A dança do maxixe: um estudo sobre a mulher popular e seus movimentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Alana Felix
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-04112024-122609/
Resumo: Este trabalho visa compreender o maxixe brasileiro enquanto improvisação dançada. O maxixe, bem conhecido musicalmente, se desenvolve como maneira de dançar outros ritmos como a polca e a modinha. O maxixe surge como dança urbana e de salão, majoritariamente praticado em meio a festas, Teatro de Revista e bailes de carnaval das classes empobrecidas na cidade do Rio de Janeiro. A Belle Époque carioca é pano de fundo para o contexto dessa dança que necessita do par para acontecer nos bailes. O contato mulher/homem é fundamental para as características do maxixe dança. O objetivo deste trabalho foi analisar o contexto da cidade do Rio e das pessoas mais pobres que ali habitavam e vivenciavam o espaço com aparente liberdade, gerando em seus corpos mobilidade para que a dança aparecesse com mais naturalidade. O maior foco são as mulheres empobrecidas e trabalhadoras que justamente por sua condição, possuíam mais liberdade para se moverem na dança. Para a compreensão da conjuntura das pessoas e da dança, o trabalho contou com recortes de periódicos com notícias da cidade do Rio de Janeiro no fim do século XIX e início do XX. Para uma melhor compreensão de movimento, o trabalho contém fotografias que mimetizam os desenhos encontrados nos periódicos. As imagens ajudam na percepção do leitor no momento de observar as diferenças entre o maxixe influenciado por negros e dançado nos locais mais pobres e o maxixe dançado na europa e depois nos Estados Unidos da América, bem como a importância das mulheres pobres, negras e mestiças no processo.
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