Influência da temperatura no comportamento mecânico e desempenho de camadas estabilizadas com espuma de asfalto.

• Autor(a) principal: Guatimosim, Frederico Vasconcellos
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-17072023-152908/
• topic: Cold recycling; Deformação permanente; Espuma de asfalto; Foamed asphalt; Influência da temperatura; Permanent deformation; Reciclagem a frio; Rigidez; Stiffness; Temperature dependent

O crescimento da popularidade de técnicas de reciclagem a frio de pavimentos asfálticos foi motivado nas últimas décadas por suas características sustentáveis. A estabilização com espuma de asfalto é uma das técnicas em crescimento, produzindo uma mistura de comportamento granular, ao mesmo tempo em que exibe coesão devido ao ligante asfáltico adicionado e é suscetível à temperatura e frequência de carregamento. Este estudo tem como objetivo analisar a influência da temperatura no comportamento mecânico e no desempenho em campo de materiais estabilizados com espuma de asfalto. É apresentado uma revisão de diferentes métodos para o projeto de mistura e de estruturas com camadas estabilizadas com espuma de asfalto, mostrando que não há consenso sobre os procedimentos de projeto de mistura, nem para a abordagem usada para a previsão de desempenho. O comportamento mecânico é avaliado com FWD e testes de laboratório para cinco diferentes seções teste, com a realização de ensaios de caracterização do material, avaliação da cura ao longo do tempo e acompanhamento de sua resposta mecânica em pista. O efeito da variação de temperatura na rigidez do material é avaliado através de resultados de FWD e medições de temperatura in situ. O comportamento mecânico e o desempenho também são avaliados por meio de ensaios de Módulo de Resiliência, Módulo Dinâmico, ensaio Monotônico Triaxial e ensaios de deformação permanente de carga repetida. Os ensaios de caracterização em laboratório confirmaram a dependência do estado de tensões e comportamento viscoelástico enquanto os ensaios de deformação permanente mostraram influência tanto do estado de tensão quanto do efeito da temperatura, com pequenos incrementos de temperatura resultando em redução significativa no desempenho do material. O efeito da variação de temperatura nas respostas do material, avaliado através da análise mecanicista, é perceptível, mas a associação dessas respostas com o modelo de desempenho para deformação permanente levou a resultados contrários àqueles obtidos nos ensaios de laboratório.