Modulação periférica de marcadores de estresse oxidativo nas psicoses: análise em indivíduos com alto risco para psicose e esquizofrenia crônica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-16092024-121618/ |
Resumo: | O desequilíbrio fisiológico entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROS) e o sistema de defesa antioxidante leva ao estresse oxidativo. A geração de espécies reativas é o resultado do metabolismo do oxigênio, já as defesas antioxidantes diminuem ou inibem os danos causados por esse desequilíbrio. Sabe-se que o cérebro é muito sensível ao estresse oxidativo, uma vez que utiliza altas taxas de oxigênio e possui defesas antioxidantes modestas. Já foi descrito nas psicoses, bem como em indivíduos com alto risco a desenvolver psicose franca ou Ultra-high Risk (UHR), alterações significativas nos níveis de enzimas antioxidantes, o que resultaria em maior concentração de EROS no sistema nervoso central. O principal objetivo desse projeto é avaliar os marcadores de estresse oxidativo - substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico (TBARS), proteína carbonilada, e as enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) em indivíduos UHR, pacientes com esquizofrenia crônica e indivíduos controles saudáveis. Utilizamos kits comerciais para medir a atividade enzimática em plasma. Nossos resultados mostram atividade reduzida da enzima SOD em pacientes com SCZ crônica. Essa redução foi correlacionada com os sintomas positivos e gerais da escala das síndromes positiva e negativa (PANSS). Também foi constatado aumento de TBARS em pacientes UHR. As enzimas CAT e GPx e as proteínas carboniladas não demonstraram diferença significativa entre os grupos avaliados. Mais estudos se fazem necessários para entender melhor o papel das alterações oxidativas, tanto nas doenças neuropsiquiátricas quanto ao nível celular, sinais inflamatórios e sua disrupção no metabolismo normal de membranas |
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Modulação periférica de marcadores de estresse oxidativo nas psicoses: análise em indivíduos com alto risco para psicose e esquizofrenia crônicaPeripheral modulation of oxidative stress markers in psychoses: analysis in individuals at high risk for psychosis and chronic schizophreniaBiomarcadoresBiomarkersEsquizofreniaEstresse oxidativoOxidative stressPsicosesPsychosisSchizophreniaUltra-High RiskUltra-High RiskO desequilíbrio fisiológico entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROS) e o sistema de defesa antioxidante leva ao estresse oxidativo. A geração de espécies reativas é o resultado do metabolismo do oxigênio, já as defesas antioxidantes diminuem ou inibem os danos causados por esse desequilíbrio. Sabe-se que o cérebro é muito sensível ao estresse oxidativo, uma vez que utiliza altas taxas de oxigênio e possui defesas antioxidantes modestas. Já foi descrito nas psicoses, bem como em indivíduos com alto risco a desenvolver psicose franca ou Ultra-high Risk (UHR), alterações significativas nos níveis de enzimas antioxidantes, o que resultaria em maior concentração de EROS no sistema nervoso central. O principal objetivo desse projeto é avaliar os marcadores de estresse oxidativo - substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico (TBARS), proteína carbonilada, e as enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) em indivíduos UHR, pacientes com esquizofrenia crônica e indivíduos controles saudáveis. Utilizamos kits comerciais para medir a atividade enzimática em plasma. Nossos resultados mostram atividade reduzida da enzima SOD em pacientes com SCZ crônica. Essa redução foi correlacionada com os sintomas positivos e gerais da escala das síndromes positiva e negativa (PANSS). Também foi constatado aumento de TBARS em pacientes UHR. As enzimas CAT e GPx e as proteínas carboniladas não demonstraram diferença significativa entre os grupos avaliados. Mais estudos se fazem necessários para entender melhor o papel das alterações oxidativas, tanto nas doenças neuropsiquiátricas quanto ao nível celular, sinais inflamatórios e sua disrupção no metabolismo normal de membranasThe physiological imbalance between the production of reactive oxygen species (ROS) and the antioxidant defense system leads to oxidative stress. The generation of reactive species is the result of oxygen metabolism, while antioxidant defenses reduce or inhibit the damage caused by this imbalance. It is known that the brain is very sensitive to oxidative stress, as it uses high levels of oxygen and has modest antioxidant defenses. It has already been described in psychoses, as well as in individuals at high risk of developing frank psychosis or Ultra-high Risk (UHR), significant changes in the levels of antioxidant enzymes, which would result in a greater concentration of ROS in the central nervous system. The main objective of this project is to evaluate markers of oxidative stress - reactive substances of thiobarbituric acid (TBARS), carbonyl protein, and the antioxidant enzymes superoxide dismutase (SOD), catalase (CAT) and glutathione peroxidase (GPx) in UHR individuals, patients with chronic schizophrenia and healthy controls. We use commercial kits to measure enzyme activity in plasma. Our results show reduced SOD enzyme activity in patients with chronic SCZ. This reduction was correlated with positive and general Positive and Negative Syndrome Scale (PANSS) symptoms. An increase in TBARS was also found in UHR patients. The CAT and GPx enzymes and carbonyl proteins did not demonstrate a significant difference between the groups evaluated. More studies are necessary so we can better understand the role of oxidative changes, both in neuropsychiatric diseases and at cellular level, inflammatory signals and theirdisruption in normal membrane metabolismBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTalib, Leda LemeStopiglia, Fernando Peterlevitz2024-06-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-16092024-121618/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-24T18:02:01Zoai:teses.usp.br:tde-16092024-121618Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-24T18:02:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O desequilíbrio fisiológico entre a produção de espécies reativas de oxigênio (EROS) e o sistema de defesa antioxidante leva ao estresse oxidativo. A geração de espécies reativas é o resultado do metabolismo do oxigênio, já as defesas antioxidantes diminuem ou inibem os danos causados por esse desequilíbrio. Sabe-se que o cérebro é muito sensível ao estresse oxidativo, uma vez que utiliza altas taxas de oxigênio e possui defesas antioxidantes modestas. Já foi descrito nas psicoses, bem como em indivíduos com alto risco a desenvolver psicose franca ou Ultra-high Risk (UHR), alterações significativas nos níveis de enzimas antioxidantes, o que resultaria em maior concentração de EROS no sistema nervoso central. O principal objetivo desse projeto é avaliar os marcadores de estresse oxidativo - substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico (TBARS), proteína carbonilada, e as enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) em indivíduos UHR, pacientes com esquizofrenia crônica e indivíduos controles saudáveis. Utilizamos kits comerciais para medir a atividade enzimática em plasma. Nossos resultados mostram atividade reduzida da enzima SOD em pacientes com SCZ crônica. Essa redução foi correlacionada com os sintomas positivos e gerais da escala das síndromes positiva e negativa (PANSS). Também foi constatado aumento de TBARS em pacientes UHR. As enzimas CAT e GPx e as proteínas carboniladas não demonstraram diferença significativa entre os grupos avaliados. Mais estudos se fazem necessários para entender melhor o papel das alterações oxidativas, tanto nas doenças neuropsiquiátricas quanto ao nível celular, sinais inflamatórios e sua disrupção no metabolismo normal de membranas |
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