Efeito da idade de corte sobre a produção, composição químico-bromatológica, digestibilidade in vitro e teor de ácido cianídrico de Cynodon dactylon (L.) Pers. cv. Florakirk

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Andréa Campmany
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20190821-113423/
Resumo: O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito da idade de corte sobre a produção, composição químico-bromatológica, digestibilidade in vitro e teor de ácido cianídrico de Cynodon dactylon (L.) Pers. cv. Florakirk. O experimento foi instalado numa pastagem de Florakirk formada há um ano, situada no município de Itapetininga, SP. Antes do início do experimento a pastagem foi cortada e foram aplicados 5 Mg de calcário dolomítico e 80-320-240 kg de N-P205-K20 ha-1. O experimento iniciou-se em janeiro/1997, quando a pastagem foi submetida a um corte de rebaixamento e uniformização, a partir do qual foram realizadas amostragens da forragem a cada 10 dias, no período de 20 a 70 dias de crescimento (6 tratamentos). Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com 4 repetições. Foram analisadas as seguintes variáveis: produção de matéria seca, teor de matéria seca, digestibilidade verdadeira in vitro da matéria seca (DVIVMS) e orgânica (DVIVMO), teores de proteína bruta (PB), FDN, FDA, hemicelulose, FDN digestível, macronutrientes e micronutrientes, acúmulo de minerais e teor de ácido cianídrico (HCN). Observou-se a ocorrência de cigarrinhas (Deois spp.) e doenças foliares (Phyllachora spp. e Bipolaris spp.). A produção de matéria seca da parte aérea aumentou de forma quadrática (P<O,05), com valor máximo de 215 9 m-2 aos 70 dias de idade. Os valores de DVIVMS foram superiores aos de DVIVMO, ambos decrescendo de forma quadrática (P<O,O5) com o avanço da idade de corte. A DVIVMO decresceu de 710,9 g (aos 20 dias) para 549,1 g kg-1 (aos 70 dias). FDN e FDA aumentaram com a idade, com valores mínimos aos 20 dias (714,3 g e 324,6 g kg-1) e máximos aos 55 e 70 dias de crescimento (789,5 g e 389,9 g kg-1), respectivamente, segundo equações quadráticas (P<0,05). Não se observou efeito da idade de corte sobre a concentração de hemicelulose (P>0,05). A digestibilidade de FDN decresceu linearmente (P<0,05), sendo 622,2 g kg-1 aos 20 dias e 447,4 g kg-1 aos 70 dias. Os teores de N, P, K, Mg e Ca decresceram com o aumento da idade de corte, sendo seus valores máximos de 28,2 g; 5,8 g; 31,5 g; 3,0 g e 3,9 g kg-1 , observados aos 20 dias, com exceção do Ca que foi aos 22 dias, e mínimos de 11,0 g; 3,0 g; 10,4 g; 2,4 g e 2,1 g kg-1 aos 70 dias, respectivamente. Não houve diferença significativa (P>0,05) na concentração de S entre 20 e 60 dias (média de 2,4 g kg-1 ); aos 70 dias, a concentração reduziu para 1,6 g kg-1. Observou-se uma maior variação na concentração de macronutrientes com o aumento da idade de corte do que com relação aos micronutrientes. Não houve influência da idade de corte sobre a concentração de B (P>0,05) e as concentrações de Cu, Mn e Zn variaram de forma cúbica (P<0,05) em relação à idade da planta. Ocorreu redução na concentração de Fe, porém não havendo diferença significativa entre 40 e 70 dias de crescimento. O teor de HCN decresceu com a idade e não atingiu valores considerados tóxicos para os animais. Associando-se informações relativas à produção, composição químico-bromatológica e exigência animal, conclui-se que a melhor utilização da pastagem, nas condições experimentais, ocorreria até os 40 dias de crescimento da planta, embora, em idades de corte mais avançadas, tenham sido observados parâmetro de valor nutritivo que permitiriam o aproveitamento da forragem na forma de pastejo diferido. Provavelmente devido à ocorrência de fatores ambientais limitantes, houve um atraso no desenvolvimento da pastagem e conseqüentemente da sua maturação, prolongando a manutenção do valor nutritivo em níveis adequados para a produção animal
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O experimento iniciou-se em janeiro/1997, quando a pastagem foi submetida a um corte de rebaixamento e uniformização, a partir do qual foram realizadas amostragens da forragem a cada 10 dias, no período de 20 a 70 dias de crescimento (6 tratamentos). Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com 4 repetições. Foram analisadas as seguintes variáveis: produção de matéria seca, teor de matéria seca, digestibilidade verdadeira in vitro da matéria seca (DVIVMS) e orgânica (DVIVMO), teores de proteína bruta (PB), FDN, FDA, hemicelulose, FDN digestível, macronutrientes e micronutrientes, acúmulo de minerais e teor de ácido cianídrico (HCN). Observou-se a ocorrência de cigarrinhas (Deois spp.) e doenças foliares (Phyllachora spp. e Bipolaris spp.). A produção de matéria seca da parte aérea aumentou de forma quadrática (P<O,05), com valor máximo de 215 9 m-2 aos 70 dias de idade. Os valores de DVIVMS foram superiores aos de DVIVMO, ambos decrescendo de forma quadrática (P<O,O5) com o avanço da idade de corte. A DVIVMO decresceu de 710,9 g (aos 20 dias) para 549,1 g kg-1 (aos 70 dias). FDN e FDA aumentaram com a idade, com valores mínimos aos 20 dias (714,3 g e 324,6 g kg-1) e máximos aos 55 e 70 dias de crescimento (789,5 g e 389,9 g kg-1), respectivamente, segundo equações quadráticas (P<0,05). Não se observou efeito da idade de corte sobre a concentração de hemicelulose (P>0,05). A digestibilidade de FDN decresceu linearmente (P<0,05), sendo 622,2 g kg-1 aos 20 dias e 447,4 g kg-1 aos 70 dias. Os teores de N, P, K, Mg e Ca decresceram com o aumento da idade de corte, sendo seus valores máximos de 28,2 g; 5,8 g; 31,5 g; 3,0 g e 3,9 g kg-1 , observados aos 20 dias, com exceção do Ca que foi aos 22 dias, e mínimos de 11,0 g; 3,0 g; 10,4 g; 2,4 g e 2,1 g kg-1 aos 70 dias, respectivamente. Não houve diferença significativa (P>0,05) na concentração de S entre 20 e 60 dias (média de 2,4 g kg-1 ); aos 70 dias, a concentração reduziu para 1,6 g kg-1. Observou-se uma maior variação na concentração de macronutrientes com o aumento da idade de corte do que com relação aos micronutrientes. Não houve influência da idade de corte sobre a concentração de B (P>0,05) e as concentrações de Cu, Mn e Zn variaram de forma cúbica (P<0,05) em relação à idade da planta. Ocorreu redução na concentração de Fe, porém não havendo diferença significativa entre 40 e 70 dias de crescimento. O teor de HCN decresceu com a idade e não atingiu valores considerados tóxicos para os animais. Associando-se informações relativas à produção, composição químico-bromatológica e exigência animal, conclui-se que a melhor utilização da pastagem, nas condições experimentais, ocorreria até os 40 dias de crescimento da planta, embora, em idades de corte mais avançadas, tenham sido observados parâmetro de valor nutritivo que permitiriam o aproveitamento da forragem na forma de pastejo diferido. Provavelmente devido à ocorrência de fatores ambientais limitantes, houve um atraso no desenvolvimento da pastagem e conseqüentemente da sua maturação, prolongando a manutenção do valor nutritivo em níveis adequados para a produção animalThe objective of this research was to evaluate the effect of plant age on yield, chemical and mineral composition, in vitro digestibility, and hidrocyanic acid content of Florakirk bermudagrass (Cynodon dactylon). The experiment was conducted on an one year-old pasture, in Itapetininga/SP. Before the evaluation, the pasture was cut and 5 Mg of dolomitic lime and 80-320-240 kg of N-P205-K20 ha-1 were applied. The evaluation started in January/1997, when the pasture was staged. The experimental design was a randomized complete block with six treatments replicated four times. Treatments consisted of six cutting ages (20-70 days) spaced ten days apart. Responses evaluated were: herbage dry matter production and concentration, in vitro dry matter (IVDMD) and organic matter (IVOMD) digestibility, crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF), acid detergent fiber (ADF), digestible neutral detergent fiber, and hidrocyanic acid (HCN) concentrations, macro and micro mineral concentration and accumulation. Occurrence of spittlebug (Deois spp.) and foliar diseases (Phyllachora spp. and Bipolaris spp.) were observed. Dry matter yield increased quadratically (P<0,05) reaching a maximum at 70 days (215 g m-2). IVDMD was higher than IVOMD, both decreasing quadratically (P<0,05) as age increased. IVOMD decreased (711 g to 549 g kg-1) between 20 to 70 days. NDF and ADF increased quadratically (P<0,05) as age increased, with minimum values at 20 days (714 g and 325 g kg-1) and maximum values at 55 and 70 days (790 g and 390 g kg-1), respectively. Digestibility of NDF decreased linearly (P<0,05) (622 g to 447 g kg-1) between 20 to 70 days. N, P, K, Mg and Ca concentrations decreased with the increase in age, with maximum values (28,2 g; 5,8 g; 31,5 g; 3,0 g and 3,9 g kg-1) at 20 days, with exception of Ca (22 days), and minimum values (11,0 g; 3,0 g; 10,4 g; 2,4 g and 2,1 g kg-1) at 70 days. There were no significant differences (P>0,05) in S concentration between 20 and 60 days (mean value = 2,4 g kg-1); at 70 days, S concentration had decreased to 1,6 g kg-1. A higher variation in the macromineral concentration was observed than the micromineral concentration with the increase in plant age. There was no influence of age on B concentration (P>0,05) whereas Cu, Mn and Zn concentration varied cubically (P<0,05). Reduction in Fe concentration occurred, without significative difference between 40 to 70 days. HCN concentration decreased with plant age, but values considered to be toxic to animals were not found. By integrating these information about production, and chemical composition, with known animal requirements, it is possible to conclude that the best utilization of this forage, in the experimental conditions, should be around 40 days, whereas, at more advanced ages, the use as stockpiled forage could be viable. The fact that the nutritive value was relatively high even at advanced plant ages (> 5 weeks of growth) can probably related to environmental factors that prevailed over most of the experimental period, which probably slowed down the vegetation and maturation (aging) processesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHaddad, Claudio MalufVieira, Andréa Campmany1999-02-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20190821-113423/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-08-22T21:20:51Zoai:teses.usp.br:tde-20190821-113423Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-08-22T21:20:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description O objetivo deste experimento foi avaliar o efeito da idade de corte sobre a produção, composição químico-bromatológica, digestibilidade in vitro e teor de ácido cianídrico de Cynodon dactylon (L.) Pers. cv. Florakirk. O experimento foi instalado numa pastagem de Florakirk formada há um ano, situada no município de Itapetininga, SP. Antes do início do experimento a pastagem foi cortada e foram aplicados 5 Mg de calcário dolomítico e 80-320-240 kg de N-P205-K20 ha-1. O experimento iniciou-se em janeiro/1997, quando a pastagem foi submetida a um corte de rebaixamento e uniformização, a partir do qual foram realizadas amostragens da forragem a cada 10 dias, no período de 20 a 70 dias de crescimento (6 tratamentos). Utilizou-se o delineamento de blocos ao acaso, com 4 repetições. Foram analisadas as seguintes variáveis: produção de matéria seca, teor de matéria seca, digestibilidade verdadeira in vitro da matéria seca (DVIVMS) e orgânica (DVIVMO), teores de proteína bruta (PB), FDN, FDA, hemicelulose, FDN digestível, macronutrientes e micronutrientes, acúmulo de minerais e teor de ácido cianídrico (HCN). Observou-se a ocorrência de cigarrinhas (Deois spp.) e doenças foliares (Phyllachora spp. e Bipolaris spp.). A produção de matéria seca da parte aérea aumentou de forma quadrática (P<O,05), com valor máximo de 215 9 m-2 aos 70 dias de idade. Os valores de DVIVMS foram superiores aos de DVIVMO, ambos decrescendo de forma quadrática (P<O,O5) com o avanço da idade de corte. A DVIVMO decresceu de 710,9 g (aos 20 dias) para 549,1 g kg-1 (aos 70 dias). FDN e FDA aumentaram com a idade, com valores mínimos aos 20 dias (714,3 g e 324,6 g kg-1) e máximos aos 55 e 70 dias de crescimento (789,5 g e 389,9 g kg-1), respectivamente, segundo equações quadráticas (P<0,05). Não se observou efeito da idade de corte sobre a concentração de hemicelulose (P>0,05). A digestibilidade de FDN decresceu linearmente (P<0,05), sendo 622,2 g kg-1 aos 20 dias e 447,4 g kg-1 aos 70 dias. Os teores de N, P, K, Mg e Ca decresceram com o aumento da idade de corte, sendo seus valores máximos de 28,2 g; 5,8 g; 31,5 g; 3,0 g e 3,9 g kg-1 , observados aos 20 dias, com exceção do Ca que foi aos 22 dias, e mínimos de 11,0 g; 3,0 g; 10,4 g; 2,4 g e 2,1 g kg-1 aos 70 dias, respectivamente. Não houve diferença significativa (P>0,05) na concentração de S entre 20 e 60 dias (média de 2,4 g kg-1 ); aos 70 dias, a concentração reduziu para 1,6 g kg-1. Observou-se uma maior variação na concentração de macronutrientes com o aumento da idade de corte do que com relação aos micronutrientes. Não houve influência da idade de corte sobre a concentração de B (P>0,05) e as concentrações de Cu, Mn e Zn variaram de forma cúbica (P<0,05) em relação à idade da planta. Ocorreu redução na concentração de Fe, porém não havendo diferença significativa entre 40 e 70 dias de crescimento. O teor de HCN decresceu com a idade e não atingiu valores considerados tóxicos para os animais. Associando-se informações relativas à produção, composição químico-bromatológica e exigência animal, conclui-se que a melhor utilização da pastagem, nas condições experimentais, ocorreria até os 40 dias de crescimento da planta, embora, em idades de corte mais avançadas, tenham sido observados parâmetro de valor nutritivo que permitiriam o aproveitamento da forragem na forma de pastejo diferido. Provavelmente devido à ocorrência de fatores ambientais limitantes, houve um atraso no desenvolvimento da pastagem e conseqüentemente da sua maturação, prolongando a manutenção do valor nutritivo em níveis adequados para a produção animal
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