Estudo do risco sistêmico das empresas resultantes de fusões e aquisições e as expectativas dos investidores e dos gestores
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-24012008-111604/ |
Resumo: | Diversos estudos apontam que as aquisições gerariam riqueza para os acionistas das empresas adquiridas, mas que para os acionistas adquirentes, estas atividades seriam projetos com valor presente líquido nulo. Com base nestas evidências, este trabalho investiga se uma das motivações para tais atividades residiria no objetivo dos gestores de reduzir o risco de suas carteiras de investimento, as quais seriam, teoricamente, menos diversificadas que aquela de seus acionistas, e concentradas em suas respectivas empresas. Gestores e acionistas teriam assim um conflito quanto ao nível de risco sistêmico e não-sistêmico que a empresa deveria assumir. Este conflito influenciaria não somente a variância dos retornos da empresa, mas também o próprio retorno médio aos acionistas e poderia ser considerado um custo de agência. O objetivo deste trabalho foi o de investigar se as aquisições alteram o risco total, o risco sistêmico e o risco não-sistêmico do retorno das ações das empresas adquirentes não-financeiras, de capital aberto e listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. As hipóteses do estudo testaram essas relações para uma amostra de 34 aquisições realizadas entre os anos de 1997 e 2005. Os resultados do estudo apontaram que a variância total das empresas adquirentes se reduziu após as aquisições, de forma estatisticamente significante. Decompondo-se a variância total em seus dois componentes - sistêmico e não-sistêmico, os resultados indicaram, entretanto, que essa redução da variância total decorreu da redução do risco não-sistêmico. Ao contrário do que foi proposto, verificou-se assim que a relação risco-retorno das empresas adquirentes, segundo a moderna teoria de finanças, não foi alterada após a aquisição das empresas-alvo, não gerando, deste modo, custos de agência relacionados ao desbalanceamento da carteira de investimento dos acionistas adquirentes. O retorno acima do ativo livre de risco da empresa adquirente e o risco sistêmico não apresentaram alteração estatisticamente significante. A combinação de empresas não afetaria, por isso, a exposição da adquirente a riscos sistêmicos, mas auxiliaria na redução dos riscos não-sistêmicos a que os gestores estariam expostos.Complementarmente ao objetivo principal, investigaram-se quais das variáveis independentes, identificadas em estudos anteriores como relacionadas aos eventos de aquisição, poderiam influenciar na alteração do risco não-sistêmico das empresas adquirentes da amostra selecionada. A análise dos resultados das regressões indicou que o ajuste linear não se mostrou o mais adequado para representar a relação entre a variação do risco não-sistêmico e as demais variáveis independentes, seja de forma individual ou simultânea. Desta forma, os resultados não foram conclusivos quanto aos fatores que influenciariam na redução do risco não-sistêmico das empresas adquirentes. |
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Estudo do risco sistêmico das empresas resultantes de fusões e aquisições e as expectativas dos investidores e dos gestoresStudy of the systemic risk of acquiring companies and the expectations of stockholders and managersAcquisitionsAquisiçõesConsolidaçãoFusõesMergersRiscoRiskDiversos estudos apontam que as aquisições gerariam riqueza para os acionistas das empresas adquiridas, mas que para os acionistas adquirentes, estas atividades seriam projetos com valor presente líquido nulo. Com base nestas evidências, este trabalho investiga se uma das motivações para tais atividades residiria no objetivo dos gestores de reduzir o risco de suas carteiras de investimento, as quais seriam, teoricamente, menos diversificadas que aquela de seus acionistas, e concentradas em suas respectivas empresas. Gestores e acionistas teriam assim um conflito quanto ao nível de risco sistêmico e não-sistêmico que a empresa deveria assumir. Este conflito influenciaria não somente a variância dos retornos da empresa, mas também o próprio retorno médio aos acionistas e poderia ser considerado um custo de agência. O objetivo deste trabalho foi o de investigar se as aquisições alteram o risco total, o risco sistêmico e o risco não-sistêmico do retorno das ações das empresas adquirentes não-financeiras, de capital aberto e listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. As hipóteses do estudo testaram essas relações para uma amostra de 34 aquisições realizadas entre os anos de 1997 e 2005. Os resultados do estudo apontaram que a variância total das empresas adquirentes se reduziu após as aquisições, de forma estatisticamente significante. Decompondo-se a variância total em seus dois componentes - sistêmico e não-sistêmico, os resultados indicaram, entretanto, que essa redução da variância total decorreu da redução do risco não-sistêmico. Ao contrário do que foi proposto, verificou-se assim que a relação risco-retorno das empresas adquirentes, segundo a moderna teoria de finanças, não foi alterada após a aquisição das empresas-alvo, não gerando, deste modo, custos de agência relacionados ao desbalanceamento da carteira de investimento dos acionistas adquirentes. O retorno acima do ativo livre de risco da empresa adquirente e o risco sistêmico não apresentaram alteração estatisticamente significante. A combinação de empresas não afetaria, por isso, a exposição da adquirente a riscos sistêmicos, mas auxiliaria na redução dos riscos não-sistêmicos a que os gestores estariam expostos.Complementarmente ao objetivo principal, investigaram-se quais das variáveis independentes, identificadas em estudos anteriores como relacionadas aos eventos de aquisição, poderiam influenciar na alteração do risco não-sistêmico das empresas adquirentes da amostra selecionada. A análise dos resultados das regressões indicou que o ajuste linear não se mostrou o mais adequado para representar a relação entre a variação do risco não-sistêmico e as demais variáveis independentes, seja de forma individual ou simultânea. Desta forma, os resultados não foram conclusivos quanto aos fatores que influenciariam na redução do risco não-sistêmico das empresas adquirentes.Previous research indicates that acquisitions create value for target shareholders, but for acquirers, such activities could be considered projects with no net present value. Considering such evidences, this research investigates whether one of the motivations for such activities could reside on the managers\' goal of reducing their investment portfolio risk. Such portfolio, theoretically, would be less diversified than that of their shareholders and concentrated on their respective organizations. Thus, managers and shareholders would have a conflict regarding the level of systemic and non-systemic risk which their companies should incur. Such conflict would impact not only the variance of the returns, but also the shareholders´ average returns, and could be considered an agency cost. The goal of this study was to investigate whether acquisitions modify the total, the systemic and the non-systemic risks of stock returns of non-financial acquirers listed in the São Paulo stock exchange. The hypothesis of this research tested such relationships for a sample of 34 acquisitions performed between 1997 and 2005. The results indicated that acquirers´ total variance was reduced after the acquisitions, and that such reduction was statistically significant. Partitioning the total variance in its two components - systemic and non-systemic, the results indicated that the reduction in the total variance derived from the reduction in its non-systemic component. Thus, the results pointed out that the relationship between acquirers´ risk and return, according to the modern financial theory, was not altered, and, in this way, did not generate agency costs related to the rebalancing of acquirers´ investment portfolio. The acquirer stock return over the risk-free asset and the systemic risk did not change in a statistically significant way. Enterprise merger, in this way, would not impact the acquirer\'s exposition to systemic risk, but would assist in the reduction of non-systemic risks to which managers are exposed. In addition to the mentioned goal, this research investigated which independent variables, identified in previous studies as related to acquisition events, could influence in the change of acquirers´ non-systemic risk. The linear regression results pointed out that the linear adjustment did not show to be an adequate representation of the relationship between non-systemic risk and the independent variables, individually or simultaneously. Thus, the results were inconclusive regarding the factors which could influence the reduction in acquirers´ non-systemic risk.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSecurato, Jose RobertoMálaga, Flavio Kezam2007-11-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-24012008-111604/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-24012008-111604Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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