Paridade e desenvolvimento ovariano de Ochlerotatus scapularis (Diptera Culicidae) em condições de laboratório e de campo na região do Vale do Ribeira, São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Deus, Juliana Telles de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-27122021-172112/
Resumo: Objetivo. Identificar o estado de paridade em fêmeas de Ochlerotatus scapularis em condições de laboratório e campo. Das fêmeas coletadas em campo, determinar o grau de paridade considerando sua importância epidemiológica como possível transmissor de patógenos. Métodos. O trabalho foi dividido em duas partes: no campo foram realizadas coletas quinzenais no Vale do Ribeira de abril de 2003 a março de 2004, utilizando-se a técnica da aspiração manual. No laboratório, 100 fêmeas (FI) de Ochlerotatus scapularis foram criadas e observadas individualmente anotando-se o número de repastos por elas realizados, duração do ciclo gonotrófico e número de ovos colocados. A observação do estado de paridade e desenvolvimento ovariano foi feita através da dissecção dos ovários de 90 fêmeas, por coleta, e de todas as fêmeas criadas. Resultados. Das 100 fêmeas mantidas em laboratório e dissecadas, o diagnóstico de condição de paridade conferiu com os resultados constatados em 55% dos casos, sendo subestimados em 37% e superestimados em 2%. Ainda em laboratório, de 106 ciclos gonotróficos completados, cerca de 55% das fêmeas necessitaram de mais de um repasto sangüíneo antes de ovipor, indicando uma possível discordância gonotrófica para a espécie. Sob condições laboratoriais observou-se uma sobrevivência de até 26 dias para a espécie. Foram dissecadas 1180 fêmeas de Oco scapularis do campo: 418 (35,4%) foram consideradas nulíparas, 655 (55,5%) uníparas, 46 (3,9%) como bíparas e 61 (5,2%) não puderam ser avaliadas. Foi observado que 90 fêmeas apresentavam-se na fase ill-V de Christopher e Mer, reforçando a hipótese de discordância gonotrófica. A variável estado de paridade variou ao longo do ano. Conclusões: Observando fêmeas de Oco scapularis no campo e laboratório, confirmamos a hipótese de discordância gonotrófica.
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