-4 séries, 12-6 RM), e foram avaliados no início e no final das 12 semanas do estudo. No início do estudo, os indivíduos com DP apresentaram menor modulação parassimpática e maior modulação simpática e balanço simpatovagal cardíacos em repouso, além de pior resposta cardiovascular ao teste de se levantar e à manobra de Valsalva que os indivíduos sem DP. Ademais, apresentaram maior pressão arterial na posição deitada, maior débito cardíaco e menor resistência vascular periférica na posição sentada, menor descenso noturno da pressão arterial sistólica, maior frequência cardíaca de 24 horas e sono, e respostas cardiovasculares atenuadas ao exercício máximo. O treinamento resistido, no grupo DPTR, aumentou a força dinâmica máxima (88±23 vs. 108±27 kg, P < 0,05) e diminuiu a modulação simpática cardíaca (banda de baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca - deitado: 61±17 vs. 47±20 un; sentado: 60±11 vs. 46±15 un, P < 0,05) e a queda da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar (-14±11 vs. -6±10 mmHg, P < 0,05), enquanto que nenhuma alteração foi observada no grupo DPCO. Nos demais parâmetros avaliados, não houve nenhum efeito do treinamento nos indivíduos com DP. Após as 12 semanas de estudo, o grupo DPTR apresentou modulação simpática cardíaca de repouso e resposta da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar semelhantes aos indivíduos SDP e menores que o grupo DPCO (banda de baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca - deitado: 47±20 e 45±9 vs. 63±10 un e sentado: 46±15 e 49±10 vs. 61±13 un; redução da pressão arterial sistólica - 6±10 e -1±10 vs. -11±9 mmHg, respectivamente, P < 0,05). Em conclusão, em indivíduos com DP, o treinamento resistido diminuiu a modulação autonômica simpática cardíaca em repouso e a redução da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar, igualando estas respostas às de indivíduos sem DP |
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Efeitos do treinamento resistido sobre a regulação autonômica e a função cardiovascular em indivíduos com doença de parkinsonEffects of resistance training on cardiovascular autonomic regulation and function in subjects with Parkinson\'s diseaseAutonomic nervous systemBlood pressureFrequência cardíacaHeart rateParkinsonismParkinsonismoPressão arterialSistema nervoso autonômicoStrength trainingTreinamento de forçaA doença de Parkinson (DP) caracteriza-se por alterações deletérias no controle motor e, comumente, também produz prejuízos na regulação autonômica e função cardiovascular. O treinamento resistido traz benefícios motores para estes indivíduos, mas seus efeitos autonômicos e cardiovasculares ainda são desconhecidos. Assim, esta tese avaliou os efeitos do treinamento resistido sobre a regulação autonômica e a função cardiovascular de indivíduos com DP, comparando-os a indivíduos sem DP. Para tanto, 17 indivíduos sem DP (SDP, 67±10 anos) e 27 com DP (65±8 anos, estágios II-III da escala de Hoehn e Yahr modificado, estado \"on\" da medicação) foram estudados. Os indivíduos sem DP foram avaliados uma única vez e os com DP foram divididos aleatoriamente em dois grupos, grupo controle (DPCO: n=12) e treinamento resistido (DPTR: n=15 - 2 sessões/semana, 5 exercícios, 2-4 séries, 12-6 RM), e foram avaliados no início e no final das 12 semanas do estudo. No início do estudo, os indivíduos com DP apresentaram menor modulação parassimpática e maior modulação simpática e balanço simpatovagal cardíacos em repouso, além de pior resposta cardiovascular ao teste de se levantar e à manobra de Valsalva que os indivíduos sem DP. Ademais, apresentaram maior pressão arterial na posição deitada, maior débito cardíaco e menor resistência vascular periférica na posição sentada, menor descenso noturno da pressão arterial sistólica, maior frequência cardíaca de 24 horas e sono, e respostas cardiovasculares atenuadas ao exercício máximo. O treinamento resistido, no grupo DPTR, aumentou a força dinâmica máxima (88±23 vs. 108±27 kg, P < 0,05) e diminuiu a modulação simpática cardíaca (banda de baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca - deitado: 61±17 vs. 47±20 un; sentado: 60±11 vs. 46±15 un, P < 0,05) e a queda da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar (-14±11 vs. -6±10 mmHg, P < 0,05), enquanto que nenhuma alteração foi observada no grupo DPCO. Nos demais parâmetros avaliados, não houve nenhum efeito do treinamento nos indivíduos com DP. Após as 12 semanas de estudo, o grupo DPTR apresentou modulação simpática cardíaca de repouso e resposta da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar semelhantes aos indivíduos SDP e menores que o grupo DPCO (banda de baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca - deitado: 47±20 e 45±9 vs. 63±10 un e sentado: 46±15 e 49±10 vs. 61±13 un; redução da pressão arterial sistólica - 6±10 e -1±10 vs. -11±9 mmHg, respectivamente, P < 0,05). Em conclusão, em indivíduos com DP, o treinamento resistido diminuiu a modulação autonômica simpática cardíaca em repouso e a redução da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar, igualando estas respostas às de indivíduos sem DPParkinson\'s disease (PD) is characterized by deleterious alterations in motor control, and it usually also presents with impairments on cardiovascular autonomic regulation and function. Resistance training promotes motor benefits in individuals with PD, but its autonomic and cardiovascular effects are still unknown. Thus, this thesis evaluated the effects of resistance training on cardiovascular autonomic regulation and function in subjects with PD, comparing them with subjects without PD. Seventeen subjects without PD (WPD, 67±10 years) and 27 with PD (65±8 years, stages II-III of modified Hoehn & Yahr scale, \"on\" state of medication) were studied. The subjects without PD were evaluated only once, while the subjects with PD were randomly divided into two groups, control (PDCO: n=12) and resistance training (PDRT: n=15 - 2 sessions/week, 5 exercises, 12-6 RM), and were evaluated at the beginning and after 12 weeks of study. At the beginning of the study, the subjects with PD presented, at rest, lower cardiac parasympathetic modulation and higher cardiac sympathetic modulation and sympathovagal balance as well as worse cardiovascular response to standing test and Valsalva Manoeuvre than individuals without PD. In addition, they had higher supine blood pressure, higher seated cardiac output, lower seated peripheral vascular resistance, lower nocturnal systolic blood pressure fall, higher 24 hours and nighttime heart rate and blunted cardiovascular responses to maximal exercise. Resistance training in the PDRT group increased maximal dynamic strength (88±23 vs. 108±27 kg, P < 0.05), decreased cardiac sympathetic modulation (low component of heart rate variability - supine: 61 ± 17 vs. 47 ± 20 nu and seated: 60 ± 11 vs. 46 ± 15 nu, P < 0.05) and systolic blood pressure decrease to standing test (-14±11 vs. -6±10 mmHg, P < 0.05), while no changes were observed in PDCO group. In the other parameters, there was no effect of training in the subjects with PD. After 12 weeks of the study, the PDRT group presented rest cardiac sympathetic modulation and systolic blood pressure response to standing test similar to WPD and lower than PDCO (low component of heart rate variability - supine: 47±20 and 45±9 vs. 63±10 nu and seated: 46±15 and 49±10 vs. 61±13 nu; systolic blood pressure reduction - -6±10 and -1±10 vs. -11±9 mmHg, respectively, P < 0.05). In conclusion, in individuals with PD, resistance training decreased rest cardiac sympathetic autonomic modulation and systolic blood pressure decrease to standing test, matching these responses to the ones observed in subjects without PDBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPForjaz, Cláudia Lúcia de MoraesKanegusuku, Hélcio2016-05-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-25082016-083239/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-10-02T20:03:01Zoai:teses.usp.br:tde-25082016-083239Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-10-02T20:03:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A doença de Parkinson (DP) caracteriza-se por alterações deletérias no controle motor e, comumente, também produz prejuízos na regulação autonômica e função cardiovascular. O treinamento resistido traz benefícios motores para estes indivíduos, mas seus efeitos autonômicos e cardiovasculares ainda são desconhecidos. Assim, esta tese avaliou os efeitos do treinamento resistido sobre a regulação autonômica e a função cardiovascular de indivíduos com DP, comparando-os a indivíduos sem DP. Para tanto, 17 indivíduos sem DP (SDP, 67±10 anos) e 27 com DP (65±8 anos, estágios II-III da escala de Hoehn e Yahr modificado, estado \"on\" da medicação) foram estudados. Os indivíduos sem DP foram avaliados uma única vez e os com DP foram divididos aleatoriamente em dois grupos, grupo controle (DPCO: n=12) e treinamento resistido (DPTR: n=15 - 2 sessões/semana, 5 exercícios, 2-4 séries, 12-6 RM), e foram avaliados no início e no final das 12 semanas do estudo. No início do estudo, os indivíduos com DP apresentaram menor modulação parassimpática e maior modulação simpática e balanço simpatovagal cardíacos em repouso, além de pior resposta cardiovascular ao teste de se levantar e à manobra de Valsalva que os indivíduos sem DP. Ademais, apresentaram maior pressão arterial na posição deitada, maior débito cardíaco e menor resistência vascular periférica na posição sentada, menor descenso noturno da pressão arterial sistólica, maior frequência cardíaca de 24 horas e sono, e respostas cardiovasculares atenuadas ao exercício máximo. O treinamento resistido, no grupo DPTR, aumentou a força dinâmica máxima (88±23 vs. 108±27 kg, P < 0,05) e diminuiu a modulação simpática cardíaca (banda de baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca - deitado: 61±17 vs. 47±20 un; sentado: 60±11 vs. 46±15 un, P < 0,05) e a queda da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar (-14±11 vs. -6±10 mmHg, P < 0,05), enquanto que nenhuma alteração foi observada no grupo DPCO. Nos demais parâmetros avaliados, não houve nenhum efeito do treinamento nos indivíduos com DP. Após as 12 semanas de estudo, o grupo DPTR apresentou modulação simpática cardíaca de repouso e resposta da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar semelhantes aos indivíduos SDP e menores que o grupo DPCO (banda de baixa frequência da variabilidade da frequência cardíaca - deitado: 47±20 e 45±9 vs. 63±10 un e sentado: 46±15 e 49±10 vs. 61±13 un; redução da pressão arterial sistólica - 6±10 e -1±10 vs. -11±9 mmHg, respectivamente, P < 0,05). Em conclusão, em indivíduos com DP, o treinamento resistido diminuiu a modulação autonômica simpática cardíaca em repouso e a redução da pressão arterial sistólica ao teste de se levantar, igualando estas respostas às de indivíduos sem DP |
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