Condições de trabalho de pesquisadores da Argentina e do Brasil: percepções de cientistas das áreas médica e biomédica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Fabricio Roberto
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/84/84131/tde-18122012-100819/
Resumo: Este trabalho busca analisar as condições de trabalho de pesquisadores no Brasil e na Argentina com o intuito de investigar a relação entre tais condições, a capacidade acadêmica e os indicadores ligados à ciência básica e aplicada e à inovação dos dois países. Por meio da análise do conteúdo de seis entrevistas com pesquisadores, sendo três argentinos e três brasileiros, no campo das ciências médicas e biomédicas, além do estudo da bibliografia sobre as mudanças no mundo do trabalho e no campo da ciência e da tecnologia, procuramos identificar em que a situação dos dois países se assemelha ou se distancia. Concluímos que a pressão pelo aumento da produtividade acadêmica tem os mesmos moldes nos dois países, assim como a implantação de critérios de avaliação voltados para o crescimento da produção científica foi acelerada na década de 1990, na esteira do receituário neoliberal que marcou a política e a economia do continente. Embora os dois países venham experimentando um crescimento nos recursos investidos em ciência e tecnologia, há diferenças importantes entre eles, relacionadas à regularidade da oferta de recursos, com vantagem para o Brasil, e à disponibilidade de recursos humanos altamente qualificados, tópico em que a Argentina, com uma tradição científica ancorada em três prêmios Nobel na área científica, possui um lastro especialmente consistente. Uma integração mais efetiva dos sistemas de ciência e tecnologia argentino e brasileiro poderia ajudar os dois países em seus desafios comuns de ampliar e racionalizar seus sistemas de pesquisa.
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