Caracterização tecnológica do minério de transição de Igarapé Bahia, Carajás, PA.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-06082024-083935/ |
Resumo: | A Companhia Vale do Rio Doce tem em Carajás, PA, sua maior mina de ouro, lavrando minério oxidado com teor médio de cobre de 0,1%, praticamente inerte ao cianeto. Entretanto, em profundidade, ocorre um forte enriquecimento por hidrotermalismo, com teores médios de cobre de 3,2% e ouro de 1,95 g/t, denominado por minério de transição. O objetivo deste trabalho é a caracterização (genérica) física, química e mineralógica deste minério, bem como o estudo tecnológico para a recuperação dos dois metais. Os principais minerais de cobre presentes no minério são: cuprila, malaquita e cobre nativo e em menor quantidade os sulfetos (calcopirita, covelita, bornita e calcocita). As principais gangas são: hematita, goethita/limonita, clorita e quartzo. Possui densidade real média de 3,30 t/\'m POT.3\' e work index médio de 12,5 kwh/t. A flotação indica boas recuperações metalúrgicas (85% do cobre, 75% do ouro e 82% da prata). Entretanto, o fluxograma é complexo, e vai exigir elevadas dosagens de reagentes e elevado grau de automação. A lixiviação ácida em tanques tem grande potencial, indicando recuperação de cobre de 76% a 92% e consumo de ácido de 2 a 3 kg/kg de cobre, a depender da temperatura e tempo. A recuperação do ouro pode ser por cianetação ou flotação, conforme o teor de cobre residual. O processo de dupla lixiviação (sulfúrica e cianetação) em pilhas, está indicando boas recuperações (85% do cobre e 75% do ouro) com consumos de ácido da ordem de 3 kg/kg de cobre e cianeto de 1,1 kg/t. Entretanto, o índice pluviométrico da região e a falta de área plana podem inviabilizar sua aplicação. O processo de flotação e o de lixiviação ácida em tanques, seguida de flotação ou cianetação do rejeito indicam serem as melhores opções |
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A Companhia Vale do Rio Doce tem em Carajás, PA, sua maior mina de ouro, lavrando minério oxidado com teor médio de cobre de 0,1%, praticamente inerte ao cianeto. Entretanto, em profundidade, ocorre um forte enriquecimento por hidrotermalismo, com teores médios de cobre de 3,2% e ouro de 1,95 g/t, denominado por minério de transição. O objetivo deste trabalho é a caracterização (genérica) física, química e mineralógica deste minério, bem como o estudo tecnológico para a recuperação dos dois metais. Os principais minerais de cobre presentes no minério são: cuprila, malaquita e cobre nativo e em menor quantidade os sulfetos (calcopirita, covelita, bornita e calcocita). As principais gangas são: hematita, goethita/limonita, clorita e quartzo. Possui densidade real média de 3,30 t/\'m POT.3\' e work index médio de 12,5 kwh/t. A flotação indica boas recuperações metalúrgicas (85% do cobre, 75% do ouro e 82% da prata). Entretanto, o fluxograma é complexo, e vai exigir elevadas dosagens de reagentes e elevado grau de automação. A lixiviação ácida em tanques tem grande potencial, indicando recuperação de cobre de 76% a 92% e consumo de ácido de 2 a 3 kg/kg de cobre, a depender da temperatura e tempo. A recuperação do ouro pode ser por cianetação ou flotação, conforme o teor de cobre residual. O processo de dupla lixiviação (sulfúrica e cianetação) em pilhas, está indicando boas recuperações (85% do cobre e 75% do ouro) com consumos de ácido da ordem de 3 kg/kg de cobre e cianeto de 1,1 kg/t. Entretanto, o índice pluviométrico da região e a falta de área plana podem inviabilizar sua aplicação. O processo de flotação e o de lixiviação ácida em tanques, seguida de flotação ou cianetação do rejeito indicam serem as melhores opções |
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