Avaliações psicométricas de qualidade de vida e voz em professores da rede municipal de Bauru

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martinello, Janaína Gheissa
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-21102009-163242/
Resumo: Os professores são profissionais da voz que vêm sendo amplamente estudados por pesquisadores nacionais e internacionais. Pesquisas apontam alta prevalência de alterações vocais dentre os docentes. Um dos critérios para o estabelecimento da prevalência de alteração vocal baseia-se na auto-percepção do professor, denominado de disfonia auto-referida. Conhecer o quanto a alteração vocal pode trazer conseqüências para a vida do professor e para o exercício de sua profissão está de acordo com o proposto pela Organização Mundial da Saúde que sugere avaliar o impacto de uma doença sob o ponto de vista do paciente e não do avaliador. O objetivo desta pesquisa foi comparar medidas de qualidade de vida e voz entre grupo de professores que referiu alteração vocal e grupo de professores que não referiu alteração vocal. Participaram deste estudo 97 professores de 11 escolas da rede municipal de Bauru. Todos os professores responderam a três protocolos psicométricos de qualidade de vida e voz (IDV, QVV, PPAV) além de um questionário para caracterização da amostra. Os resultados demonstraram que 39,8% dos professores reportaram alterações vocais no momento da realização da pesquisa. Quando se compararam medidas de qualidade de vida e voz, entre o grupo com alteração de voz e o grupo sem alteração vocal, diferenças estatisticamente significantes foram observadas: entre a pontuação total do IDV e nas três sub-áreas (orgânica, emocional e funcional); entre a pontuação total do QVV e na pontuação dos dois domínios (funcionalidade física e sócio-emocional) e entre a pontuação total do PPAV e nas cinco sessões (severidade do problema vocal, efeito no trabalho, efeito na comunicação diária, efeito na comunicação social e emoção). Também foi verificado que a dimensão orgânica do protocolo IDV tem mais impacto entre as dimensões deste protocolo, tanto para o grupo com alteração quanto para o grupo sem alteração vocal, indicando desconforto laríngeo e dificuldade ao falar. Com relação ao protocolo QVV, o domínio que apresentou mais alto escore foi o da funcionalidade física, também indicando desconforto laríngeo e impacto vocal na comunicação em professores com e sem alteração. Com relação ao PPAV nenhuma sessão prevaleceu sobre a outra no grupo sem alteração vocal. Para o grupo com alteração vocal, três sessões, comunicação diária, efeito no. trabalho e emoções têm maior impacto que a comunicação social. Os escores de limitação e de restrição foram calculados. Foi observado que a limitação da atividade é maior que a restrição das atividades tanto no grupo com queixa vocal quanto no grupo sem queixa vocal. Concluiu-se que os professores que referiram alteração vocal perceberam o impacto da alteração vocal em diferentes dimensões da qualidade de vida e voz e na realização de suas atividades diárias em maior proporção do que os professores que não referiram alteração vocal.
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O objetivo desta pesquisa foi comparar medidas de qualidade de vida e voz entre grupo de professores que referiu alteração vocal e grupo de professores que não referiu alteração vocal. Participaram deste estudo 97 professores de 11 escolas da rede municipal de Bauru. Todos os professores responderam a três protocolos psicométricos de qualidade de vida e voz (IDV, QVV, PPAV) além de um questionário para caracterização da amostra. Os resultados demonstraram que 39,8% dos professores reportaram alterações vocais no momento da realização da pesquisa. Quando se compararam medidas de qualidade de vida e voz, entre o grupo com alteração de voz e o grupo sem alteração vocal, diferenças estatisticamente significantes foram observadas: entre a pontuação total do IDV e nas três sub-áreas (orgânica, emocional e funcional); entre a pontuação total do QVV e na pontuação dos dois domínios (funcionalidade física e sócio-emocional) e entre a pontuação total do PPAV e nas cinco sessões (severidade do problema vocal, efeito no trabalho, efeito na comunicação diária, efeito na comunicação social e emoção). Também foi verificado que a dimensão orgânica do protocolo IDV tem mais impacto entre as dimensões deste protocolo, tanto para o grupo com alteração quanto para o grupo sem alteração vocal, indicando desconforto laríngeo e dificuldade ao falar. Com relação ao protocolo QVV, o domínio que apresentou mais alto escore foi o da funcionalidade física, também indicando desconforto laríngeo e impacto vocal na comunicação em professores com e sem alteração. Com relação ao PPAV nenhuma sessão prevaleceu sobre a outra no grupo sem alteração vocal. Para o grupo com alteração vocal, três sessões, comunicação diária, efeito no. trabalho e emoções têm maior impacto que a comunicação social. Os escores de limitação e de restrição foram calculados. Foi observado que a limitação da atividade é maior que a restrição das atividades tanto no grupo com queixa vocal quanto no grupo sem queixa vocal. Concluiu-se que os professores que referiram alteração vocal perceberam o impacto da alteração vocal em diferentes dimensões da qualidade de vida e voz e na realização de suas atividades diárias em maior proporção do que os professores que não referiram alteração vocal.Teachers are voice professionals who have been widely studied by national and international researchers. Studies show a high prevalence of vocal alterations among teachers. One of the criteria for the establishment of vocal alteration prevalence, is based on teachers´ self-perception, termed as self-reported dysphonia (when the teacher him/herself reports the vocal alteration). To know the degree in which vocal alteration may affect a teacher´s life and his/her career, is consistent with that proposed by the World Health Organization, which suggests assessing the impact of a disease, taking into account the patient´s point of view and not the evaluator´s. This study aimed at comparing voice disordered quality of life (VQOL) measures between a group of teachers who reported vocal alteration and a group of teachers who did not, by verifying the teacher´s perception as for the impact of vocal alteration in the different dimensions of voice quality of life. Ninety-eight teachers, from 11 municipal schools of Bauru and in different grades (infantile and fundamental teaching and education of adolescents and adults), participated in this study. All teachers answered three psychometric protocols of voice quality of life: Voice Handicap Index (VHI), Voice-Related Quality of Life (V-RQOL), and the Voice Activity Participation Profile (VAPP), besides a questionnaire for the characterization of the sample. The result shows that 39.8% of teachers reported vocal alteration. When comparing voice measures between the groups with and without vocal alteration, statistically significant differences were observed: the total score of VHI and its dimensions (physical, emotional and functional); total score of V-RQOL and its dimensions (physical and socio-emotional functioning), and total score of VAAP and its dimensions (severity of vocal problem, effect on work, effect on daily communication, effect on social communication and emotion). It was verified, too, that the physical dimension of VHI has a greater impact among the dimensions of this protocol, both for the group with complaint and the one without complaint, indicating a laryngeal discomfort and difficulty at speaking. As for VRQOL, the most striking dimension was the physical functioning domain, also indicating the laryngeal discomfort and the impact of voice on communication, in teachers with and with no complaint. As for VAAP, no domain prevailed over the others, in the group with no complaint. For teachers with complaint, three domains, i.e., daily communication, work and emotions have a greater impact than social communication. The limitation and restriction scores were calculated as well, and it was observed the limitation of activities is greater than the restriction of activities, both in the group with and the group without complaint. One may conclude that the teachers who reported vocal alterations, better realize the impact of voice in different dimensions of voice quality of life.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLauris, José Roberto PereiraMartinello, Janaína Gheissa2009-07-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-21102009-163242/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:00Zoai:teses.usp.br:tde-21102009-163242Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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