Avaliação do estado nutricional, ingestão alimentar, atividade inflamatória e prevalência de sintomas em pacientes idosos com câncer em cuidados paliativos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-02122020-100703/ |
Resumo: | Introdução Pacientes idosos em cuidados paliativos apresentam alterações metabólicas e piora do estado nutricional, sendo observado aumento de sintomas e diminuição na qualidade de vida. Desta forma, o tratamento paliativo, em doenças oncológicas em estágio avançado, se torna prioritário para garantir melhor qualidade de vida, conforto e dignidade ao paciente. Objetivos Avaliar o estado nutricional, a presença de sintomas, a ingestão alimentar e a atividade inflamatória de idosos com câncer em cuidados paliativos com diferentes níveis de funcionalidade. Metodologia Estudo transversal, com amostra de conveniência, envolvendo idosos, portadores de câncer e em cuidados paliativos em acompanhamento ambulatorial no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os voluntários foram divididos em dois grupos de acordo com o grau de funcionalidade, determinado por meio da escala de Karnofsky Performance Status (KPS), sendo 20 voluntários com KPS entre 80 - 100 (GRUPO 1) e 15 com KPS entre 50 - 70 (GRUPO 2), totalizando uma amostra de 35 voluntários. O estado nutricional foi analisado por meio do uso da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e o consumo alimentar por meio do inquérito recordatório de 24 horas (IR24h). Obteve-se o índice de massa corporal (IMC), circunferência do braço e circunferência da panturrilha dos voluntários. Houve a análise do perfil inflamatório por meio dos níveis séricos de interleucina 6 e TNF-alfa. Para avaliar a frequência e intensidade dos sintomas foi utilizada a escala Edmonton Symptom Assessment System (ESAS) e a Tabela de Sintomas Gastrointestinais. Os dados foram analisados pelo software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Inicialmente foi feita análise descritiva dos dados. O teste de Levene foi utilizado para verificar a homogeneidade das variâncias dos dados. Os dados que apresentaram distribuição paramétrica foram analisados por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e teste Anova one way e para verificar a diferença entre os resultados foi utilizado o pós-teste Tukey. Os dados que apresentaram distribuição não paramétrica foram analisados por teste de Mann-Whitney e de Wilcoxon. As correlações foram realizadas com o teste de Spearman. O nível de significância estabelecido foi <0,05. Resultados A média de idade foi de 69,6±5,9 anos (60 a 83 anos), sem diferença entre os grupos (p=0,80). O sintoma mais prevalente no Grupo 1 foi ansiedade (n = 12; 60%), já no Grupo 2 os sintomas foram dor (n = 14; 93,3%), falta de sensação de bem estar (n = 14; 93,3%), falta de apetite (n = 13; 86,7%), cansaço (n = 3; 80%) e xerostomia (n = 3; 80%), que apresentou maior intensidade dos sintomas dor (p=0,02), náusea (p=0,01), falta de ar (p=0,04) e falta de sensação de bem estar (p=0,007) do que o Grupo 1. Referente à ingestão alimentar, o Grupo 2 teve menor ingestão de energia total (p=0,003), carboidratos (p=0,017), proteína (p=0,007), gordura total (p=0,004), gordura saturada (p=0,006), fibra (p=0,012) e colesterol alimentar (p=0,009) em relação ao Grupo 1, apesar das variáveis em ambos os grupos apresentarem-se dentro das recomendações das Dietary reference intakes (DRIs). A respeito do estado nutricional foi observado, com os dados obtidos pelo MAN, diferença entre as médias da pontuação: 23,4±2,7 no Grupo 1 vs. 19,4 ±3,1 no Grupo 2 (p<0,001), porém ambas foram classificadas sob risco de desnutrição. Com relação à atividade inflamatória não foi encontrada diferença na concentração de interleucina 6 nos grupos (p=0,13), porém foi possível observar que o Grupo 2 apresentou concentração mediana de 34,2 pg/mL e o Grupo 1 de 26,2 pg/mL. Além disso, a maior concentração de IL-6 está associada a maior prevalência de queixa de dispneia, a menor ingestão calórica, menor ingestão de carboidratos e menor ingestão de colesterol alimentar. As concentrações plasmáticas de TNF-alfa também foram analisadas, porém não foram encontradas concentrações mensuráveis em nenhum dos grupos. Conclusões Idosos com câncer em cuidados paliativos com funcionalidade reduzida apresentam pior estado nutricional, menor ingestão de nutrientes e aumento na frequência e intensidade de sintomas em relação aos de funcionalidade mais alta. Maior inflamação correlacionou-se com maior prevalência de dispneia e menor ingestão calórica, de carboidratos e de colesterol alimentar. |
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Avaliação do estado nutricional, ingestão alimentar, atividade inflamatória e prevalência de sintomas em pacientes idosos com câncer em cuidados paliativosEvaluation of nutritional status, food intake, inflammatory activity and prevalence of symptoms in elderly patients with cancer in palliative careCancerCâncerCuidados paliativosElderlyEstado nutricionalFuncionalidadeFunctionalityIdosoNutritional statusPalliative careSintomasSymptomsIntrodução Pacientes idosos em cuidados paliativos apresentam alterações metabólicas e piora do estado nutricional, sendo observado aumento de sintomas e diminuição na qualidade de vida. Desta forma, o tratamento paliativo, em doenças oncológicas em estágio avançado, se torna prioritário para garantir melhor qualidade de vida, conforto e dignidade ao paciente. Objetivos Avaliar o estado nutricional, a presença de sintomas, a ingestão alimentar e a atividade inflamatória de idosos com câncer em cuidados paliativos com diferentes níveis de funcionalidade. Metodologia Estudo transversal, com amostra de conveniência, envolvendo idosos, portadores de câncer e em cuidados paliativos em acompanhamento ambulatorial no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os voluntários foram divididos em dois grupos de acordo com o grau de funcionalidade, determinado por meio da escala de Karnofsky Performance Status (KPS), sendo 20 voluntários com KPS entre 80 - 100 (GRUPO 1) e 15 com KPS entre 50 - 70 (GRUPO 2), totalizando uma amostra de 35 voluntários. O estado nutricional foi analisado por meio do uso da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e o consumo alimentar por meio do inquérito recordatório de 24 horas (IR24h). Obteve-se o índice de massa corporal (IMC), circunferência do braço e circunferência da panturrilha dos voluntários. Houve a análise do perfil inflamatório por meio dos níveis séricos de interleucina 6 e TNF-alfa. Para avaliar a frequência e intensidade dos sintomas foi utilizada a escala Edmonton Symptom Assessment System (ESAS) e a Tabela de Sintomas Gastrointestinais. Os dados foram analisados pelo software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Inicialmente foi feita análise descritiva dos dados. O teste de Levene foi utilizado para verificar a homogeneidade das variâncias dos dados. Os dados que apresentaram distribuição paramétrica foram analisados por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e teste Anova one way e para verificar a diferença entre os resultados foi utilizado o pós-teste Tukey. Os dados que apresentaram distribuição não paramétrica foram analisados por teste de Mann-Whitney e de Wilcoxon. As correlações foram realizadas com o teste de Spearman. O nível de significância estabelecido foi <0,05. Resultados A média de idade foi de 69,6±5,9 anos (60 a 83 anos), sem diferença entre os grupos (p=0,80). O sintoma mais prevalente no Grupo 1 foi ansiedade (n = 12; 60%), já no Grupo 2 os sintomas foram dor (n = 14; 93,3%), falta de sensação de bem estar (n = 14; 93,3%), falta de apetite (n = 13; 86,7%), cansaço (n = 3; 80%) e xerostomia (n = 3; 80%), que apresentou maior intensidade dos sintomas dor (p=0,02), náusea (p=0,01), falta de ar (p=0,04) e falta de sensação de bem estar (p=0,007) do que o Grupo 1. Referente à ingestão alimentar, o Grupo 2 teve menor ingestão de energia total (p=0,003), carboidratos (p=0,017), proteína (p=0,007), gordura total (p=0,004), gordura saturada (p=0,006), fibra (p=0,012) e colesterol alimentar (p=0,009) em relação ao Grupo 1, apesar das variáveis em ambos os grupos apresentarem-se dentro das recomendações das Dietary reference intakes (DRIs). A respeito do estado nutricional foi observado, com os dados obtidos pelo MAN, diferença entre as médias da pontuação: 23,4±2,7 no Grupo 1 vs. 19,4 ±3,1 no Grupo 2 (p<0,001), porém ambas foram classificadas sob risco de desnutrição. Com relação à atividade inflamatória não foi encontrada diferença na concentração de interleucina 6 nos grupos (p=0,13), porém foi possível observar que o Grupo 2 apresentou concentração mediana de 34,2 pg/mL e o Grupo 1 de 26,2 pg/mL. Além disso, a maior concentração de IL-6 está associada a maior prevalência de queixa de dispneia, a menor ingestão calórica, menor ingestão de carboidratos e menor ingestão de colesterol alimentar. As concentrações plasmáticas de TNF-alfa também foram analisadas, porém não foram encontradas concentrações mensuráveis em nenhum dos grupos. Conclusões Idosos com câncer em cuidados paliativos com funcionalidade reduzida apresentam pior estado nutricional, menor ingestão de nutrientes e aumento na frequência e intensidade de sintomas em relação aos de funcionalidade mais alta. Maior inflamação correlacionou-se com maior prevalência de dispneia e menor ingestão calórica, de carboidratos e de colesterol alimentar.Introduction Elderly patients in palliative care show metabolic changes and worsening nutritional status, with increased symptoms and decreased quality of life. Thus, palliative treatment, in advanced cancer diseases, becomes a priority to ensure better quality of life, comfort and dignity to the patient. Goals To assess the nutritional status, the presence of symptoms, food intake and inflammatory activity of elderly individuals with cancer in palliative care with different levels of functionality. Methodology Cross-sectional study, with a convenience sample, involving elderly individuals with cancer and in palliative care under outpatient follow-up at Hospital das Clínicas of Ribeirão Preto Medical School, University of São Paulo. They were divided into two groups according to the degree of functionality, determined using the Karnofsky Performance Status (KPS) scale, with 20 volunteers with KPS between 80 - 100 (GROUP 1) and 15 with KPS between 50 - 70 (GROUP 2), totaling a sample of 35 volunteers. The nutritional status of the volunteers was analyzed using the Mini Nutritional Assessment (MNA) and the food consumption through the 24-hour recall survey (IR24h). The body mass index (BMI), arm circumference and calf circumference of the volunteers were obtained. There was an analysis of the inflammatory profile through serum levels of interleukin 6 and TNF-alpha. To assess the frequency and intensity of symptoms, the Edmonton Symptom Assessment System (ESAS) scale and the Gastrointestinal Symptoms Table were used. The data were analyzed using the SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) software. Initially, a descriptive analysis of the data was performed. The Levene test was used to verify the homogeneity of the data variances. The data with parametric distribution were analyzed using Pearson\'s chi-square test and Anova one way test and to verify the difference between the results, the Tukey post-test was used. The data with non-parametric distribution were analyzed using the Mann-Whitney and Wilcoxon tests. Correlations were performed using the Spearman test. The level of significance established was <0.05. Results The mean age was 69.6 ± 5.9 years (60 to 83 years), with no difference between groups (p = 0.80). The most prevalent symptom in Group 1 was anxiety (n = 12; 60%), whereas in Group 2 the symptoms were pain (n = 14; 93.3%), lack of sense of well-being (n = 14; 93, 3%), lack of appetite (n = 13; 86.7%), tiredness (n = 3; 80%) and dry mouth (n = 3; 80%), which presented greater intensity of pain symptoms (p = 0, 02), nausea (p = 0.01), shortness of breath (p = 0.04) and lack of sense of well-being (p = 0.007) than Group 1. Regarding food intake, Group 2 had lower total energy intake (p = 0.003), carbohydrates (p = 0.017), protein (p = 0.007), total fat (p = 0.004), saturated fat (p = 0.006), fiber (p = 0.012) and total cholesterol ( p = 0.009) in relation to Group 1, despite the variables in both groups being within the recommendations of the Dietary reference intakes (DRIs). Regarding the nutritional status, a difference between the mean scores was observed with the data obtained by MNA: 23.4 ± 2.7 in Group 1 vs. 19.4 ± 3.1 in Group 2 (p <0.001), but both were classified at risk of malnutrition. Regarding inflammatory activity, no difference was found in the concentration of interleukin 6 in the groups (p = 0.13), but it is possible to observe that Group 2 had a median concentration of 34.2 pg / mL and Group 1 of 26.2 pg / ml. In addition, the higher concentration of IL-6 is associated with a higher prevalence of complaints of dyspnea, lower caloric intake, lower carbohydrate intake and lower total cholesterol intake. Plasma concentrations of TNF-alpha were also analyzed, but no measurable concentrations were found in any of the groups. Conclusions Elderly people with cancer in palliative care with reduced functionality have worse nutritional status, less nutrient intake and an increase in the frequency and intensity of symptoms compared to those with higher functionality. Greater inflammation was correlated with higher prevalence of dyspnea and less caloric, carbohydrate and total cholesterol intake.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLima, Nereida Kilza da CostaCarlos, Thayara Bittencourt Morgenstern2020-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-02122020-100703/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-26T18:18:14Zoai:teses.usp.br:tde-02122020-100703Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-26T18:18:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução Pacientes idosos em cuidados paliativos apresentam alterações metabólicas e piora do estado nutricional, sendo observado aumento de sintomas e diminuição na qualidade de vida. Desta forma, o tratamento paliativo, em doenças oncológicas em estágio avançado, se torna prioritário para garantir melhor qualidade de vida, conforto e dignidade ao paciente. Objetivos Avaliar o estado nutricional, a presença de sintomas, a ingestão alimentar e a atividade inflamatória de idosos com câncer em cuidados paliativos com diferentes níveis de funcionalidade. Metodologia Estudo transversal, com amostra de conveniência, envolvendo idosos, portadores de câncer e em cuidados paliativos em acompanhamento ambulatorial no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Os voluntários foram divididos em dois grupos de acordo com o grau de funcionalidade, determinado por meio da escala de Karnofsky Performance Status (KPS), sendo 20 voluntários com KPS entre 80 - 100 (GRUPO 1) e 15 com KPS entre 50 - 70 (GRUPO 2), totalizando uma amostra de 35 voluntários. O estado nutricional foi analisado por meio do uso da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e o consumo alimentar por meio do inquérito recordatório de 24 horas (IR24h). Obteve-se o índice de massa corporal (IMC), circunferência do braço e circunferência da panturrilha dos voluntários. Houve a análise do perfil inflamatório por meio dos níveis séricos de interleucina 6 e TNF-alfa. Para avaliar a frequência e intensidade dos sintomas foi utilizada a escala Edmonton Symptom Assessment System (ESAS) e a Tabela de Sintomas Gastrointestinais. Os dados foram analisados pelo software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). Inicialmente foi feita análise descritiva dos dados. O teste de Levene foi utilizado para verificar a homogeneidade das variâncias dos dados. Os dados que apresentaram distribuição paramétrica foram analisados por meio do teste Qui-quadrado de Pearson e teste Anova one way e para verificar a diferença entre os resultados foi utilizado o pós-teste Tukey. Os dados que apresentaram distribuição não paramétrica foram analisados por teste de Mann-Whitney e de Wilcoxon. As correlações foram realizadas com o teste de Spearman. O nível de significância estabelecido foi <0,05. Resultados A média de idade foi de 69,6±5,9 anos (60 a 83 anos), sem diferença entre os grupos (p=0,80). O sintoma mais prevalente no Grupo 1 foi ansiedade (n = 12; 60%), já no Grupo 2 os sintomas foram dor (n = 14; 93,3%), falta de sensação de bem estar (n = 14; 93,3%), falta de apetite (n = 13; 86,7%), cansaço (n = 3; 80%) e xerostomia (n = 3; 80%), que apresentou maior intensidade dos sintomas dor (p=0,02), náusea (p=0,01), falta de ar (p=0,04) e falta de sensação de bem estar (p=0,007) do que o Grupo 1. Referente à ingestão alimentar, o Grupo 2 teve menor ingestão de energia total (p=0,003), carboidratos (p=0,017), proteína (p=0,007), gordura total (p=0,004), gordura saturada (p=0,006), fibra (p=0,012) e colesterol alimentar (p=0,009) em relação ao Grupo 1, apesar das variáveis em ambos os grupos apresentarem-se dentro das recomendações das Dietary reference intakes (DRIs). A respeito do estado nutricional foi observado, com os dados obtidos pelo MAN, diferença entre as médias da pontuação: 23,4±2,7 no Grupo 1 vs. 19,4 ±3,1 no Grupo 2 (p<0,001), porém ambas foram classificadas sob risco de desnutrição. Com relação à atividade inflamatória não foi encontrada diferença na concentração de interleucina 6 nos grupos (p=0,13), porém foi possível observar que o Grupo 2 apresentou concentração mediana de 34,2 pg/mL e o Grupo 1 de 26,2 pg/mL. Além disso, a maior concentração de IL-6 está associada a maior prevalência de queixa de dispneia, a menor ingestão calórica, menor ingestão de carboidratos e menor ingestão de colesterol alimentar. As concentrações plasmáticas de TNF-alfa também foram analisadas, porém não foram encontradas concentrações mensuráveis em nenhum dos grupos. Conclusões Idosos com câncer em cuidados paliativos com funcionalidade reduzida apresentam pior estado nutricional, menor ingestão de nutrientes e aumento na frequência e intensidade de sintomas em relação aos de funcionalidade mais alta. Maior inflamação correlacionou-se com maior prevalência de dispneia e menor ingestão calórica, de carboidratos e de colesterol alimentar. |
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