Quantificação de danos e controle pós-colheita de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus spp.) em pêssegos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-22012007-150735/ |
Resumo: | O objetivo desse trabalho foi quantificar e caracterizar danos pós-colheita em pêssegos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAGESP e testar produtos sanificantes no controle de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus spp.). Para tanto, foram realizadas vinte avaliações semanais, entre as safras de 2003 e 2004, amostrando-se 1% do total de caixas de pêssegos em cinco permissionários que comercializam esta fruta. As amostragens foram estratificadas por variedade, calibre e produtor. Em todos os frutos de cada amostra foram quantificados os danos abióticos e as doenças pré e póscolheita. Os patógenos Monilinia fructicola e Rhizopus spp. foram cultivados em meio de cultura para realização dos experimentos de controle in vitro e in vivo utilizando cloreto de benzalcônio, dióxido de cloro, Ecolife40® e hipoclorito de cálcio, realizados de forma curativa e preventiva, além do gás ozônio aplicado somente curativamente. A incidência média de frutos danificados foi de 42% em 2003 e 32% em 2004, sendo subdivididos em injúrias mecânicas pré-colheita 18 e 12% em 2003 e 2004, respectivamente, e pós-colheita 12% em 2003 e 13% em 2004; doenças pré-colheita 3 e 1% em 2003 e 2004, respectivamente, e pós-colheita 4% em 2003 e 2% em 2004. O fungo do gênero Cladosporium sp. foi o patógeno que mais ocorreu nas safras avaliadas com 30% em 2003 e 28% em 2004. Injúria mecânica foi o tipo de dano póscolheita mais freqüente em pêssegos. Pêssegos da variedade Aurora foram os mais sensíveis às doenças pós-colheita. Nos testes in vitro cloreto de benzalcônio e Ecolife40®, ambos na concentração de 1000 ppm, inibiram totalmente o crescimento da M. fructicola. Nenhum dos produtos testados foi eficiente no controle de Rhizopus spp. in vitro. Nos testes in vivo, somente o cloreto de benzalcônio na concentração de 2 mL. L-1 e Ecolife40® a 3 mL. L-1, quando aplicados nos pêssegos de forma preventiva, reduziram significativamente a podridão parda em relação à testemunha, em frutos sem ferimento. O cloreto de benzalcônio inibiu a infecção de Monilinia fructicola em todas as concentrações utilizadas, quando aplicado de forma curativa em pêssegos sem ferimento. Hipoclorito de cálcio a 0,1, 0,2 e 0,3 g. L-1 e dióxido de cloro a 2 e 3 mL. L-1 também apresentaram inibição no crescimento de Monilinia fructicola nos testes curativos e inoculados sem ferimentos. Nenhum produto aplicado de forma curativa foi significativamente eficiente para impedir o desenvolvimento da podridão parda, quando a inoculação do fungo foi realizada sobre ferimentos no fruto. Nos experimentos, in vivo, realizados com Rhizopus spp. nenhum dos produtos e formas de tratamentos testados foram eficientes. O gás ozônio não foi eficiente, na concentração de 0,1 ppm, no controle de podridões parda e mole em pêssegos. |
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Quantificação de danos e controle pós-colheita de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus spp.) em pêssegosDamage quantification and postharvest control of brown rot (Monilinia fructicola) and soft rot (Rhizopus spp.) in peachesBrown rotDamagesDanosDoenças de planta - ControlePeachPêssegoPlant diseases - ControlPodridão-molePodridão-pardaPós-colheitaPostharvestSoft rotO objetivo desse trabalho foi quantificar e caracterizar danos pós-colheita em pêssegos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo - CEAGESP e testar produtos sanificantes no controle de podridão parda (Monilinia fructicola) e podridão mole (Rhizopus spp.). Para tanto, foram realizadas vinte avaliações semanais, entre as safras de 2003 e 2004, amostrando-se 1% do total de caixas de pêssegos em cinco permissionários que comercializam esta fruta. As amostragens foram estratificadas por variedade, calibre e produtor. Em todos os frutos de cada amostra foram quantificados os danos abióticos e as doenças pré e póscolheita. Os patógenos Monilinia fructicola e Rhizopus spp. foram cultivados em meio de cultura para realização dos experimentos de controle in vitro e in vivo utilizando cloreto de benzalcônio, dióxido de cloro, Ecolife40® e hipoclorito de cálcio, realizados de forma curativa e preventiva, além do gás ozônio aplicado somente curativamente. A incidência média de frutos danificados foi de 42% em 2003 e 32% em 2004, sendo subdivididos em injúrias mecânicas pré-colheita 18 e 12% em 2003 e 2004, respectivamente, e pós-colheita 12% em 2003 e 13% em 2004; doenças pré-colheita 3 e 1% em 2003 e 2004, respectivamente, e pós-colheita 4% em 2003 e 2% em 2004. O fungo do gênero Cladosporium sp. foi o patógeno que mais ocorreu nas safras avaliadas com 30% em 2003 e 28% em 2004. Injúria mecânica foi o tipo de dano póscolheita mais freqüente em pêssegos. Pêssegos da variedade Aurora foram os mais sensíveis às doenças pós-colheita. Nos testes in vitro cloreto de benzalcônio e Ecolife40®, ambos na concentração de 1000 ppm, inibiram totalmente o crescimento da M. fructicola. Nenhum dos produtos testados foi eficiente no controle de Rhizopus spp. in vitro. Nos testes in vivo, somente o cloreto de benzalcônio na concentração de 2 mL. L-1 e Ecolife40® a 3 mL. L-1, quando aplicados nos pêssegos de forma preventiva, reduziram significativamente a podridão parda em relação à testemunha, em frutos sem ferimento. O cloreto de benzalcônio inibiu a infecção de Monilinia fructicola em todas as concentrações utilizadas, quando aplicado de forma curativa em pêssegos sem ferimento. Hipoclorito de cálcio a 0,1, 0,2 e 0,3 g. L-1 e dióxido de cloro a 2 e 3 mL. L-1 também apresentaram inibição no crescimento de Monilinia fructicola nos testes curativos e inoculados sem ferimentos. Nenhum produto aplicado de forma curativa foi significativamente eficiente para impedir o desenvolvimento da podridão parda, quando a inoculação do fungo foi realizada sobre ferimentos no fruto. Nos experimentos, in vivo, realizados com Rhizopus spp. nenhum dos produtos e formas de tratamentos testados foram eficientes. O gás ozônio não foi eficiente, na concentração de 0,1 ppm, no controle de podridões parda e mole em pêssegos.The purposes of this study were to quantify and characterize postharvest damages in peaches commercialized at the Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de Sao Paulo ? CEAGESP, Brazil, as well as to evaluate the effectiveness of sanitizing products in controlling brown rot (Monilinia fructicola) and soft rot (Rhizopus spp.). Twenty weekly evaluations were carried out in 2003 and 2004 and 1% of all peach boxes from five concessionaires was sampled. Samples were stratified according to cultivar, caliber and grower. Every fruit in each sample was assessed as to abiotic damages and pre and postharvest diseases. The pathogens Monilinia fructicola and Rhizopus spp. were grown in culture medium to enable the conduction of the in vitro and in vivo experiments with benzalkonium chloride, chlorine dioxide, Ecolife40® and calcium hypochlorite used curatively and preventively, and ozone gas used only curatively. Average incidences of damaged fruits were 42% and 32% in 2003 and 2004, respectively, involving 18% and 12% pre harvest mechanical injuries, 12% and 13% postharvest injuries, 3% and 1% pre harvest diseases and 4% and 2% postharvest diseases, in 2003 and 2004, respectively. The fungus Cladosporium sp. was the most prevalent pathogen (30% in 2003 and 28% in 2004) in the periods evaluated. Postharvest mechanical injuries were the most common damages in peaches. Peaches cv. Aurora were the most susceptible to postharvest diseases. Benzalkonium chloride and Ecolife40®, both at 1000 ppm, completely inhibited the growth of M. fructicola in in vitro experiments. None of the products tested in this study was effective in the in vitro control of Rhizopus spp. Only the in vivo preventive treatment with benzalkonium chloride at 2 mL. L-1 and Ecolife40® at 3 mL. L-1 promoted significant reduction in brown rot in non-injured peaches when compared to control fruits. The curative use of benzalkonium chloride at all concentrations tested inhibited the infection by Monilinia fructicola in non-injured peaches. The curative application of calcium hypochlorite at 0,1; 0,2 and 0,3 g. L-1 and chlorine dioxide at 2,0 and 3,0 mL. L-1 also inhibited the growth of Monilinia fructicola in non-injured peaches. None of the products tested in curative treatments was significantly effective in preventing the development of brown rot when the fungus was inoculated on injured fruits. None of the products tested was effective in the in vivo control of Rhizopus spp. Ozone gas at 0,1 ppm was not effective in controlling brown rot and soft rot in peaches.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAmorim, LilianAbreu, Fabiana Marchi de2006-04-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-22012007-150735/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-22012007-150735Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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