Avaliação de Myrcia bella em células de osteossarcoma murino: efeito do extrato bruto e frações de elagitaninos e flavonoides

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fakhoury, Vanessa Svizzero
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-26102021-105803/
Resumo: O osteossarcoma (OS) é o tipo mais comum de câncer que se desenvolve nos ossos, caracterizado pela formação de osteócitos anormais. Os produtos naturais estão surgindo consistentemente no campo da saúde médica com implicações terapêuticas promissoras, devido à resistência aos medicamentos na taxa de cura na quimioterapia em osteossarcoma. As plantas medicinais compõem parte da biodiversidade e são abundantemente utilizadas desde a existência da humanidade. Entre as espécies medicinais de destaque do Cerrado, encontra-se a Myrcia bella Cambess, da família Myrtaceae. Estudos demonstram que espécies do gênero Myrcia têm sido utilizadas na medicina popular como adstringentes, diuréticos, no estancamento de hemorragias, tratamento de hipertensão e Diabetes mellitus e também contra células de tumor gástrico. Estudos de fitoquímica do extrato hidroalcoólico das folhas de Myrcia bella (MB) revelaram heterosídeos de flavonoides acetilados derivados de quercetina e miricetina, além de taninos derivados de ácido elágico e ácido gálico. Deste modo, MB tem demonstrado um promissor potencial contra diversas alterações patológicas, sendo necessário o entendimento de sua ação e confirmação de concentrações seguras. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos de MB sobre células tumorais de osteossarcoma UMR-106 (in vitro). Foram realizados os ensaios de viabilidade celular em diferentes concentrações do extrato bruto (CE) de folhas de MB e frações de elagitanino (ELT) e flavonoide (FV) utilizando pré-osteoblastos diferenciados (MC3T3-E1) como controle e, após determinadas as concentrações, foi avaliado o potencial migratório, produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) das células e ensaios para verificar a atividade de metaloproteinases de matriz (MMP) -2 e -9 no período de 48h. Os resultados em UMR-106 mostraram que CE 80 g/mL, ELT 160 g/mL e FV 64 g/mL reduziram a viabilidade celular (p<0,05). A fração FV 64 g/mL inibiu a migração celular, diminuiu a produção de ROS e teve efeito na redução da atividade da MMP-2 com diferenças significativas quando comparadas ao controle e mostrou tendência na redução da atividade da MMP-9. A partir dos resultados obtidos, o CE e principalmente o FV apresentaram atividade antioxidante e efeito citotóxico sobre a linhagem celular testada.
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Estudos demonstram que espécies do gênero Myrcia têm sido utilizadas na medicina popular como adstringentes, diuréticos, no estancamento de hemorragias, tratamento de hipertensão e Diabetes mellitus e também contra células de tumor gástrico. Estudos de fitoquímica do extrato hidroalcoólico das folhas de Myrcia bella (MB) revelaram heterosídeos de flavonoides acetilados derivados de quercetina e miricetina, além de taninos derivados de ácido elágico e ácido gálico. Deste modo, MB tem demonstrado um promissor potencial contra diversas alterações patológicas, sendo necessário o entendimento de sua ação e confirmação de concentrações seguras. Assim, o presente estudo avaliou os efeitos de MB sobre células tumorais de osteossarcoma UMR-106 (in vitro). Foram realizados os ensaios de viabilidade celular em diferentes concentrações do extrato bruto (CE) de folhas de MB e frações de elagitanino (ELT) e flavonoide (FV) utilizando pré-osteoblastos diferenciados (MC3T3-E1) como controle e, após determinadas as concentrações, foi avaliado o potencial migratório, produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) das células e ensaios para verificar a atividade de metaloproteinases de matriz (MMP) -2 e -9 no período de 48h. Os resultados em UMR-106 mostraram que CE 80 g/mL, ELT 160 g/mL e FV 64 g/mL reduziram a viabilidade celular (p<0,05). A fração FV 64 g/mL inibiu a migração celular, diminuiu a produção de ROS e teve efeito na redução da atividade da MMP-2 com diferenças significativas quando comparadas ao controle e mostrou tendência na redução da atividade da MMP-9. A partir dos resultados obtidos, o CE e principalmente o FV apresentaram atividade antioxidante e efeito citotóxico sobre a linhagem celular testada.Osteosarcoma (OS) is the most common type of cancer that develops in bone tissue, characterized by the formation of abnormal osteocytes. Natural products are consistently emerging in the medical health field with promising therapeutic implications, due to drug resistance in the cure rate for chemotherapy in osteosarcoma. Medicinal plants make up part of biodiversity and have been used extensively throughout the existence of mankind. Among the medicinal species of note in the Cerrado is Myrcia bella Cambess, from the Myrtaceae family. Studies show that species of the genre Myrcia have been used in folk medicine as astringents, diuretics, in stopping bleeding, treating hypertension and Diabetes mellitus and also against gastric tumor cells. Phytochemical studies of the hydroalcoholic extract of the leaves of Myrcia bella (MB), revealed of acetylated flavonoid heterosides derived from quercetin and myricetin, in addition to tannins derived from ellagic acid and gallic acid. Thus, MB has demonstrated a promising potential against several pathological alterations, requiring the understanding of its action and confirmation of safe concentrations. This study evaluated the effects of MB on UMR-106 osteosarcoma tumor cells (in vitro). Cell viability tests were carried out at different concentrations of crude extract (CE) of MB leaves and ellagitannin (ELT) and flavonoid (FV) fractions using differentiated pre-osteoblast (MC3T3-E1) as a control, and then determined concentrations, evaluated the migratory potential, production of reactive oxygen species from the cells (ROS) and assays to verify the activity of matrix metalloproteinases (MMP) -2 and -9 in the period of 48h. The results in UMR-106 showed that CE 80 g/mL, ELT 160 g/mL and FV 64 g/mL reduced cell viability (p <0.05). The FV fraction 64 g/mL inhibited cell migration, decreased the production of ROS and had an effect in reducing the activity of MMP-2 with significant differences when compared to the control and showed a tendency in reducing the activity of MMP-9. From the results obtained, the CE and mainly FV showed antioxidant activity and cytotoxic effect on the tested cell line.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliveira, Rodrigo Cardoso deFakhoury, Vanessa Svizzero2020-06-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-26102021-105803/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-02T13:36:02Zoai:teses.usp.br:tde-26102021-105803Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-02T13:36:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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