Mineralogia, micromorfologia e distribuição granulométrica dos materiais alterados de uma toposseqüência da Lagoa Campestre, Complexo Alcalino Carbonático de Salitre II, Minas Gerais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-22102015-152213/ |
Resumo: | O complexo de Salitre está localizado nas proximidades da cidade de Patrocínio, no Estado de Minas Gerais, Brasil. Os tipos litológicos associados o classificam como um complexo de natureza ultramafico-alcalino-carbonatítica. Esse comlexo é circundado fenitos resultantes de efeitos metassomáticos com as rochas quartzíticas encaixantes. A feição geomorfológica do complexo é um domo semicircular com uma bacia interior de drenagem que converge numa depressão. Essa depressão é denominada Lagoa Campestre. Visando entender os processos de transporte dos materiais dentro desse sistema, foi desenvolvido dentro de um projeto temático, uma série de trabalhos na área. Dentre eles foi realizada uma série de toposseqüência nas vertentes ao redor da lagoa. Nesta dissertação são apresentados os estudos realizados em uma dessas vertentes. A toposseqüência LCA foi realizada por meio de uma série sistemática de tradagens ao longo da porção que compreende desde a metade inferior até jusante, na borda SE da lagoa. Curvas isodiferenciais foram executadas com base no material obtido nas tradagens. Essas curvas evidenciaram uma sucessão de horizontes sobrepostos que permitiam subdividir a toposseqüência em três zonas. A montante, onde os horizontes são paralelos a superfície topográfica; na metade onde os horizontes são discordantes e se expressam em direção a jusante, e à jusante onde horizontes apresentavam ou características turfosas, ou com relíquia de turfas. Análises granulométricas, mineralógicas e micromorfológicas foram conduzidas com o objetivo de detalhar essa seção, e tenter compreender sua evolução. A paragênese principal é composta por minerais secundários: caolinita, gibbsita, anatásio alumino-fosfatos do grupo da crandallita (provável florencita) e o fosfato rabdofânio. Além destes, é muito provável que haja uma importante contribuição da fase amorfa junto aos minerais secundários. Os minerais secundários ) residuais são assessórios e se constituem por ilmenita, magnetita, perovskita, monazita e rutilo, e ainda zircão, calzirtita e badeleíta. Os minerais secundários encontram-se distribuídos em todas as frações granulométricas, inclusive a fração areia, onde ocorrem na forma de agregados com ou sem minerais residuais. As variações mineralógicas ao longo da toposseqüência é quase homogênea. As exceções são níveis profundos de montante onde a gibbsita não foi detectada. As variações granulométricas permitiram verificar características eluviais no topo dos horizontes de superfície, e iluviais nos níveis mais profundos da toposseqüência. Nos horizontes intermediários há evidências da ação dos processos. Isso é verificado principalmente com as análises micromorfológicas, que mostram um aorganização plásmatica que tende à redução de porosidade conforme aumenta a profundidade. Essa porosidade é reduzida por uma reorganização da assembléia inertextica e granular são notadas concentrações plásmicas reliquiares que parecem ter se desenvolvido dentro de uma assembléia porfirosquélica. Isso sugere a importância do aprofundamento da frente de alteração, colocando um antigo domínio iluvial em condições eluviais. De posse dessas informações, sugeriu-se três estágios de evolução, sobre material de mesma origem, para esta vertente: no topo um estágio, na metade um estágio intermediário e a jusante um estágio mais recente. |
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Nesta dissertação são apresentados os estudos realizados em uma dessas vertentes. A toposseqüência LCA foi realizada por meio de uma série sistemática de tradagens ao longo da porção que compreende desde a metade inferior até jusante, na borda SE da lagoa. Curvas isodiferenciais foram executadas com base no material obtido nas tradagens. Essas curvas evidenciaram uma sucessão de horizontes sobrepostos que permitiam subdividir a toposseqüência em três zonas. A montante, onde os horizontes são paralelos a superfície topográfica; na metade onde os horizontes são discordantes e se expressam em direção a jusante, e à jusante onde horizontes apresentavam ou características turfosas, ou com relíquia de turfas. Análises granulométricas, mineralógicas e micromorfológicas foram conduzidas com o objetivo de detalhar essa seção, e tenter compreender sua evolução. A paragênese principal é composta por minerais secundários: caolinita, gibbsita, anatásio alumino-fosfatos do grupo da crandallita (provável florencita) e o fosfato rabdofânio. Além destes, é muito provável que haja uma importante contribuição da fase amorfa junto aos minerais secundários. Os minerais secundários ) residuais são assessórios e se constituem por ilmenita, magnetita, perovskita, monazita e rutilo, e ainda zircão, calzirtita e badeleíta. Os minerais secundários encontram-se distribuídos em todas as frações granulométricas, inclusive a fração areia, onde ocorrem na forma de agregados com ou sem minerais residuais. As variações mineralógicas ao longo da toposseqüência é quase homogênea. As exceções são níveis profundos de montante onde a gibbsita não foi detectada. As variações granulométricas permitiram verificar características eluviais no topo dos horizontes de superfície, e iluviais nos níveis mais profundos da toposseqüência. Nos horizontes intermediários há evidências da ação dos processos. Isso é verificado principalmente com as análises micromorfológicas, que mostram um aorganização plásmatica que tende à redução de porosidade conforme aumenta a profundidade. Essa porosidade é reduzida por uma reorganização da assembléia inertextica e granular são notadas concentrações plásmicas reliquiares que parecem ter se desenvolvido dentro de uma assembléia porfirosquélica. Isso sugere a importância do aprofundamento da frente de alteração, colocando um antigo domínio iluvial em condições eluviais. De posse dessas informações, sugeriu-se três estágios de evolução, sobre material de mesma origem, para esta vertente: no topo um estágio, na metade um estágio intermediário e a jusante um estágio mais recente.The Salitre complex is located near the Patrocínio city, in Minas Gerais State, Brazil. The litologycal types associated classify it like an ultramafic-alkaline-carnonatitic complex. This complex is surrounded by fenites which resulted from a metassomatic event with the schistitics and quartzitcs wall rocks. The geomorphogycal shape of this complex is a semicircular dome with a interior drainage basin that converges in a depression. This depression is named Lagoa Campestre. To understand the process of the materials transported into this system, it was developed in a tematical project, a sistematic work in the area. Among these, it was carried out many topossequences in the slopes around the lake. This work presents the results obtained from the study of one of these slopes. The LCA topossequence was made with a sistematical series of boring along the portion that comprise from the inferior middle to downslope, in the SE edge of the lake. Isodifferentiation curves was done based on the material from the boring. These curves clearly showed a succession of superimposed soil horizonts that permitted to divide the topossequence in three zones. At the top of the topossequence the horizons were parallels topographic surface; at the middle the horizons were discordant and thickened itself to the downslope; and at the downslope the horizons have peats features or reliquial peats. Granulometrical, mineralogycal and micromorfologycal analyses was made for the purpose of detail these sections and try to understand it.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSígolo, Joel BarbujianiApati, Sueli1997-06-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-22102015-152213/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:58Zoai:teses.usp.br:tde-22102015-152213Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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