Unha como biomarcador de exposição crônica ao flúor a partir da dieta em comunidades fluoretada e não fluoretada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Levy, Flávia Mauad
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25141/tde-03012005-162044/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi verificar se a unha pode ser usada como biomarcador de ingestão crônica de flúor (F) a partir da dieta, em crianças residentes em comunidades com água fluoretada ou não, bem como estimar a ingestão de F a partir da dieta consumida pelas mesmas. A amostra constou de 15 crianças (2-6 anos) residentes em Bauru-SP e 15 residentes em Itápolis-SP, cidades fluoretada (0,6-0,8 ppm) e não, respectivamente. As concentrações de F [F] presentes nas unhas, no plasma e na dieta duplicada foram analisadas com eletrodo íon-específico (Orion 9409), após difusão facilitada por HMDS. Os dados foram analisados pelo teste \"t\" pareado e não pareado e por estatística de correlação (p<0,05). A [F] média (µg/mL) encontrada no plasma das crianças de Itápolis (0,024 ± 0,020) foi ligeiramente maior que a encontrada nas crianças de Bauru (0,019 ± 0,011), no entanto esta diferença não foi estaticamente significante. A [F] média (µg/g) presente nas unhas das mãos e dos pés foi de 3,557±1,297 e 2,815±1,288, respectivamente para Bauru e de 2,292±1,250 e 1,580±0,589, respectivamente, para Itápolis, sendo as diferenças entre Bauru e Itápolis, e entre a [F] presente nas unhas das mãos e nas unhas dos pés estatisticamente significantes. As crianças de Bauru ingeriram, de acordo com a estimativa, uma quantidade significantemente maior de F a partir da dieta (0,551±0,610 mg), quando comparadas com as de Itápolis (0,088±0,056 mg), o que correspondeu a uma ingestão diária de 0,029 e 0,004 mg F/Kg peso corporal, para Bauru e Itápolis, respectivamente. Encontrou-se uma correlação positiva significante entre a [F] das unhas e a ingestão de F pela dieta (r=0,566, p=0,00112). Concluiu-se que a unha pode ser usada como biomarcador de ingestão crônica de F a partir da dieta, para diferenciar crianças na idade de risco para fluorose dentária, residentes em comunidades fluoretada ou não.
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