Perfil cefalométrico de tecido mole de pacientes portadores de sorriso gengival associado e não associado a excesso vertical de maxila
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-21112019-202449/ |
Resumo: | O sorriso gengival (SG) é definido pela exposição excessiva de gengiva (3 mm) no sorriso. Sua etiologia pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo hiperplasia gengival, erupção ativa ou passiva alterada (EPA/EAA), excesso vertical de maxila (EVM), comprimento curto ou hiperatividade do lábio superior. O tratamento está relacionado à etiologia e pode variar desde cirurgia ortognática até aumento de coroa clínico estético e aplicação de toxina botulínica. Apesar disso, não há na literatura um protocolo clínico bem definido para seu diagnóstico. O objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros clínicos e tomográficos associados à etiologia do sorriso gengival, visando o estabelecimento de protocolo diagnóstico do SG. Foram incluídos neste estudo 25 participantes com idade variável entre 18 e 42 anos (média de 28,77 ± 6,56), sendo 23 mulheres e 2 homens, saudáveis sistemicamente, com diagnóstico de SG. Todos os participantes responderam ao questionário de saúde e foram examinados periodontalmente quanto às medidas de profundidade de sondagem (P.S.), nível de inserção clínica (NIC), espessura gengival (EG), largura da faixa de gengiva ceratinizada (GC), índice de sangramento gengival (ISG) e índice de placa (IP). Foram obtidas fotografias extra- e intra-bucais para análise digital do sorriso e análise cefalométrica de tecidos moles. Foram obtidas tomografias computadorizadas da região anterior de maxila para avaliação da distância entre a margem gengival (MG) à junção cemento-esmalte (JCE), JCE à crista óssea alveolar (CA), espessura óssea a 1 (EO1), 3 (EO3) e 5 (EO5) mm, além da espessura gengival (EG_TCFC). Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a etiologia do SG: EPA/EAA (n= 12), EVM (n= 8) ou combinação (COMB; n= 5). A média de exposição gengival no sorriso foi de 4,2 ± 2,44mm. Dezessete (68%) participantes apresentaram >3mm de exposição gengival, sendo que em 22 casos (88%) houve exposição de faixa continua de gengiva. Pacientes com EVM associado ou não à EPA/EAA apresentaram maior comprimento do terço médio e inferior, do lábio superior em repouso (LSR) e no sorriso (LSS), espessura do vermelhão do lábio superior e altura da maxila anterior (Alt_Mx). A proporção largura-altura (Prop L:A) dos incisivos centrais foi significativamente maior nos grupos EPA/EAA e COMB. Não houve diferenças nos parâmetros clínicos periodontais, exceto para P.S., a qual foi maior em COMB do que em EPA/EAA. Embora sem diferenças significantes, o grupo EPA/EAA apresentou prevalência absoluta de biótipo gengival espesso. MG-JCE foi significativamente menor no grupo EVM do que nos grupos EPA/EAA e COMB, enquanto que o grupo EPA/EAA apresentou menor EO5 do que EVM. Esses achados sugerem que o diagnóstico clínico do SG pode ser determinado pelo comprimento do lábio superior em repouso e no sorriso, altura da maxila anterior, exposição gengival 4 mm, proporção largura-altura dos incisivos > 87%, e maior distância MG-JCE. Esses critérios são importantes para se estabelecer um protocolo clínico que oriente a determinação da causa e plano de tratamento do sorriso gengival pelo clínico. |
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Perfil cefalométrico de tecido mole de pacientes portadores de sorriso gengival associado e não associado a excesso vertical de maxilaSoft tissue cephalometric profile of patients with gingival smile associated or not with vertical maxillary excessCefalometriaCephalometryDiagnosisDiagnósticoEstéticaEstheticGingival smileSorriso gengivalO sorriso gengival (SG) é definido pela exposição excessiva de gengiva (3 mm) no sorriso. Sua etiologia pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo hiperplasia gengival, erupção ativa ou passiva alterada (EPA/EAA), excesso vertical de maxila (EVM), comprimento curto ou hiperatividade do lábio superior. O tratamento está relacionado à etiologia e pode variar desde cirurgia ortognática até aumento de coroa clínico estético e aplicação de toxina botulínica. Apesar disso, não há na literatura um protocolo clínico bem definido para seu diagnóstico. O objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros clínicos e tomográficos associados à etiologia do sorriso gengival, visando o estabelecimento de protocolo diagnóstico do SG. Foram incluídos neste estudo 25 participantes com idade variável entre 18 e 42 anos (média de 28,77 ± 6,56), sendo 23 mulheres e 2 homens, saudáveis sistemicamente, com diagnóstico de SG. Todos os participantes responderam ao questionário de saúde e foram examinados periodontalmente quanto às medidas de profundidade de sondagem (P.S.), nível de inserção clínica (NIC), espessura gengival (EG), largura da faixa de gengiva ceratinizada (GC), índice de sangramento gengival (ISG) e índice de placa (IP). Foram obtidas fotografias extra- e intra-bucais para análise digital do sorriso e análise cefalométrica de tecidos moles. Foram obtidas tomografias computadorizadas da região anterior de maxila para avaliação da distância entre a margem gengival (MG) à junção cemento-esmalte (JCE), JCE à crista óssea alveolar (CA), espessura óssea a 1 (EO1), 3 (EO3) e 5 (EO5) mm, além da espessura gengival (EG_TCFC). Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a etiologia do SG: EPA/EAA (n= 12), EVM (n= 8) ou combinação (COMB; n= 5). A média de exposição gengival no sorriso foi de 4,2 ± 2,44mm. Dezessete (68%) participantes apresentaram >3mm de exposição gengival, sendo que em 22 casos (88%) houve exposição de faixa continua de gengiva. Pacientes com EVM associado ou não à EPA/EAA apresentaram maior comprimento do terço médio e inferior, do lábio superior em repouso (LSR) e no sorriso (LSS), espessura do vermelhão do lábio superior e altura da maxila anterior (Alt_Mx). A proporção largura-altura (Prop L:A) dos incisivos centrais foi significativamente maior nos grupos EPA/EAA e COMB. Não houve diferenças nos parâmetros clínicos periodontais, exceto para P.S., a qual foi maior em COMB do que em EPA/EAA. Embora sem diferenças significantes, o grupo EPA/EAA apresentou prevalência absoluta de biótipo gengival espesso. MG-JCE foi significativamente menor no grupo EVM do que nos grupos EPA/EAA e COMB, enquanto que o grupo EPA/EAA apresentou menor EO5 do que EVM. Esses achados sugerem que o diagnóstico clínico do SG pode ser determinado pelo comprimento do lábio superior em repouso e no sorriso, altura da maxila anterior, exposição gengival 4 mm, proporção largura-altura dos incisivos > 87%, e maior distância MG-JCE. Esses critérios são importantes para se estabelecer um protocolo clínico que oriente a determinação da causa e plano de tratamento do sorriso gengival pelo clínico.Gummy smile (GS) is defined by the excessive exposure of gingiva (3 mm) during smile. Its etiology may be related to varying factors, including inflammatory gingival hyperplasia, altered passive or active eruption (APE/AAE), vertical maxillary excess (VME), short upper lip length or hypermobility of upper lip. Treatment is related to the cause and can vary from orthognathic surgery to esthetic crown lengthening and application of botulinic toxin. In spite of that, there is no well-defined clinical protocol for the diagnosis of GS in literature. The aim of this study is to investigate the clinical and tomographic parameters associated to the etiology of GS, aiming at the establishment of a clinical diagnostic protocol. Twenty five patients aged 18-42 (28,77 ± 6,56) years, 23 women and 2 men, systemically healthy, diagnosed with GS were included. All participants have answered health questionnaire and were periodontally examined according to probing depth (PD), clinical attachment level (CAL), gingival thickness (GT), width of keratinized gingiva (WKG), gingival bleeding index (GBI) and plaque index (Pl). Extra and intra-oral photographs were obtained for digital analysis of the smile and soft tissue cephalometric analysis. Cone-beam computerized tomography (CTCB) were obtained from upper anterior region to investigate distance from gingival margin (GM) to cementum-enamel junction (JCE), JCE to alveolar crest (AC), osseous thickness at 1 (OT1), 3 (OT3) and 5 (OT5) mm from alveolar crest (AC) and gingival thickness (CBCT_GT). Participants were divided in groups according to GS etiology: APE/AAE (n= 12), VME (n= 8) or combination (COMB; n= 5). Mean gingival exposure on smile was 4,2 ± 2,44mm. Seventeen (68%) participants showed >3mm of gingival exposition, and in 22 cases (88%) there was a continuous band of gingiva exposed during smile. Patients with VME associated or not to APE/AAE showed greater height of middle and inferior facial thirds, length of upper lip in rest (ULR) or during smile (UPS), thickness of vermillion and height of anterior maxillae (AntH_Mx). Width-to-length (W:L) proportion of central incisors was significantly greater at APE/AAE and COMB. No significant differences were found between groups in periodontal clinical parameters, except for PD, which as deeper at COMB than at APE/AAE. Although without significant differences, APE/AAE showed absolute prevalence of thick biotype. GM-CEJ was significantly lower at VME than at APE/AAE and COMB, while APE/AAE showed thinner EO5 mm than VME. These findings suggest that the clinical diagnosis of GS may be determined by the length of upper lip in rest and during smile, height of anterior maxillae, gingival exposure during smile 4 mm, width-to-length of upper central incisor > 87%, and greater GM-CEJ. These criteria are important to the establishment of a clinical protocol to guide the etiology and treatment of GS by the clinician.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSant Ana, Adriana Campos PassaneziCastro, Luciana Tanaka de2019-04-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-21112019-202449/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-11-29T21:24:02Zoai:teses.usp.br:tde-21112019-202449Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-11-29T21:24:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O sorriso gengival (SG) é definido pela exposição excessiva de gengiva (3 mm) no sorriso. Sua etiologia pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo hiperplasia gengival, erupção ativa ou passiva alterada (EPA/EAA), excesso vertical de maxila (EVM), comprimento curto ou hiperatividade do lábio superior. O tratamento está relacionado à etiologia e pode variar desde cirurgia ortognática até aumento de coroa clínico estético e aplicação de toxina botulínica. Apesar disso, não há na literatura um protocolo clínico bem definido para seu diagnóstico. O objetivo deste estudo foi investigar os parâmetros clínicos e tomográficos associados à etiologia do sorriso gengival, visando o estabelecimento de protocolo diagnóstico do SG. Foram incluídos neste estudo 25 participantes com idade variável entre 18 e 42 anos (média de 28,77 ± 6,56), sendo 23 mulheres e 2 homens, saudáveis sistemicamente, com diagnóstico de SG. Todos os participantes responderam ao questionário de saúde e foram examinados periodontalmente quanto às medidas de profundidade de sondagem (P.S.), nível de inserção clínica (NIC), espessura gengival (EG), largura da faixa de gengiva ceratinizada (GC), índice de sangramento gengival (ISG) e índice de placa (IP). Foram obtidas fotografias extra- e intra-bucais para análise digital do sorriso e análise cefalométrica de tecidos moles. Foram obtidas tomografias computadorizadas da região anterior de maxila para avaliação da distância entre a margem gengival (MG) à junção cemento-esmalte (JCE), JCE à crista óssea alveolar (CA), espessura óssea a 1 (EO1), 3 (EO3) e 5 (EO5) mm, além da espessura gengival (EG_TCFC). Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a etiologia do SG: EPA/EAA (n= 12), EVM (n= 8) ou combinação (COMB; n= 5). A média de exposição gengival no sorriso foi de 4,2 ± 2,44mm. Dezessete (68%) participantes apresentaram >3mm de exposição gengival, sendo que em 22 casos (88%) houve exposição de faixa continua de gengiva. Pacientes com EVM associado ou não à EPA/EAA apresentaram maior comprimento do terço médio e inferior, do lábio superior em repouso (LSR) e no sorriso (LSS), espessura do vermelhão do lábio superior e altura da maxila anterior (Alt_Mx). A proporção largura-altura (Prop L:A) dos incisivos centrais foi significativamente maior nos grupos EPA/EAA e COMB. Não houve diferenças nos parâmetros clínicos periodontais, exceto para P.S., a qual foi maior em COMB do que em EPA/EAA. Embora sem diferenças significantes, o grupo EPA/EAA apresentou prevalência absoluta de biótipo gengival espesso. MG-JCE foi significativamente menor no grupo EVM do que nos grupos EPA/EAA e COMB, enquanto que o grupo EPA/EAA apresentou menor EO5 do que EVM. Esses achados sugerem que o diagnóstico clínico do SG pode ser determinado pelo comprimento do lábio superior em repouso e no sorriso, altura da maxila anterior, exposição gengival 4 mm, proporção largura-altura dos incisivos > 87%, e maior distância MG-JCE. Esses critérios são importantes para se estabelecer um protocolo clínico que oriente a determinação da causa e plano de tratamento do sorriso gengival pelo clínico. |
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