Estudo do comportamento cooperativo por Meio do dilema do prisioneiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28052020-190146/ |
Resumo: | Na vida cotidiana, as situações de tomada de decisão são altamente complexas e desestruturadas, principalmente quando estão relacionadas à interações sociais. Para tanto, integrar informações sobre os estados mentais do outro nos permite fazer previsões sobre seu comportamento, direcionando nossos comportamentos. Nesse cenário, muitos organismos desenvolvem estratégias comportamentais cooperativas, o que tem se apresentado como um desafio para a teoria evolutiva. Partindo do pressuposto que as bases das interações sociais apresentam probabilidades, é possível desenvolver modelos que demonstrem a cooperação como uma estratégia evolutivamente estável. Estudos vêm se utilizando de paradigmas da teoria dos jogos para simular nossas escolhas do cotidiano. Uma dessas ferramentas é o famoso jogo dilema do prisioneiro iterado, onde pessoas devem tomar decisões sucessivas sobre cooperar ou não cooperar, buscando otimizar seus ganhos. Ainda, o envolvimento da ocitocina com vários elementos da cognição social, como a promoção de comportamentos pró-sociais, também vem sendo demonstrado em estudos com jogos de cooperação, sugerindo que a ocitocina afete a aceitação de riscos sociais decorrentes de interações interpessoais. Assim, nosso trabalho investigou a influência da ocitocina sobre a confiança adquirida entre jogadores no processo de tomada de decisão, frente a um jogo sequencial inspirado no dilema do prisioneiro iterado. O estudo foi realizado com 80 estudantes universitários do sexo masculino, saudáveis, com idades variando entre 19 a 45 anos. Os participantes, divididos entre os grupos ocitocina e placebo, foram convidados a jogar o dilema do prisioneiro iterado para dois jogadores, podendo interagir num intervalo que variava de no mínimo 10 e no máximo 30 vezes, dependendo das escolhas ao longo do jogo. Em linhas gerais, nossos resultados demonstraram que o grupo ocitocina apresentou um número maior de cooperações totais e cooperações mútuas, com estabilização do comportamento de cooperação na segunda metade do jogo. Posto isto, e, juntamente com trabalhos que examinam as bases neurais do comportamento cooperativo, acreditamos que a ocitocina possa modular a cooperação entre indivíduos |
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Estudo do comportamento cooperativo por Meio do dilema do prisioneiroNot informed by the authorCooperaçãoNot informed by the authorOcitonaTeoria dos jogosTomada de decisãoNa vida cotidiana, as situações de tomada de decisão são altamente complexas e desestruturadas, principalmente quando estão relacionadas à interações sociais. Para tanto, integrar informações sobre os estados mentais do outro nos permite fazer previsões sobre seu comportamento, direcionando nossos comportamentos. Nesse cenário, muitos organismos desenvolvem estratégias comportamentais cooperativas, o que tem se apresentado como um desafio para a teoria evolutiva. Partindo do pressuposto que as bases das interações sociais apresentam probabilidades, é possível desenvolver modelos que demonstrem a cooperação como uma estratégia evolutivamente estável. Estudos vêm se utilizando de paradigmas da teoria dos jogos para simular nossas escolhas do cotidiano. Uma dessas ferramentas é o famoso jogo dilema do prisioneiro iterado, onde pessoas devem tomar decisões sucessivas sobre cooperar ou não cooperar, buscando otimizar seus ganhos. Ainda, o envolvimento da ocitocina com vários elementos da cognição social, como a promoção de comportamentos pró-sociais, também vem sendo demonstrado em estudos com jogos de cooperação, sugerindo que a ocitocina afete a aceitação de riscos sociais decorrentes de interações interpessoais. Assim, nosso trabalho investigou a influência da ocitocina sobre a confiança adquirida entre jogadores no processo de tomada de decisão, frente a um jogo sequencial inspirado no dilema do prisioneiro iterado. O estudo foi realizado com 80 estudantes universitários do sexo masculino, saudáveis, com idades variando entre 19 a 45 anos. Os participantes, divididos entre os grupos ocitocina e placebo, foram convidados a jogar o dilema do prisioneiro iterado para dois jogadores, podendo interagir num intervalo que variava de no mínimo 10 e no máximo 30 vezes, dependendo das escolhas ao longo do jogo. Em linhas gerais, nossos resultados demonstraram que o grupo ocitocina apresentou um número maior de cooperações totais e cooperações mútuas, com estabilização do comportamento de cooperação na segunda metade do jogo. Posto isto, e, juntamente com trabalhos que examinam as bases neurais do comportamento cooperativo, acreditamos que a ocitocina possa modular a cooperação entre indivíduosIn everyday life, decision-making situations are highly complex and unstructured, especially when they are related to social interactions. Therefore, integrating information about the other\'s mental states allows us to make changes in their behavior, directing our uses. In this scenario, many organisms develop cooperative behavioral strategies, or which present a challenge to evolutionary theory. Assuming that the foundations of active interactions are probable social interactions, it is possible to develop models that demonstrate cooperation as an evolutionarily stable strategy. Studies have been using game theory paradigms to simulate our everyday choices. One tool is the famous itereted prisoner\'s dilemma, where people must make successive decisions about cooperation or not, seeking to optimize their gain. Also, the involvement of oxytocin with various elements of social cognition, such as the promotion of professional use, has also been demonstrated in studies with cooperative games, suggesting that oxytocin has an interactive social risk performance. Thus, our work investigated the influence of oxytocin on the confidence gained among players in the decision-making process, facing a sequential game inspired by the iterated prisoner\'s dilemma. The study was conducted with 80 male college students, aged 19 to 45 years. Participants, split between the oxytocin and placebo groups, were invited to play the two-player iterated prisoner\'s dilemma, with a range of at least 10 and up to 30 teams following the options throughout the game. Overall, our demonstrated results for the oxytocin group show a larger number of full cooperations and mutual cooperatives, with the establishment of cooperative behavior in the second half of the game. That said, and together with the papers that examine neural foundations of cooperative behavior, we believe that oxytocin can modulate cooperation between individualsBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrito, IvanaCorrea, Thiago Camargo2020-03-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28052020-190146/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-05-29T23:52:02Zoai:teses.usp.br:tde-28052020-190146Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-05-29T23:52:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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