Efeito da suplementação de diferentes tipos de carboidratos durante o exercício físico e nas respostas metabólicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-10052023-154006/ |
Resumo: | Atualmente é consenso na literatura que a suplementação de carboidrato (CHO) durante o exercício físico é capaz de melhorar o desempenho, questões metodológicas como, quantidade, concentração e tipo de CHO ingerido podem afetar sua resposta. A suplementação de carboidratos com diferentes índices glicêmicos (IG) (Konig, et al. 2016) durante o exercício endurance é pouco estudada. Foi sugerido que CHO de baixo IG, como a trealose, levarão a maiores benefícios de desempenho do que CHO de alto IG, como a maltodextrina. Com isso, este estudo teve como objetivo investigar os possíveis efeitos ergogênicos da suplementação de trealose ao longo do exercício em ciclistas treinados. Para tal foram recrutados treze ciclistas do sexo masculino, recreativamente treinados (VO2max 56,9 ± 10,0 ml·kg-1·min-1, idade 37 ± 6 anos, altura 1,78 ± 0,04 m, experiência em ciclismo 8 ± 6 anos) para um estudo crossover, contrabalanceado, duplo-cego e controlado por placebo. Foram realizadas sete visitas ao laboratório, uma para o teste VO2max, duas para familiarização com protocolo de teste em um ciclo ergômetro (100 minutos de exercício continuo seguido por 20 minutos de prova contrarrelógio) e quatro visitas com as coletas de dados (coletas sanguíneas a cada 20 minutos e biópsias musculares antes e imediatamente e após) nas seguintes condições: (a) placebo, (b) maltodextrina (10% CHO), (c) isomaltulose (5% CHO) e (d) trealose (5% CHO). Resultados: houve diferença no contrarrelógio de 20 minutos, no trabalho total (kJ), entre as bebidas trealose (302,3 ± 39,6 kJ) e controle (287,1 ± 48,8 kJ; p=0,02) e na média de potência (W), entre as bebidas trealose (251,92 ± 32,99 W) e controle (241,0 ± 39,6 W; p=0,034), mas nenhuma outra diferença entre as sessões (todas p 0,13). Conclusão: A suplementação de trealose ao longo do exercício de resistência melhorou o desempenho no ciclismo e parece ser uma fonte de carboidratos apropriada para tarefas de exercício de até 2 h |
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Efeito da suplementação de diferentes tipos de carboidratos durante o exercício físico e nas respostas metabólicasEffects of different types of carbohydrates during exercise on performance and metabolic responsesCarbohydrateCarboidratoCiclistaContrarrelógioCyclistExercício físicoGlicogênioGlicoseGlucoseGlycogenPhysical exerciseTime trialAtualmente é consenso na literatura que a suplementação de carboidrato (CHO) durante o exercício físico é capaz de melhorar o desempenho, questões metodológicas como, quantidade, concentração e tipo de CHO ingerido podem afetar sua resposta. A suplementação de carboidratos com diferentes índices glicêmicos (IG) (Konig, et al. 2016) durante o exercício endurance é pouco estudada. Foi sugerido que CHO de baixo IG, como a trealose, levarão a maiores benefícios de desempenho do que CHO de alto IG, como a maltodextrina. Com isso, este estudo teve como objetivo investigar os possíveis efeitos ergogênicos da suplementação de trealose ao longo do exercício em ciclistas treinados. Para tal foram recrutados treze ciclistas do sexo masculino, recreativamente treinados (VO2max 56,9 ± 10,0 ml·kg-1·min-1, idade 37 ± 6 anos, altura 1,78 ± 0,04 m, experiência em ciclismo 8 ± 6 anos) para um estudo crossover, contrabalanceado, duplo-cego e controlado por placebo. Foram realizadas sete visitas ao laboratório, uma para o teste VO2max, duas para familiarização com protocolo de teste em um ciclo ergômetro (100 minutos de exercício continuo seguido por 20 minutos de prova contrarrelógio) e quatro visitas com as coletas de dados (coletas sanguíneas a cada 20 minutos e biópsias musculares antes e imediatamente e após) nas seguintes condições: (a) placebo, (b) maltodextrina (10% CHO), (c) isomaltulose (5% CHO) e (d) trealose (5% CHO). Resultados: houve diferença no contrarrelógio de 20 minutos, no trabalho total (kJ), entre as bebidas trealose (302,3 ± 39,6 kJ) e controle (287,1 ± 48,8 kJ; p=0,02) e na média de potência (W), entre as bebidas trealose (251,92 ± 32,99 W) e controle (241,0 ± 39,6 W; p=0,034), mas nenhuma outra diferença entre as sessões (todas p 0,13). Conclusão: A suplementação de trealose ao longo do exercício de resistência melhorou o desempenho no ciclismo e parece ser uma fonte de carboidratos apropriada para tarefas de exercício de até 2 hThere is currently a consensus in the literature that carbohydrate (CHO) supplementation during exercise can improve performance, nonetheless, methodological factors such as the amount, concentration and type of CHO ingested can affect this response. Carbohydrate supplementation with different glycemic indices during endurance exercise is poorly studied. It has been suggested that low GI CHOs, such as trehalose, will lead to greater performance benefits than high GI CHO such as maltodextrin. Therefore, this study aimed to investigate the possible ergogenic effects of trehalose supplementation during endurance exercise in trained cyclists. Thirteen recreationally trained male cyclists (VO2max 56.9 ± 10.0 ml·kg-1·min-1, age 37 ± 6 y, height 1.78 ± 0.04 m, cycling experience 8 ± 6 y) were recruited to this double-blind, cross-over, counterbalanced, placebo-controlled study. Seven visits to the laboratory were required, one for the determination of VO2max test and a familiarization to the test protocol on a cycle ergometer (100 min of continuous exercise followed by a 20 min time-trial), another familiarization, and four main visits with blood collections every 20 min and muscle biopsies before and immediately after exercise under the following supplementation conditions: (a) placebo, (b) maltodextrin (10% CHO), (c) isomaltulose (5% CHO) and (d) trehalose (5% CHO). Results: Trehalose improved total work done (302.3 ± 39.6 vs. 287.1 ± 48.8 kJ; p=0.02) and mean power output (251.9 ± 33.0 vs. 241.0 ± 39.6 W; p=0.03) in the 20-min time trial compared to control session, with no other performance differences between the sessions (all p 0.13). Conclusion: Trehalose supplementation throughout endurance exercise improved cycling performance and appears to be an appropriate carbohydrate source for exercise tasks of up to 2 hBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSaunders, BryanOliveira, Nathan Gobbi de2023-01-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-10052023-154006/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-05T11:10:02Zoai:teses.usp.br:tde-10052023-154006Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-05T11:10:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Atualmente é consenso na literatura que a suplementação de carboidrato (CHO) durante o exercício físico é capaz de melhorar o desempenho, questões metodológicas como, quantidade, concentração e tipo de CHO ingerido podem afetar sua resposta. A suplementação de carboidratos com diferentes índices glicêmicos (IG) (Konig, et al. 2016) durante o exercício endurance é pouco estudada. Foi sugerido que CHO de baixo IG, como a trealose, levarão a maiores benefícios de desempenho do que CHO de alto IG, como a maltodextrina. Com isso, este estudo teve como objetivo investigar os possíveis efeitos ergogênicos da suplementação de trealose ao longo do exercício em ciclistas treinados. Para tal foram recrutados treze ciclistas do sexo masculino, recreativamente treinados (VO2max 56,9 ± 10,0 ml·kg-1·min-1, idade 37 ± 6 anos, altura 1,78 ± 0,04 m, experiência em ciclismo 8 ± 6 anos) para um estudo crossover, contrabalanceado, duplo-cego e controlado por placebo. Foram realizadas sete visitas ao laboratório, uma para o teste VO2max, duas para familiarização com protocolo de teste em um ciclo ergômetro (100 minutos de exercício continuo seguido por 20 minutos de prova contrarrelógio) e quatro visitas com as coletas de dados (coletas sanguíneas a cada 20 minutos e biópsias musculares antes e imediatamente e após) nas seguintes condições: (a) placebo, (b) maltodextrina (10% CHO), (c) isomaltulose (5% CHO) e (d) trealose (5% CHO). Resultados: houve diferença no contrarrelógio de 20 minutos, no trabalho total (kJ), entre as bebidas trealose (302,3 ± 39,6 kJ) e controle (287,1 ± 48,8 kJ; p=0,02) e na média de potência (W), entre as bebidas trealose (251,92 ± 32,99 W) e controle (241,0 ± 39,6 W; p=0,034), mas nenhuma outra diferença entre as sessões (todas p 0,13). Conclusão: A suplementação de trealose ao longo do exercício de resistência melhorou o desempenho no ciclismo e parece ser uma fonte de carboidratos apropriada para tarefas de exercício de até 2 h |
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