O diálogo entre o design e a arte na sociedade de consumo: do uso ao valor de seleção

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sniker, Tomas Guner
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-25102010-172500/
Resumo: A investigação deste Trabalho consiste em um estudo sobre o diálogo entre o design e a arte na sociedade de consumo contemporânea, denominada como hiperconsumidora. Neste contexto, o produto industrializado tece um diálogo com a atividade artística por meio de associações, cada vez mais comuns, entre o universo da arte e grandes marcas e corporações. Procuramos introduzir este assunto por meio de um percurso histórico do período moderno até o contemporâneo, destacando os momentos mais relevantes em que o diálogo entre design e arte contribuiu para o desenvolvimento dos produtos industrializados. Com o intuito de contextualizar este diálogo em fases, tomamos quatro valores atribuídos às mercadorias: uso, troca, posse e seleção. Enquanto os valores de uso e troca se apresentaram como característicos dos primeiros momentos da civilização de consumo, o surgimento dos valores de posse e seleção são reflexos do hipercosumo, que se desenvolveu no decorrer das últimas quatro décadas. Em específico, o valor de seleção dos objetos nos serviu como fundamento para nossas considerações sobre as relações entre o universo da arte e as grandes marcas. Nesse contexto, o valor de seleção representou a ênfase da indústria no consumidor que, na contemporaneidade, é capaz de articular as informações que lhe vêm das características dos mais diversos produtos e serviços em acordo com suas necessidades e desejos. Assim, num mercado consumidor cujo acirramento da concorrência é cada vez maior, verificamos o emprego de ações que criem diferenciais que sejam únicos e inovadores e que contribuam na construção de valores junto às marcas e produtos. Para tanto, notamos a utilização de alguns recursos, que vão desde o investimento na qualidade estética dos produtos e ambientes, até o emprego de ações envolvendo festivais, intervenções e exposições de arte. Ao considerarmos que verificar estas novas relações consistia em explorar o sistema que as envolve, analisamos o sistema de arte moderna: o Regime de Consumo, como fundamento e, em seguida, a sua transposição para o Regime de Comunicação, o sistema de arte contemporânea. Desta feita, verificamos como o Regime de Comunicação se sustenta no circuito em rede, que é ampliado pelas novas tecnologias da comunicação e é capaz de assegurar o diálogo com as marcas e produtos industrializados.
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Com o intuito de contextualizar este diálogo em fases, tomamos quatro valores atribuídos às mercadorias: uso, troca, posse e seleção. Enquanto os valores de uso e troca se apresentaram como característicos dos primeiros momentos da civilização de consumo, o surgimento dos valores de posse e seleção são reflexos do hipercosumo, que se desenvolveu no decorrer das últimas quatro décadas. Em específico, o valor de seleção dos objetos nos serviu como fundamento para nossas considerações sobre as relações entre o universo da arte e as grandes marcas. Nesse contexto, o valor de seleção representou a ênfase da indústria no consumidor que, na contemporaneidade, é capaz de articular as informações que lhe vêm das características dos mais diversos produtos e serviços em acordo com suas necessidades e desejos. Assim, num mercado consumidor cujo acirramento da concorrência é cada vez maior, verificamos o emprego de ações que criem diferenciais que sejam únicos e inovadores e que contribuam na construção de valores junto às marcas e produtos. Para tanto, notamos a utilização de alguns recursos, que vão desde o investimento na qualidade estética dos produtos e ambientes, até o emprego de ações envolvendo festivais, intervenções e exposições de arte. Ao considerarmos que verificar estas novas relações consistia em explorar o sistema que as envolve, analisamos o sistema de arte moderna: o Regime de Consumo, como fundamento e, em seguida, a sua transposição para o Regime de Comunicação, o sistema de arte contemporânea. Desta feita, verificamos como o Regime de Comunicação se sustenta no circuito em rede, que é ampliado pelas novas tecnologias da comunicação e é capaz de assegurar o diálogo com as marcas e produtos industrializados.This works investigation is based on a study that covers the dialog between design and art on the contemporaneous consumer society, known as hyper-consumer. Within this theory, processed products compose a dialog with artistic activity that goes through associations, more usual by the second, among art universe and big brands and companies. We tried to introduce this issue showing the historical path from modern to contemporary periods, highlighting the most relevant moments in which the dialog between design and art contributed to processed products development. In order to bring these dialogs into words, four attributed values to these commodities were adopted: usage, exchange, ownership and selection. While usage and exchange appeared as typical on primary moments of this consumer period, ownership and selection were born from the hyper-consumer era, which has expanded in the past four decades. More specifically, the object selections value was the foundation of our thoughts about the relationship between art universe and big brands. The selection value in this context represented how much emphasis the company is able to apply on its consumer, who nowadays, is capable of vary its needs and process the information that comes from the most different products and services properties. Therefore, on a consumer market in which competition is more and more fearless, we could observe some actions that can be applied in order to create uniqueness and innovation and contribute to build values along with brands and products. To that end, weve been observing some resources that go from products and environments esthetic quality investments to different actions adopted in order to gather artistic activity like concerts, celebrations and shows. As we realized that verifying those new relationships were based on explore the system that surrounds them, we could analyze the modern art system: the Consuming Regime, as the foundation, and then its conversion to the Communication Regime, a contemporaneous art system. From this moment on, we verified how the Communication Regime remains in the net circuit, which is enlarged by new communication technologies and is able to assure the dialog between brands and processed products.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTavares, Monica Baptista SampaioSniker, Tomas Guner2009-04-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-25102010-172500/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:12Zoai:teses.usp.br:tde-25102010-172500Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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