Teste da debrisoquina na medida da atividade CYP2D6 em pacientes coronarianos Submetidos à revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea (OU) Teste da debrisoquina na medida da atividade CYP2D6 em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Valéria Adriana
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9137/tde-21092017-162044/
Resumo: A medida da atividade do CYP2D6 in vivo pode ser estimada através do teste da debrisoquina pela administração de dose única PO do Declinax®, Roche, contendo 10 mg de sulfato de debrisoquina. Tal medida envolve coleta de urina e determinação da debrisoquina (D) e da 4-hidroxidebrisoquina (4-OHD). Para tanto, desenvolveu-se análise simultânea da D e da 4-OHD em urina através de cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por fluorescência alcançando boa sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade. Efetuou-se a validação da metodologia analítica pela aplicação do Teste a um voluntário sadio que foi caracterizado como metabolizador extensivo (EM). Realizou-se a seguir estudo piloto para a validação do teste da debrisoquina e aplicação na fenotipagem dos pacientes cardíacos. Desta forma, o protocolo de estudo constou da administração de dose única PO do Declinax® nos períodos pré- e pós-operatório de pacientes com indicação cirúrgica utilizando circulação extracorpórea e hipotermia, CEC-H. Todos os pacientes foram caracterizados como metabolizadores extensivos embora a capacidade de hidroxilação se encontrasse reduzida em cerca de 40% no 1ºPO, provavelmente pelas alterações hemodinâmicas ocorridas nestes pacientes, função da extensa manipulação pela intervenção cirúrgica. Dentre a medicação prescrita a esses pacientes internados, escolheu-se o propranolol, fármaco biotransformado pelo CYP2D6. Dada a ampla utilização na Clínica, apesar da redução empírica da dose no pós-operatório de cirurgia cardíaca, registraram-se baixo débito, redução da freqüência cardíaca e parada cardiorespiratória para este fármaco. Com a finalidade de se justificar convenientemente a redução da dose de propranolol no 1ºPO e investigar tais conseqüências no paciente cirúrgico após a extubação, propôs-se paralelamente a modelagem cinética do propranolol no transoperatório. Investigaram-se 15 pacientes coronarianos, metabolizadores extensivos pelo teste da debrisoquina, com indicação de cirurgia de revascularização CEC-H. Realizou-se a modelagem cinética através da coleta de duas amostras sangüíneas (pico e vale) em ambos os períodos Adicionalmente, colheram-se ainda amostras no intra- e pós-operatório imediato. Apesar da suspensão da medicação no dia que precedeu a cirurgia, evidenciaram-se concentrações de propranolol mensuráveis até o início do 1ºPO. Desta forma sugere-se que a manutenção dos níveis de propranolol seja devida a mobilização do fármaco do compartimento profundo, decorrência da lipólise modulada pelas catecolaminas elevadas pelo trauma e estresse cirúrgico. Os pacientes apresentaram no pós-operatório redução da depuração em cerca de 42%, aumento do volume de distribuição em 2,2 vezes, e prolongamento da meia-vida em cerca de 3 vezes. Com base nos resultados obtidos, considera-se fundamental a aplicação do teste da debrisoquina para a fenotipagem do paciente cardíaco e previsão da capacidade de hidroxilação uma vez que se demonstrou importante redução da biotransformação do propranolol e mobilização do fármaco de sítios de armazenamento.
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Debrisoquine test in the measurement of CYP2D6 activity in patients submitted to myocardial revascularization with extracorporeal circulation
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