Uso prolongado da voz em professoras universitárias: uma questão de saúde do trabalhador
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19012012-111538/ |
Resumo: | Professores possuem predisposição a desenvolver alterações vocais em relação aos demais trabalhadores que utilizam a voz como instrumento de trabalho. Em geral, eles não apresentam preparo para utilizar a voz, o que pode acarretar o aparecimento de patologias associadas ao uso vocal prolongado e excessivo. O uso prolongado da voz, de modo inadequado, pode acarretar distúrbios da voz relacionados ao trabalho. O objetivo do presente estudo foi analisar o uso prolongado da voz em professoras universitárias em situações de repouso, 30 minutos, 60 minutos e 90 minutos e comparar a intensidade vocal, a análise acústica e a análise perceptivo-auditiva da voz. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com análise comparativa dos dados de delineamento transversal, descritivo. Participaram do estudo 17 docentes, do sexo feminino com idade mínima de 31 anos e máxima de 47 anos pertencentes a uma Instituição de Ensino Superior. Todos os participantes foram submetidos a captura da intensidade vocal habitual, mínima e máxima e gravação da emissão da vogal /a/ prolongada; também, realizaram a leitura de um texto padronizado de higiene vocal para posterior extração dos parâmetros perceptivo-auditivos e acústicos. Os registros foram capturados nas situações de repouso, 30, 60 e 90 minutos da prova de uso prolongado da voz, que foi realizada no tempo máximo de uma hora e meia. A análise acústica revelou elevação nas medidas de frequência fundamental (p= 0,01) e proporção harmônico ruído (p= 0,05). A análise perceptivo-auditiva da GIRBAS entre os experts fonoaudiólogos revelou concordância e disconcordância estatística durante as situações de uso prolongado da voz. Foram concordantes nas situações de repouso (instabilidade, rugosidade, soprosidade, astenia e tensão) e o parâmetro vocal loudness; 30 minutos (todos os parâmetros foram concordantes) 60 minutos (rugosidade, soprosidade, astenia e tensão); 90 minutos (soprosidade, astênia e tensão) e nos parâmetros vocais loudness e pitch. E os discordantes nas situações de repouso (Grau Geral) e o parâmetro vocal loudness, 60 minutos (Grau Geral e instabilidade), 90 minutos (Grau Geral, instabilidade e rugosidade). As medidas de extensão vocal e intensidade vocal habitual, mínima e máxima também não revelaram alterações significativas após o uso prolongado da voz. Deste modo, concluiu-se que o uso prolongado da voz em professoras universitárias não promoveu alterações significativas quanto a intensidade vocal e extensão dinâmica, havendo redução dos parâmetros perceptivo-auditivos ao longo do uso da voz. Entretanto, a análise acústica apresentou elevação dos parâmetros frequência fundamental e proporção harmônico ruído. |
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Uso prolongado da voz em professoras universitárias: uma questão de saúde do trabalhadorUso prolongado da voz em professoras universitárias: uma questão de saúde do trabalhadorDocente e Saúde do trabalhadorEsforço vocalfacultyFadiga vocalProlonged use of voiceUso prolongado da Vozvocal fatiguevocal strainworker's healthProfessores possuem predisposição a desenvolver alterações vocais em relação aos demais trabalhadores que utilizam a voz como instrumento de trabalho. Em geral, eles não apresentam preparo para utilizar a voz, o que pode acarretar o aparecimento de patologias associadas ao uso vocal prolongado e excessivo. O uso prolongado da voz, de modo inadequado, pode acarretar distúrbios da voz relacionados ao trabalho. O objetivo do presente estudo foi analisar o uso prolongado da voz em professoras universitárias em situações de repouso, 30 minutos, 60 minutos e 90 minutos e comparar a intensidade vocal, a análise acústica e a análise perceptivo-auditiva da voz. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com análise comparativa dos dados de delineamento transversal, descritivo. Participaram do estudo 17 docentes, do sexo feminino com idade mínima de 31 anos e máxima de 47 anos pertencentes a uma Instituição de Ensino Superior. Todos os participantes foram submetidos a captura da intensidade vocal habitual, mínima e máxima e gravação da emissão da vogal /a/ prolongada; também, realizaram a leitura de um texto padronizado de higiene vocal para posterior extração dos parâmetros perceptivo-auditivos e acústicos. Os registros foram capturados nas situações de repouso, 30, 60 e 90 minutos da prova de uso prolongado da voz, que foi realizada no tempo máximo de uma hora e meia. A análise acústica revelou elevação nas medidas de frequência fundamental (p= 0,01) e proporção harmônico ruído (p= 0,05). A análise perceptivo-auditiva da GIRBAS entre os experts fonoaudiólogos revelou concordância e disconcordância estatística durante as situações de uso prolongado da voz. Foram concordantes nas situações de repouso (instabilidade, rugosidade, soprosidade, astenia e tensão) e o parâmetro vocal loudness; 30 minutos (todos os parâmetros foram concordantes) 60 minutos (rugosidade, soprosidade, astenia e tensão); 90 minutos (soprosidade, astênia e tensão) e nos parâmetros vocais loudness e pitch. E os discordantes nas situações de repouso (Grau Geral) e o parâmetro vocal loudness, 60 minutos (Grau Geral e instabilidade), 90 minutos (Grau Geral, instabilidade e rugosidade). As medidas de extensão vocal e intensidade vocal habitual, mínima e máxima também não revelaram alterações significativas após o uso prolongado da voz. Deste modo, concluiu-se que o uso prolongado da voz em professoras universitárias não promoveu alterações significativas quanto a intensidade vocal e extensão dinâmica, havendo redução dos parâmetros perceptivo-auditivos ao longo do uso da voz. Entretanto, a análise acústica apresentou elevação dos parâmetros frequência fundamental e proporção harmônico ruído.Teachers have a propensity to develop vocal changes when compared to other professionals who use their voice as a work tool. In general, they tend to exhibit no skills to use their voice professionally, which may trigger pathologies related to prolonged or excessive use. Prolonged, inadequate use may give rise to job-related disorders. The objective of the present study was to analyze prolonged use of voice among university professors under resting conditions at 30, 60, and 90 minutes and then compare voice pitch, acoustic analysis, and auditory-perceptive analysis of voice. It is a quantitative study that involved cross-sectional, descriptive analysis of comparative data. Seventeen female faculties aged 31 at least and 47 at most participated in the study. All subjects underwent habitual speech intensity- minimum and maximum- capture test and a test involving uttering the long vowel /ä/. They also read a standard text on vocal hygiene so that acoustic and auditory-perceptive parameters could be elicited later. Registers were captured under resting conditions at 30, 60, and 90 minutes of the test of prolonged use of voice, which was carried out within a maximum time frame of one and a half hours. Acoustic analysis revealed increased measures in fundamental frequency (p=o,o1) and harmoniousness/loudness ratio (p= 0,05). GIRBAS auditory-perceptive analysis among speech pathologists revealed statistical agreement and disagreement. Under resting conditions, instability, breathiness, vocal weakness, and strain, and the parameter loudness; at 30 minutes all parameters were concurrent; at 60 minutes roughness, breathiness, vocal weakness, and strain; at 90 minutes breathiness, vocal weakness, and strain and the parameters loudness and pitch were concurrent; however, under resting conditions, general level and the parameter loudness; at 60 minutes, general level and instability; at 90 minutes, general level, instability, and roughness were not concurrent. Vocal range and habitual vocal intensity measures, minimum and maximum, did not reveal significant changes after prolonged use of voice. Therefore, one may conclude that the prolonged use of voice among professors did not promote significant changes to their vocal range and vocal dynamics, with a decrease in auditory-perceptive parameters as the voice was being used. Nevertheless, acoustic analysis did reveal increased fundamental frequency and increased harmoniousness/loudness ratio.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRicz, Lilian Neto AguiarRobazzi, Maria Lucia do Carmo CruzAlves, Liliana Amorim2011-12-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-19012012-111538/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-19012012-111538Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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